8 de novembro de 2012

COM SELEÇÕES FORA, DIA SANTO NO CAMPEONATO *

Este fim-de-semana é marcado pelo início da digressão da seleção nacional de XV à América do Sul e pela presença da seleção de sevens num torneio internacional em Espanha. 
Por cá e com a “prata da casa” que resta, disputa-se a 7.ª jornada da DH, com os cinco primeiros – as equipas escalonadas no grupo A – a jogarem como visitantes.

A ronda arranca sábado num confronto entre extremos da tabela, com o líder CDUL a visitar a Sobreda para defrontar o lanterna vermelha Benfica (14.00). 
Pese embora a “refundação” do râguebi encarnado iniciada por José Mendes Silva – e neste particular, não haverá oposição credível a este hercúleo esforço do sapiente técnico – todo o favoritismo pende para os universitários. 
E pensamos que nem mesmo a ausência de seis internacionais envolvidos no XV e sevens portugueses evitarão novo cabaz de ensaios.

Pelas 15.30, na Coutada, o CRAV (9.º) recebe um Direito (2.º) sem sete titulares em representação de Portugal. 
E não haverá melhor ocasião para os minhotos aproveitarem uma eventual fragilidade dos desfalcados advogados e mostrar serviço, clamando bem alto que têm pack avançado e equipa para, em casa, bater o pé aos melhores. 
No totobola não será jogo para, de caras, colocar 2…

O último jogo do dia começa no sintético da Guia (17.00), colocando frente-frente Cascais (7.º) e Belenenses (4.º). 
A equipa da casa já poderá contar com alguns dos seus jovens jogadores (mas faltarão Francisco Sousa e Miguel Lucas nas seleções…), enquanto os azuis terão os manos Vieira de Almeida e Duarte Moreira em Espanha. A equipa do Restelo é a única do grupo A que perdeu até aqui um duelo com quinzes do grupo B (quando visitou o CRAV à 4.ª jornada), mas com dois triunfos consecutivos parece estar claramente em subida de forma. 
E se não lhe faltar primeira-linha, tem condições para “não deixar de haver duas sem três”. 

No domingo (14.00), em Leça da Palmeira, o CDUP (6.º) defronta Agronomia (3.º), que juntamente com CDUL e Direito venceu as suas três anteriores partidas frente a equipas do grupo B sempre com ponto de bónus atacante. 
As duas equipas estarão cada qual sem três elementos convocados para as seleções, sendo de destacar a chamada, por Frederico Sousa, dos portuenses Martim e Pedro Ávila (Bettencourt) e ainda Nuno Sousa Guedes. 
O triunfo está por certo nas cogitações de Murray Cox – até por que o maestro Duarte Cardoso Pinto estará presente, não em Montevideu, mas nos arredores do Porto. 
Contudo, para garantir o ponto de bónus, haverá muito que pedalar. 
E Manuel Murteira (quatro ensaios no passado fim-de-semana), foi metido nos sevens… 

A encerrar a jornada, o Técnico (8.º) recebe a Académica (5.º) nas Olaias (15.00). 
Os “pretos” são juntamente com CRAV e Benfica, as únicas equipas sem jogadores nas seleções. Não por falta de categoria de vários dos seus atletas mas, ao que parece, por impossibilidade de poderem corresponder ao intenso plano de treinos (presenciais, no Jamor…) delineado pelas equipas técnicas nacionais. 
E assim as coisas serão bem mais complicadas para os engenheiros, que tardam em mostrar potencial para levantar a voz perante as equipas teoricamente mais fortes.A equipa de Coimbra só conseguiu ponto de bónus numa ocasião, frente ao Benfica. 
Mas certamente que o líder dos marcadores, Francisco Serra, e um dos elementos do trio de melhores marcadores de ensaios, Sérgio Franco, gostariam de continuar no topo…

* Texto: António Henriques

6 comentários:

Anónimo disse...

Talvez se o plano de treinos da seleção fosse repartido pelo país, e não calhasse sempre aos mesmos andar com a trouxa às costas, a Académica tambem pudesse ter jogadores integrados no plantel de convocados. Mas pelos vistos as distancias só são consideradas distancias para alguns clubes.

JBR

Anónimo disse...

achas mesmo possivel?

Anónimo disse...

Eu acho que fazia sentido que o sergio e o serra estivessem nos trabalhos da selecção pela sua qualidade. No entanto, essa questão de o centro de treinos ser repartido pelo pais nao faz sentido. Quer se goste ou nao a verdade é que Lisboa é o centro do pais e a cidade mais importante onde se concentram as mais diversas actividades. Não faria sentido levar os treinos para o norte para que dois ou três jogadores nao se tivessem de deslocar. Obvio que esta situação prejudica os jogadores de fora de Lisboa na medida em que os faz deslocar, mas é o possivel. Ha vantagens e desvantagens de estar em Lisboa. Nao ha como alterar isso

Anónimo disse...

Rui Cordeiro (Académica),Joaquim Ferreira (CDUP), Marcelo D'Orey (CDUP), Gonçalo Malheiro (CDUP) antes e Martim Bettencourt (CDUP) agora por acaso vivem em Lisboa? Não e não foi por isso que deixaram (e deixa) de ir à selecção. Francisco Serra e Sergio Franco são muito bons, mas essa desculpa de viverem de fora de Lisboa já parece um disco riscado...

Anónimo disse...

Li este «post» no sábado de manhã, e pareceu-me o vaticínio do «Mão de Mestre» algo duvidoso no que se referia às possibilidades do Belenenses em Cascais. O resultado, e o jogo que se viu na Guia, mostrou isso.

Se faltavam mais jogadores ao Belenenses, também há que não perder de vista que há menos de 2 anos o clube esteve na Final da Divisão de Honra, o que quer dizer que estará estruturalmente melhor preparado para se aguentar sem alguns jogadores do que o Cascais, que passou uma travessia do deserto, e alinhou ontem com oito (1) jogadores titulares sub-21, dos quais nem um só sub-21 de último ano.

Tudo isto indica que cada vez vai ser mais difícil ao visitante sair da Guia com a vitória nos próximos anos.

Anónimo disse...

Nem o Francisco Serra nem o Sérgio Franco se recusaram a ir treinar em Lisboa. Estão e sempre estiveram disponiveis para treinar e jogar em qualquer seleção nacional. Não vão aos treinos simplesmente porque não são convocados...