ÁFRICA DO SUL VENCE DUBAI, FIJI MANTÉM LIDERANÇA DO RANKING

Portugal terminou a sua participação no Dubai Sevens com uma vitória sobre o Brasil por 19-0, e uma derrota frente à poderosa Samoa por 14-19, cumprindo o seu principal objectivo do fim de semana, que passava pelo aumento da vantagem que trazia da primeira etapa, sobre o trio composto pelo Canadá, Quénia e Japão, em termos do ranking geral da competição.

Na verdade, e depois deste Torneio do Dubai, Portugal segue no 12º lugar com 10 pontos, seguido do Canadá 13º com seis, Quénia 14º com quatro e Japão 15º com dois, e manteve a distância para os Estados Unidos (11º com 13 pontos) mas viu a Escócia fugir para a 9ª posição com 17 pontos e ficou mais distante da França que manteve o 10º posto, mas aumentou a vantagem em relação aos Linces para quatro pontos.


Dito isto temos que referir que a nossa selecção hoje não esteve tão bem como ontem, cumpriu sem brilho a obrigação de vencer o Brasil, mas depois não esteve bem na primeira parte contra Samoa, em que sofreu três ensaios.

No segundo tempo a equipa reagiu, esteve melhor na defesa - não sofreu pontos - e conseguiu marcar

Portugal-Canadá by Luis Cabelo

dois ensaios transformados, mas falhou na parte final do jogo em que, com Samoa reduzida a seis elementos, um minuto e meio para jogar e aposse da bola (por duas vezes...) não teve arte nem engenho para virar o resultado e conseguir o apuramento para a final da Bowl, demonstrando uma falta de confiança que nada justifica.

Bem sabemos que Samoa é uma das melhores equipas do Circuito, mas Portugal não pode inferiorizar-se num jogo desta natureza em que nada tinha a perder e poderia muito bem - deveria! - ter feito melhor.

Fica no entanto deste fim de semana a imagem positiva transmitida em partes dos jogos frente ao País de Gales e a Samoa, e, em especial, na vitória frente ao Canadá.
Vamos aguardar o próximo fim de semana e o Torneio de Port Elizabeth, para confirmarmos - ou não! - as mudanças positivas que já se viram a espaços, em relação ao Torneio de Gold Coast.

Uma nota final para a lesão de Duarte Moreira, que desconhecemos se conseguirá recuperar a tempo de dar o seu contributo à equipa na África do Sul, se irá ser substituído ou se a equipa vai estar presente no terceiro Torneio do Circuito com menos um jogador, com todas as consequências negativas que isso acarreta.

MUDAM OS FINALISTAS
A África do Sul venceu o Dubai Sevens ao derrotar na final a Austrália por 33-7, mas como demonstração do equilíbrio entre as equipas, repare que os finalistas do Dubai não conseguiram melhor em Gold Coast que ser eliminados nas meias finais da plate e batidos no 3º/4º lugares respectivamente, e que as Fiji vencedoras na Austrália tiveram desta vez que se contentar com o 3º lugar, onde bateram a Nova Zelândia (campeões em título), e que na primeira etapa ficaram na 5ª posição...
Isto, claro, sem esquecer que o finalista vencido em Outubro - a Samoa - desta vez nem conseguiu o apuramento para a Cup, tendo que se contentar com o 9º lugar na prova...

Apesar da 3ª posição os fijianos conservam a liderança do ranking com a vitória sobre a Nova Zelândia por 26-12, mas a África do Sul com a vitória no Torneio subiu da 4ª posição para a 2ª, enquanto a Austrália pulou do 7º para o 3º.
Quem mais sofreu com as fracas posições que ocuparam foram Samoa, de 2º para 5º, e a Inglaterra que desceu de 3º para 5º também...
Lembre-se que os quatro primeiros lugares dão direito ao apuramento directo para os Jogos Olímpicos e que para nós será importante que os ingleses (ou outra britânica qualquer...) consigam esse apuramento, para que as nossas possibilidades de apuramento no Grand Prix Sevens, aumentem... (*)

Fique com o quadro completo de resultados do Dubai Sevens, com o ranking geral actualizado.

Fotos: Luis Cabelo/Facebook

(*) Acabo de receber um esclarecimento em relação a esta matéria que convém divulgar. 
Na verdade nós tínhamos a informação que a equipa britânica com melhor classificação, seria a representante da Grã-Bretanha na qualificação para os Jogos Olímpicos, mas isso não corresponde à verdade, de acordo com a nossa insuspeita fonte.
Assim, a equipa que representa a Grã-Bretanha está escolhida - pelo Comité Olímpico Internacional e pela World Rugby (IRB) - e será a equipa da Inglaterra.
Portanto a classificação do País de Gales e da Escócia é irrelevante para este efeito, e em termos de classificação para o Rio de Janeiro é como se elas não existissem.