MONTEMOR VENCE PRIMEIRONA E AVANÇA PARA A DIVISÃO DE HONRA

O Montemor vence o Nacional da 1ª Divisão e sobe à Divisão de Honra com inteiro mérito, depois de derrotar o Évora na última jornada da fase final por 33-23, conseguindo a terceira vitória sobre os rivais em quatro jogos realizados nesta época.

Com a vitória do Loulé e a derrota da Agrária, são os charruas que ficam na desconfortável posição de se verem rebaixados para a Segundona, a menos que se proceda ao alargamento da divisão, o que seria uma excelente decisão federativa que apenas iria beneficiar o desenvolvimento do rugby nacional das regiões.

MONTEMOR 33-23  ÉVORA (4-2)
Casa cheia na Frigideira para assistir ao encontro entre os dois mais importantes e poderosos clubes alentejanos.
Um jogo de tudo ou nada que os muflões pegaram pela cabeça, e depois de um

certo equilíbrio que se manteve até ao intervalo, apesar de jogarem a favor do forte vento que se fez sentir, vieram das cabines decididos a controlar as operações, o que conseguiram.
Os 11-9 da primeira parte cresceram até 26-9, o Évora reagiu bem e a cinco minutos do final o marcador registava 26-23, mas os chaparros não foram suficientemente fortes para impedirem a vitória da melhor equipa em campo - e de toda a época - que já em cima da hora voltou a marcar levando o resultado aos 33-23 finais.
Recorde-se que o Montemor regressou à 1ª Divisão em 2010-11, depois de uma ausência que se prolongava já desde 2004-05, e que no ano do regresso perdeu o terceiro lugar para o seu adversário de hoje, e em 2011-12 ficou-se pelo grupo dos não apurados.
Este ano o Montemor foi a melhor equipa durante todo o campeonato, mostrando-se quase sempre superior, e apenas em duas ocasiões - Lousã na fase de apuramento, e Évora já nesta fase final - ficou fora dos pontos da vitória.

LOUSÃ *45-5 VITÓRIA DE SETÚBAL (7-1)

A Lousã venceu o Vitória de Setúbal folgadamente, num jogo que deveria ter sido de festa até final, mas que terminou alguns minutos antes de esgotados os 80 previstos em função de um desagradável incidente que não deveria ter acontecido, com a agressão a pontapé a um jogador sadino, por parte de um jogador serrano.
Foi uma péssima maneira de terminar a época e esperamos que incidentes desta natureza não se repitam, nem na Lousã nem em lado nenhum, para que possamos continuar a dizer que o espírito do rugby é diferente e melhor que o das outras modalidades.
O Vitória de Setúbal termina esta fase final sem conseguir um único ponto na tabela classificativa, e terá que se preparar melhor para que na próxima época não chegue à fase final nestas condições.

AGRÁRIA *6-10 CALDAS (0-2)
Um jogo em que o destino de uma das equipas estava em jogo, e essa equipa

tudo fez para se ver livre da última posição da tabela, controlando o jogo e comandando o marcador até poucos minutos do final, quando o Caldas obteve o seu segundo ensaio.
A Agrária cedo se adiantou no marcador e chegou ao intervalo com vantagem de 6-0, e o Caldas, apesar de ter reduzido para 6-5, ao longo do jogo sofreu com os três amarelos que lhe foram oferecidos e apenas nos últimos minutos da partida, encontrou o caminho da vitória.
Foi grande a desilusão nos clube conimbricense, não tanto pela derrota, mas mais pelos seus efeitos devastadores, mas a verdade é que a tarefa era de grande dificuldade, logo à partida, atendendo ao que as duas equipas fizeram durante toda a prova, em particular na sua fase final.

LOULÉ 26-12 SANTARÉM (4-2)
O Loulé estava em risco de ficar na última posição, e a sua única salvação era a vitória na última partida, o que conseguiu.
Ganhar este jogo dava a manutenção aos algarvios, independentemente do resultado do encontro de Coimbra, e a equipa respondeu bem ao que dela se exigia, e tem agora uns meses para se preparar para a segunda participação no escalão, conhecendo as particularidades da prova e as suas exigências.
O Santarém beneficiou directamente do resultado dos charruas, já que não teve capacidade para obter o bónus defensivo contra o Loulé, o que o livraria do rebaixamento por acção sua, e não por acção de terceiros.
Esperamos que também os cavaleiros saibam aproveitar esta nova oportunidade, e com as obras do seu novo campo concluídas - esperamos que assim seja! - crie definitivamente as condições para que o rugby se implante na cidade e o Clube se afirme no meio dos seus pares.

Fotos: Rugby Photo Store/António Simões dos Santos, Teresa Mendes Vitorino, Rui Costa