7 de agosto de 2013

FAMALICÃO QUER SUBIR DE DIVISÃO

O Clube de Rugby de Famalicão falhou a subida de divisão na última época por uma pequena diferença pontual, mas o seu comportamento foi, a todos os títulos, notável.

Vencendo 17 dos 18 jogos que realizou, o Famalicão viu fugir a tão ambicionada subida de categoria, mas tudo vai tentar para ser bem sucedido na época que se aproxima, e conseguir levar à Primeirona algum perfume minhoto...

Edmundo Pinto da Costa conta-nos como vai o rugby em Famalicão.


Mão de Mestre: Quem é o Edmundo Pinto da Costa, o que faz no rugby e fora dele?
Edmundo Pinto da Costa: Sou um amante do desporto e do associativismo
em geral que dedica um pouco do seu tempo livre ao rugby. 
Fora dele, sou Eng.º Mecânico e sou gerente de uma empresa que opera no sector dos equipamentos para oficinas auto, a Cetrus, lda.

MdM: De onde és natural e quando nasceste?
E.P.C.: Nasci no Porto por conveniência, mas sou e vivo em Famalicão desde que nasci em 26.04.79. 

MdM: Como e quando surge o rugby na tua vida?
E.P.C.: O rugby surgiu na adolescência por intermédio de um antigo director técnico, prof. Francisco Carvalho que era o docente da disciplina de Desporto e Educação Física que frequentei. 
Surgiu a ideia de fazer uma equipa dentro da turma de desporto que podia ser posteriormente integrada no C.R.Famalicão.
Apesar de termos de facto criado uma equipa, o C.R.F. fechou portas pouco a seguir e não houve continuidade...


MdM: O CR Famalicão esteve à beira de vencer o Campeonato Nacional da 2ª Divisão, e de ganhar assim o direito a ascender à 1ª Divisão, tendo vencido 17 dos 18 jogos que realizou durante a época (sem contar os jogos feitos contra equipas B).
Como e quando surge o CR Famalicão?
E.P.C.: O CR Famalicão surgiu em 1989 pela mão do já referido prof. Francisco Carvalho que desafiou alguns jovens de um ginásio de Famalicão a experimentarem jogar.
Poucos meses depois estava o clube criado e a competir. 
Infelizmente por falta de apoios e condições (essencialmente campo) o clube acabou por desaparecer, sem que tivesse sido extinguido. 
O bichinho do rugby, ficou sempre vivo na nossa terra. 
Em 2005, os tais ex-alunos do prof. Francisco, juntamente com uns amigos, juntaram-se num parque da cidade para treinar para um jogo com uma equipa universitária de Bragança. 
Esse jogo, realizado a 26 de Maio de 2005 foi o ponto de "re-partida" para o clube que a partir desse momento se reorganizou com gente nova e apoio de alguns veteranos para se cimentar novamente no rugby nacional.

MdM: Que escalões e quantos jogadores movimenta o Clube? Como correu a época 2012-13 nos escalões mais jovens?
E.P.C.: O CRF movimenta cerca de 100 atletas, sendo que alguns são elementos que estão em fase de adaptação e nem sempre são inscritos de imediato. 
Na época de 2012-2013 tivemos os seniores masculinos e femininos assim como sub-18 e sub-16 na vertente de sevens. 
As condições físicas actuais não nos permite fazer um trabalho mais intenso com os jovens, ainda assim fomentamos bastante a modalidade nestes escalões com visitas regulares a escola onde temos vindo a desenvolver em parceria com a Câmara Municipal um projecto de introdução da modalidade.

MdM: Como é financiada a actividade do Clube? Como se encaixa a Câmara Municipal neste aspecto específico?
E.P.C.: 50% do financiamento do clube é obtido através da cotização de atletas. 
Apesar de todas as dificuldades actuais, não nos parece sustentáveis projectos que não sejam sustentados por quem realmente beneficia com eles. 
Obviamente não excluímos ninguém que não tenha condições de pagar a quota anual, tentamos sempre chegar a consenso e nunca ninguém ficou de fora por causa disso. 
Os restantes 50% são divididos em três partes; Patrocínios/Apoios privados; actividades extras com receitas, jantares, festas, rifas, leilões, etc...e o último terço provém de apoios do Município. 
Tentamos assim que este apoio não represente mais de 20% do nosso orçamento, para nunca estarmos dependentes dele...

MdM: Onde disputam os jogos e realizam as suas actividades? 
E.P.C.: Toda a nossa actividade é realizada no complexo desportivo Municipal, sendo que na maioria das vezes utilizamos o campo n.º2 que é sintético.

MdM: O CR Famalicão tem algumas iniciativas de divulgação junto das escolas da cidade? 
E.P.C.: Tal como referi anteriormente temos vindo a a realizar uma série de iniciativas junto das escolas, apesar de o retorno não ser imediato, pensamos que de alguma forma o "bichinho" do rugby vai ficar latente em alguns miúdos que mais cedo ou mais tarde acabarão por nos procurar.
Entretanto estamos a preparar novas formas de articulação com as escola de forma a ter retorno mais imediato... 

MdM: Quem foram os treinadores do Clube em 2012-13? E quais vão ser em 2013-14? 
E.P.C.: Os treinadores na última época foram o Pedro Campos Costa e o Lelo Kosteski nos seniores e o Micael Guimarães no Feminino e Sub18/16. 
Na próxima época não vamos poder contar com o Lelo que regressa á sua terra natal mas vamos manter os restantes.

MdM: Quais são os grandes objectivos do Clube para a próxima época? 
E.P.C.: Tal como a época que agora terminou, o nosso objectivo passa pela subida de divisão nos seniores. 
No restante o objectivo passa por colocar um maior número de atletas inscritos e a treinar.

MdM: Um jovem (ou um menos jovem!) que queira jogar rugby no Famalicão, o que deve fazer? 
E.P.C.: Apesar de ainda não termos bem definido os os dias dos treinos, o horário será sempre ás 21 e o local o campo de treinos de Famalicão, por isso será só aparecer. 
Outras informações poderão ser obtidas através do nosso Facebook.

3 comentários:

Rugby de Famalicão disse...

Na formação ainda temos a grande contribuição do atleta Paulo Carvalho.

Moreno disse...

Parabéns Edmundo e ao CRF pelo crescimento que tem tido no plano nacional do Rugby.

Anónimo disse...

Este vai ser o ano do belas. Sem hipóteses.