26 de agosto de 2013

AUSTRÁLIA CONTINUA SEM VENCER E PUMAS REAGEM À SOVA DO PRIMEIRO JOGO*

*Ricardo Mouro
Duas semanas dentro do Rugby Championship no hemisfério sul e os All Blacks, com o regressado inspirador capitão McCaw, parecem estar a preparar-se para um passeio pelo torneio.

A Austrália já foi despachada e apesar das muitas mudanças pós-Lions apenas estiveram perto de um susto no segundo jogo em Wellington.


Os australianos conhecidos historicamente pela capacidade dos seus três quartos parecem hoje-em-dia depender do factor Folau, um jogador de grande capacidade física e técnica, mas que apenas ganhou o seu primeiro "test cap" precisamente frente aos Lions.

O resultado foram duas derrotas: a primeira, copiosa, por 29-47 em Sidney onde a bota de Leali'ifano continuou acertando, mas os Australianos tiveram que se reinventar na posição de abertura onde o talentoso Matt To'omua foi umas das novas inclusões pelo, também novo, seleccionador Ewen McKenzie.

Muito mudou então, mas os All Blacks apresentaram o seu "rugby total" como uma máquina bem oleada e afinada, juntaram um pouco de sorte e um inspirado Ben Smith que apontou um hattrick de ensaios contra um James O'Connor claramente em baixo.

De volta à Nova Zelândia a Bledisloe Cup não fugiu aos "pretos" onde Ben Smith
continuou onde acabara na Austrália e assinou mais um par de ensaios a culminar o poderio atacante dos All Blacks.

A capacidade dos campeões mundiais em transformar turnovers e erros adversários em pontos é sufocante, a partir da defesa venceram o segundo encontro.

Um ensaio de Folau já nos minutos finais colocou (alguma) pressão nos da casa, mas a falta de ambição e uma penalidade de Dagg condenou os australianos num jogo onde tiveram mais posse de bola e território. Final 27-16.

Do outro lado do Índico, os naturais papéis inverteram-se e os Springboks entretiveram-se a devorar os Pumas.

Os argentinos nunca estiveram perto do jogo que não teve muita história, dois amarelos não ajudaram à causa dos visitantes e o poder de fogo sul-africano foi constante ao longo do jogo.

A bota de Morne Steyn foi impecável (12 pontapés) e mais nove ensaios de nove jogadores diferentes arrasaram os latinos que perderam Albacete e Hernandez ainda na primeira parte.

Contepomi marcou todos os pontos argentinos e converteu o seu próprio ensaio já no fim do jogo para o 73-13 final.

Uma semana mais tarde em Mendonza uma revolução no XV dos Pumas que afiaram as guerras e o sangue latino ferveu motivado a mostrar as devidas capacidades da equipa.

Ainda sem o líder Lobe mas com muita experiência no centro Contepomi, no pilar Ayerza, no segunda linha Júlio Farias e no terceira linha Leguizamon, os Pumas marcaram logo no primeiro minuto pelo já referido flanker.

A África do Sul manteve o XV e respondeu por Basson.

Marcelo Bosh continuou a revolução argentina que levou a sua equipa a vencer por 17-13 ao intervalo, seria 17-10 não fosse a imperdoável bota de Steyn.

Obrigados a correr, os Springboks, conquistaram mais terreno e posse de bola na segunda metade e obrigaram os argentinos a cometer erros onde, lá está, Steyn não pedia licença para colocar pontos no marcador.

Já nos últimos 10 minutos a pressão Springbok levou os valorosos Pumas a
sucumbir e Steyn virou o jogo aos 71 e só para ter a certeza aos 80 fechou o marcador para o 17-22 que dá apenas um bónus defensivo à Argentina.

Após duas jornadas Nova Zelândia e África do Sul estão destacadas na frente com 9 pontos onde a Austrália, sem pontuar, fecha a tabela.

A Nova Zelândia só deverá ser posta à prova dia 14 quando receberem a África do Sul, sendo que dia 7 os Argentinos deverão sofrer para parar os All Blacks em Waikato.



Fotos: www.superxv.com e www.uar.com.ar

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