Uma nova competição apresentando um conjunto de novos treinadores e,
especialmente no caso do Canadá, uma série de novos jogadores, está previsto
para ser apresentado ao mundo do rugby quando o inaugural Campeonato de Rugby
das Américas der o pontapé de saída neste sábado.
Enquanto no passado a competição que tinha o mesmo nome era disputada
por equipas de desenvolvimento, a Americas
Rugby Championship apresenta as selecções da Argentina, Estados Unidos, Canadá,
Uruguai e Chile, todas classificadas entre as 25 primeiras do ranking mundial,
e do Brasil, que está actualmente na 42ª posição.
Ao contrário de seu equivalente europeu, o sistema de pontos de bônus
será aplicado nesta competição que se disputa ao longo de cinco semanas, projectada
para adicionar um novo nível de competição regular para países à procura de
novas oportunidades.
"Estamos a enfrentar o enorme desafio de fazer crescer o jogo em
toda a região e este torneio é uma grande oportunidade para isso. Cada federação
de rugby está a apoiar plenamente o Campeonato das Américas e estamos muito
animados com o que vem pela frente. Os benefícios da ARC serão sentida em todo o
continente", declarou Agustín Pichot, Presidente da Americas Rugby.
Equipa a ser batida
A Argentina vai começar como favorita aos olhos de muitas pessoas, apesar
de ter nomeado um conjunto despojado de diversos jogadores de primeira escolha devido ao envolvimento
do Jaguares no Super Rugby.
"O nosso objectivo é lançar mais jogadores a um nível mais alto e promover
os melhores para Los Pumas",
explicou o treinador Pablo Bouza.
O Argentina XV começa a sua campanha em Houston contra uma equipa dos
Estados Unidos treinada pela primeira vez por John Mitchell.
Com um prazo limitado de preparação e um registo de 0-8 vitórias contra
os Pumas, Mitchell e os EUA têm tudo o que é necessário para começar com uma
nota vencedora, e uma série de três jogos seguidos em casa deve constituir uma
vantagem conforme o Campeonato se desenrolar.
O regresso do ex-capitão Todd Clever
vai trazer valiosas qualidades de liderança para um grupo jovem, dos quais dois
terços com menos de 27 anos de idade.
Os vizinhos de EUA, o Canadá, tem um novo homem ao leme também. Treinador nacional da equipa feminina, Francois Ratier assumiu o comando depois
de Kieran Crowley deixar o cargo para cumprir um contrato com o Treviso, na
Itália.
Tendo chamado 18 estreantes ao plantel, a qualidade da equipa é
desconhecida, mas o Canadá contará com o seu barbudo pilar de 39 anos, Hubert
Buydens, para liderar desde a primeira linha.
Os Canucks começam com um jogo em casa contra o Uruguai, que agora é
treinado por Esteban Meneses na sequência de uma reestruturação do departamento
de alta performance de Los Teros.
O Uruguai tem que se virar sem um punhado de suas estrelas baseadas na
Europa, devido a compromissos com os clubes, no entanto, a maior parte da equipa
de que o país se orgulhou no Campeonato do Mundo 2015, estará presente.
Novos territórios
No último dos três jogos, quando jogarem entre si em Santiago do Chile, o Chile e o Brasil tentarão repetir o sucesso das suas
equipas de sevens, que recentemente garantiram a presença no qualificativo
para equipa residente do Circuito Mundial de Sevens em Hong Kong, graças aos
dois primeiros lugares no Viña del Mar Sevens.
A recente série de jogos do Chile contra a Espanha não
trouxe os resultados que eles esperavam, e em consequência disso o experiente
treinador australiano Paul Healy, renunciou ao cargo.
A maior parte do plantel do Chile deve ter origem na equipa de sub-20,
que terminou em terceiro lugar no Troféu Mundial de Rugby de 2013.
Como anfitriões dos Jogos Olímpicos de 2016, os holofotes estão apontados
ao Brasil mais do que nunca e depois de um mês de Novembro em que receberam a Alemanha para uma série
de dois testes, e disputaram com a Colômbia a Repescagem para o Campeonato
Sul-Americano, os Tupis entram em águas desconhecidas já que neste campeonato
será a primeira vez que eles jogarão um teste
fora da América do Sul.
O Brasil acabou com o domínio do Chile entre os dois quando venceram os
chilenos por 24-16 em São Paulo em 2014.
Numa antevisão do torneio, o General Manager da World Rugby
para as Americas Tom Jones disse: "O novo ARC será uma competição de alto
desempenho e elevada qualidade para todas as equipas participantes.
Ele ajudará a garantir o calendário exigente que as suas
federações necessitam com vista ao Mundial de 2019.
A World Rugby vai manter o suporte financeiro desta
competição, como fez com a sua antecessora e o novo Campeonato das Américas é uma importante conquista para o calendário internacional, e um marco histórico para o rugby na região".
Texto e foto: World Rugby
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