4 de fevereiro de 2016

UM MARCO HISTÓRICO NO RUGBY NAS AMÉRICAS

Uma nova competição apresentando um conjunto de novos treinadores e, especialmente no caso do Canadá, uma série de novos jogadores, está previsto para ser apresentado ao mundo do rugby quando o inaugural Campeonato de Rugby das Américas der o pontapé de saída neste sábado.

Enquanto no passado a competição que tinha o mesmo nome era disputada por equipas de desenvolvimento, a Americas Rugby Championship apresenta as selecções da Argentina, Estados Unidos, Canadá, Uruguai e Chile, todas classificadas entre as 25 primeiras do ranking mundial, e do Brasil, que está actualmente na 42ª posição.


Ao contrário de seu equivalente europeu, o sistema de pontos de bônus será aplicado nesta competição que se disputa ao longo de cinco semanas, projectada para adicionar um novo nível de competição regular para países à procura de novas oportunidades.

"Estamos a enfrentar o enorme desafio de fazer crescer o jogo em toda a região e este torneio é uma grande oportunidade para isso. Cada federação de rugby está a apoiar plenamente o Campeonato das Américas e estamos muito animados com o que vem pela frente. Os benefícios da ARC serão sentida em todo o continente", declarou Agustín Pichot, Presidente da Americas Rugby.

Equipa a ser batida
A Argentina vai começar como favorita aos olhos de muitas pessoas, apesar de ter nomeado um conjunto despojado de diversos jogadores de primeira escolha devido ao envolvimento do Jaguares no Super Rugby.

"O nosso objectivo é lançar mais jogadores a um nível mais alto e promover os melhores para Los Pumas", explicou o treinador Pablo Bouza.

O Argentina XV começa a sua campanha em Houston contra uma equipa dos Estados Unidos treinada pela primeira vez por John Mitchell.

Com um prazo limitado de preparação e um registo de 0-8 vitórias contra os Pumas, Mitchell e os EUA têm tudo o que é necessário para começar com uma nota vencedora, e uma série de três jogos seguidos em casa deve constituir uma vantagem conforme o Campeonato se desenrolar.
O regresso do ex-capitão Todd Clever vai trazer valiosas qualidades de liderança para um grupo jovem, dos quais dois terços com menos de 27 anos de idade.

Os vizinhos de EUA, o Canadá, tem um novo homem ao leme também. Treinador nacional da equipa feminina, Francois Ratier assumiu o comando depois de Kieran Crowley deixar o cargo para cumprir um contrato com o Treviso, na Itália.

Tendo chamado 18 estreantes ao plantel, a qualidade da equipa é desconhecida, mas o Canadá contará com o seu barbudo pilar de 39 anos, Hubert Buydens, para liderar desde a primeira linha.

Os Canucks começam com um jogo em casa contra o Uruguai, que agora é treinado por Esteban Meneses na sequência de uma reestruturação do departamento de alta performance de Los Teros.

O Uruguai tem que se virar sem um punhado de suas estrelas baseadas na Europa, devido a compromissos com os clubes, no entanto, a maior parte da equipa de que o país se orgulhou no Campeonato do Mundo 2015, estará presente.

Novos territórios
No último dos três jogos, quando jogarem entre si em Santiago do Chile, o Chile e o Brasil tentarão repetir o sucesso das suas equipas de sevens, que recentemente garantiram a presença no qualificativo para equipa residente do Circuito Mundial de Sevens em Hong Kong, graças aos dois primeiros lugares no Viña del Mar Sevens.
  
A recente série de jogos do Chile contra a Espanha não trouxe os resultados que eles esperavam, e em consequência disso o experiente treinador australiano Paul Healy, renunciou ao cargo.
A maior parte do plantel do Chile deve ter origem na equipa de sub-20, que terminou em terceiro lugar no Troféu Mundial de Rugby de 2013.

Como anfitriões dos Jogos Olímpicos de 2016, os holofotes estão apontados ao Brasil mais do que nunca e depois de um mês de Novembro em que receberam a Alemanha para uma série de dois testes, e disputaram com a Colômbia a Repescagem para o Campeonato Sul-Americano, os Tupis entram em águas desconhecidas já que neste campeonato será a primeira vez que eles jogarão um teste fora da América do Sul.

O Brasil acabou com o domínio do Chile entre os dois quando venceram os chilenos por 24-16 em São Paulo em 2014.

Numa antevisão do torneio, o General Manager da World Rugby para as Americas Tom Jones disse: "O novo ARC será uma competição de alto desempenho e elevada qualidade para todas as equipas participantes.
Ele ajudará a garantir o calendário exigente que as suas federações necessitam com vista ao Mundial de 2019.
A World Rugby vai manter o suporte financeiro desta competição, como fez com a sua antecessora e o novo Campeonato das Américas é uma importante conquista para o calendário internacional, e um marco histórico para o rugby na região".

Texto e foto: World Rugby

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