Na verdade Birve e Oyonnax, jogando em casa, demonstraram que trazem a lição bem estudada e batem, sem qualquer margem para reclamação, o Bordeaux e o Clermont.
O que mais impressionou foi a vitória do Oyonnax (30-19) sobre o Clermont - que foi na última época apenas a melhor equipa na fase de qualificação e semi-finalista da Top-14 e finalista da Heineken Cup - que chegou ao Estádio Charles-Mathon convencido que seriam favas contadas, deixando Julian Bardy em casa e Morgan Parra no banco, entre outros, mas nem as oito substituições efectuadas (todas no segundo tempo, depois de estar a perder por 0-20 ao intervalo) foram suficientes para deter o vencedor da ProD2 que ainda teve gás para se manter no ataque, chegando mesmo a ter dois ensaios anulados na fase final do encontro.
O outro recém-promovido, o Brive do luso-descendente e selecionável Thomas
Laranjeira - que ainda não se estreou este ano, mas que foi o nº 10 da equipa em 25 jogos no ano que passou - venceu o Bordeaux por 25-12, depois de ter ido, na primeira jornada, buscar um ponto de bónus ao Racing Metro, o que o coloca na quarta posição da tabela, logo atrás do Toulon, Toulouse e Castres.
O Toulon, vencedor da Heineken Cup, batendo o Clermont na final, depois de ter tropeçado num empate na primeira jornada frente ao Montpellier, recebeu e derrotou o Racing por 41-14, e está isolado no topo da tabela com sete pontos, enquanto o Toulouse, também em casa, bateu o Bayonne por 40-3, depois de ter sido derrotado em Bordeaux no dia inaugural por 31-25, e segue na segunda
posição com seis pontos no mostrador, tantos como o campeão Castres, que depois de perder em Perpignan por 26-23, venceu o Grenoble, em casa por 34-6.
Para encerrar a jornada, o Biarritz, depois da derrota por 22-18 frente ao Clermont, voltou a jogar em casa, mas desta vez conseguiu a vitória por 19-12 sobre o Montpellier, enquanto o Perpignan, depois da vitória sobre o campeão, foi perder frente ao Racing, em Paris, por 27-28.
Em resumo, todas as equipas já perderam pontos, e não há uma sequer que os
não tenha conquistado, o que é uma promessa de equilíbrio e incerteza, pelo menos enquanto as vicissitudes da prova não obrigarem ao recurso aos bancos, à chamada de segundos planos, para sabermos quem serão os fundistas que se irão distanciando na classificação...
Fique com os resultados das duas primeiras jornadas, a classificação actual e os jogos do próximo final de semana.
Quadros: www.lnr.fr e www.itsrugby.fr
Fotos: www.rugbyrama.fr
3 comentários:
O Laranjeira já foi internacional sub20 pela França não sendo por isso ilegivel para jogar por Portugal. É pena. Como ele há outros, além do Sousa que não quer jogar.
Ter sido internacional sub-20 pela França, só por si não é impeditivo.
Aconselho a leitura atenta da legislação, nomeadamente a Regulation 8 nas páginas 97/98 em http://www.fira-aer-rugby.com/upload/file/1287399004_gfirbregulation8_883.PDF
Thomas Laranjeira jogou pela França Sub-20, mas é elegível para jogar por Portugal, pois não efectuou nenhum jogo contra nenhuma equipa representativa, ou "next representative" de outro país, a menos que tenha disputado qualquer jogo fora da JWC 2012, o que creio não ter acontecido.
Na JWC 2012, a França Sub-20 defrontou a Argentina, a Austrália (2 vezes), a Irlanda e a Escócia, mas para nenhum destes países os sub-20 são a "next senior national representative team", como acontece com o caso da França.
Entao o Thomas ainda pode ser Lobo ?
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