6 de outubro de 2013

AGRONOMIA SORRI NAS OLAIAS E OFERECE LIDERANÇA AO BELENENSES *

* António Henriques 
A terceira jornada da Divisão de Honra foi marcada por cinco vitórias visitantes, todas equipas do grupo A, com destaque para Agronomia, que ao vencer o Técnico nas Olaias, e roubando aos engenheiros o ponto de bónus defensivo graças a um ensaio obtido já para lá dos 80 minutos, deu de mão beijada a liderança ao Belenenses, que somou terceiro triunfo na sua deslocação a Arcos de Valdevez.

Direito, CDUL e CDUP cumpriram igualmente a lei do mais forte.



ACADÉMICA 13-43 DIREITO 

O jogo do Sérgio Conceição esteve longe dos emocionantes duelos de um passado mais ou menos recente entre dois emblemas clássicos da modalidade no nosso país, pois se os pretos ainda equilibraram a batalha no primeiro quarto-de-hora, quando Direito (que se apresentou desfalcado de Adérito e Pedro Leal nos sevens, mais os lesionados Gonçalo Malheiro, Vasco Uva, Jorge Segurado e Luís Salema) começou a desbobinar o seu jogo bem apoiado e com sucessivos passes interiores, a defesa coimbrã ruía com estrondo e permitia as penetrações adversárias que avolumavam o resultado com naturalidade. 
Meia dúzia de ensaios para os campeões nacionais (com bis de Aguilar e de João Silva), quedando-se a Académica com um único, de autoria de António Salgueiro, insuficiente para evitar o seu terceiro desaire noutros tantos jogos.


CASCAIS 23-29 CDUP 

A primeira vitória do CDUP na Divisão de Honra aconteceu na Guia, num encontro no qual o quinze da casa até teve mais posse de bola e domínio noutros departamentos estatísticos do jogo, mas que seria ganho pela equipa mais eficaz no aproveitamento dos erros contrários.
Jogando muito pelos avançados, o Cascais usou e abusou de ataques pelo canal 1, que os portuenses iam conseguindo parar. 
Com 10-10 ao intervalo, o início da 2.ª parte seria letal para a equipa da Linha, pois o CDUP, apesar de continuar a jogar desfalcado quando se desloca ao sul – há ali rapaziada que não gosta mesmo de passar a ponte da Arrábida… –, graças a três ensaios de Tomás Vieira, Miguel Queirós e Afonso Rodrigues, acrescentados pelos afinados pontapés de Rodrigo Figueiredo (o 3.º melhor marcador da época passada estreou-se finalmente com a reconhecida apurada pontaria), abriu o resultado para inalcançáveis 29-13. 
E seriam dois ensaios finais do Cascais a amenizarem a derrota e permitindo o consolo do ponto de bónus defensivo – único da jornada e isso só pode reflectir a boa actuação cascalense.



CRAV 12-20 BELENENSES 
Segunda deslocação consecutiva vitoriosa dos azuis – que assim já cumpriram
com êxito as suas duas saídas mais longas do campeonato (Porto e Arcos de Valdevez) –, mantendo-se invictos e subindo à liderança da Divisão de Honra. 
Como se esperaria, não foi nada fácil o triunfo do quinze do Restelo, que com ausências de vulto (para lá dos convocados para os sevens na Gold Coast, ainda faltaram os experientes Duarte Moreira e Sebastião Cunha) e as reconhecidas dificuldades na 1.ª linha, tiveram que resistir à forte reacção minhota no 2.º tempo, depois de estarem na frente por 12-0, com ensaios de João Canedo e António Vieira de Almeida.
Renzo Draghi e João Monteiro ainda igualariam a partida a 12-12. 
Mas o CRAV não soube aproveitar a circunstância de estar a jogar 10 minutos contra 14, ao contrário do Belenenses, que após o amarelo a um adversário faria, pelo ponta João Freudhental e a sete minutos do final, os 17-12, que chegariam a 20-12 numa penalidade de Nuno Damasceno.
E a entrega e exibição minhotas mereciam que o fácil pontapé de penalidade que Francisco Vareta desperdiçou no último lance de jogo tivesse sido convertido, pois um ponto de bónus defensivo seria o mínimo que o CRAV mereceu após 80 de grande combatividade.


TÉCNICO 16-25 AGRONOMIA

Nas Olaias e quando se esperaria uma entrada de leão de Agronomia, que ali se apresentou com “traje de luces”, ou seja, alinhando um quinze com todas as suas principais figuras (se estão ou não nas melhores condições, é outra estória…), assistiu-se a uma 1.ª parte equilibrada, mas com ligeiro ascendente dos engenheiros, que só se podem queixar deles próprios, pelo intervalo chegar com uma igualdade a 6-6, através de penalidades de Joe Gardener para os da casa (e mesmo assim falhou três tentativas…) e do estreante Francisco Serra, ex-Académica e melhor marcador da passada edição da Divisão de Honra, para os agrónomos.
E por quê? Se puxarmos o filme atrás veremos que, já para lá dos 40‘, um lance de 3-para-1 iniciado no lado fechado pelo inteligente Gardener, seria es-can-da-lo-sa-men-te perdido pelo neozelandês Joshua van Lieshout (e é ele o melhor marcador de ensaios da DH!) que, sozinho e a cinco metros da área contrária, resolveu transmitir a oval a um companheiro que surgia por dentro – e que seria placado, quando os adeptos do Técnico já festejavam! 
Ir a pé até Fátima seria, ainda assim, pouco como castigo…
E, para piorar, no lance seguinte – último antes do intervalo – e em posição mais que favorável para os pés de ‘Big Joe’, o capitão dos engenheiros, perante o pasmo generalizado, optou por uma mêlée a castigar numa falta nos 22 agrónomos! 
Formação perdida, equipas para os balneários e outro que podia ter logo ali começado a acompanhar o colega na caminhada a Fátima…
A 2.ª parte iniciou-se com o ensaio do Técnico logo no minuto inicial, numa falta jogada rapidamente à mão pelo formação Aquino, surpreendendo toda a equipa rival, com a bola a passar por Paramés e o lance a ser concluído por Gardener – autor dos 16 pontos da sua equipa – e que aos 51' alargaria para 16-6.
Contudo, a última meia-hora de jogo seria dolorosa para a equipa da casa, que continuou a estar desastrada nos alinhamentos e não mais passou a linha de meio-campo, sendo dominada e acantonada na sua área de 22 pelo quinze da Tapada, que com dois ensaios, em maul dinâmico – lances que o Técnico continua a não saber defender –, pelo talonador Martinus Hoffman (que se ia arrastando pelo relvado…), virou para 18-16.
E ao minuto 83, o rápido Manuel Murteira agradeceu nova espantosa oferta do três-quartos centro Lieshout, que tentava contra-atacar saindo a jogar da sua área – um mãos largas este kiwi, em estilo “brindes de loja do chinês”… –, e só parou debaixo dos postes para selar os 25-16 finais, diferença demasiado penalizadora para o que os engenheiros fizeram (mereceriam bónus defensivo), mas apesar de tudo justa face aos erros cometidos e más opções tomadas. 
Que lhes sirva de lição.



RC MONTEMOR 6-49 CDUL 
Numa partida na qual os alentejanos – que alinharam com um dos seus dois novos neozelandeses como três-quartos centro, mas sem o seu chutador e melhor marcador de pontos da 1ª Divisão em 2012-13, João Maria Santos – ainda conseguiram resistir tenuemente no 1.º tempo (20-3 ao intervalo), mas que com o avançar dos ponteiros do relógio se tornaria penosa para uma equipa jovem e nada habituada a estas andanças, a história do jogo pode-se resumir à contabilidade dos ensaios. 
E os lisboetas fizeram oito com destaque para os 'hat-tricks' do centro Frederico Bensimon e do defesa Tomás Noronha.

12 comentários:

Anónimo disse...

O CRAV tem 2 jogos e 2 derrotas como é que pode ter 4 pontos?

Manuel Cabral disse...

Assunto já falado e re-falado... Consulta os regulamentos da DH

Anónimo disse...

Caro Manuel os regulamentos só entram em vigor para a próxima temporada.

NC

Manuel Cabral disse...

Lololol
Isso falta a FPR dizer...para a FPR eles estão em vigor!

Anónimo disse...

Mas falta dizer o quê ? Não há um regulamento em vigor? Deixem de inventar.

Manuel Cabral disse...

Porque não consultas o site da FPR em vez de estares a fazer-nos perder tempo???

Anónimo disse...

Agronomia estava com a equipa toda? Então e o Campelo, e o Covas, e o Leal da Costa e o Francisco Domingos, e o Paiva, etc, etc,

ACVC disse...

1 BELENENSES 3 13
2 CDUL 2 10
3 AEIS TECNICO 3 10
4 GD DIREITO 2 10
5 AEIS AGRONOMIA 2 9
6 CDUP 3 5
7 GDS CASCAIS 3 5
8 AA COIMBRA 3 1
9 C.R.A.V. 2 0
10 RCMONTEMOR NOVO 3 0

ACVC disse...

A classificação que inseri no comentário anterior é a que está no site da FPR

Anónimo disse...

O Domingues esta em erasmus portanto nao conta nesta fase inicial da epoca. O leal da Costa so começa a jogar no final do mes

Anónimo disse...

Seria importante acabar com os maus, ou diria péssimos exemplos, de Dirigentes a fazerem tristes figuras. Não só como exemplo para os mais novos, como imagem para os seus próprios clubes.

O Sr. Lucas, Director Desportivo do Tecnico deu mais um arraial este fim de semana nas Olaias. Foi expulso do Banco, esteve o jogo parado porque o Senhor não saia da zona dos Bancos. Foi para tras dos postes pegar-se com os jogadores adversarios que estvam em aquecimento naquela zona. E não contente com isso, ainda foi para a frente da bancada fazer convites a assistentes para irem para o relvado andar a porrada!!!!!
Isto é mau para o Rugby, é mau para o Tecnico.
Este senhor estava suspenso, mas pelo que se sabe foi-lhe retirada a suspensão. Este é daqueles casos que devia ser irradiado de toda e qualquer actividade no Rugby Nacional.
Ja chega! e a FPR devia por termos a isto, em vez de levantar sansões. Não ha jogo em que este Lucas não faça cenas que em nada dignifica o Rugby!!!

Gonçalo Mariares disse...

Boa tarde,

Não posso deixar de registar que considerar um pontapé em cima da linha dos 10 metros ( meio campo ) fácil, é no minimo brincadeira,
e tendo em conta que passou a centimetros do poste esquerda ainda torna o comentário mais hilariante.

M.Cumprimentos,