30 anos depois do pontapé de saída do rugby na Universidade de Trás os Montes e na cidade de Vila Real, a modalidade encontra-se num dilema: ou consegue estabelecer laços com a "sociedade civil", ou não vai passar de uma equipa da Universidade sem condições de crescer.
Bruno Sá Lemos é o responsável da equipa, e sabe que só com uma ligação às escolas da cidade conseguirá criar condições para o crescimento no rugby em Vila Real, e esse é um dos objectivos traçados para a próxima época.
Apesar das dificuldades, esse vai ser o caminho da AAUTAD Rugby em 2013-14 enquanto a sua equipa senior vai tentar recuperar algum do brilho que já teve.
Mão de Mestre: Quem é o Bruno Sá Lemos no rugby e fora dele?
Bruno Sá Lemos: Eu, estou no rugby há 21 anos, sempre na AAUTAD
RUGBY, desde iniciado.
Já fui treinador de uma equipa de sub-18 em 2007, assumindo a equipa sénior em Janeiro de 2009.
Depois, por motivos profissionais, tive de me afastar, voltando em 2011 como jogador e Capitão de equipa.
Actualmente sou, juntamente com o Nuno Vilela, o treinador da equipa de seniores da AAUTAD RUGBY desde a Época 2012/2013.
Fora do Rugby, sou Account Manager na PT Negócios.
MdM: Onde nasceste e cresceste e como se deu o primeiro contacto com o rugby?
B.S.L.: Nasci em Cascais em 1979, mudando-me para Vila Real em 1987, o primeiro contacto com o rugby foi através de um amigo, Francisco Rapazote, em 1992, experimentei e nunca mais pratiquei outro desporto!!
MdM: O que fizeste no rugby na época que terminou, e o que vais fazer na próxima?
B.S.L.: Na época passada, treinei a equipa sénior, em especial as linhas atrasadas, e ainda tive de jogar um ou outro jogo para compensar faltas de atletas em posições chave (médio de abertura).
A nossa preocupação na época anterior, foi aproximar o rugby da cidade, conquistar novos atletas, motivar os que cá estavam, fazendo com que toda a gente jogasse, mesmo que a qualidade técnica não fosse a ideal.
O mais importante era manter os atletas motivados e não os resultados.
Apostamos forte também na divulgação, com a criação do site www.aautadrugby.com, a equipa participou numa Acção de Solidariedade, numa parceria com a Cruz Vermelha, quisemos mostrar à cidade, que somos solidários.
MdM: Como surge o rugby na AAUTAD e quando?
B.S.L.: A equipa de Rugby da A.A.U.T.A.D, iniciou os seus treinos pela primeira vez no campo do Abambres, sob a orientação dos atletas mais experientes, dos quais importa destacar os nomes de João Barreto,
Manuel Oom, Ferreira Pinto e António Sousa Macedo.Fora do Rugby, sou Account Manager na PT Negócios.
MdM: Onde nasceste e cresceste e como se deu o primeiro contacto com o rugby?
B.S.L.: Nasci em Cascais em 1979, mudando-me para Vila Real em 1987, o primeiro contacto com o rugby foi através de um amigo, Francisco Rapazote, em 1992, experimentei e nunca mais pratiquei outro desporto!!
MdM: O que fizeste no rugby na época que terminou, e o que vais fazer na próxima?
B.S.L.: Na época passada, treinei a equipa sénior, em especial as linhas atrasadas, e ainda tive de jogar um ou outro jogo para compensar faltas de atletas em posições chave (médio de abertura).
A nossa preocupação na época anterior, foi aproximar o rugby da cidade, conquistar novos atletas, motivar os que cá estavam, fazendo com que toda a gente jogasse, mesmo que a qualidade técnica não fosse a ideal.
O mais importante era manter os atletas motivados e não os resultados.
Apostamos forte também na divulgação, com a criação do site www.aautadrugby.com, a equipa participou numa Acção de Solidariedade, numa parceria com a Cruz Vermelha, quisemos mostrar à cidade, que somos solidários.
MdM: Como surge o rugby na AAUTAD e quando?
B.S.L.: A equipa de Rugby da A.A.U.T.A.D, iniciou os seus treinos pela primeira vez no campo do Abambres, sob a orientação dos atletas mais experientes, dos quais importa destacar os nomes de João Barreto,
Este pontapé de saída tornou-se possível graças aos apoios da Reitoria e da Associação Académica.
A forte motivação que este jogo gerou traduziu-se na solicitação da adesão da equipa como sócio praticante da Federação Portuguesa de Rugby ( F.P.R ) , tendo a sua admissão definitiva ocorrido em 3 de Novembro de 1984.
A equipa de Rugby , realizou o seu primeiro jogo oficial no campo de Abambres, contra a formação do Moitense, no dia 14 de Outubro de 1984.
O resultado final foi desfavorável aos “Transmontanos” por 18-3. A primeira vitória em jogos oficiais viria a acontecer no confronto que opôs a A.A.U.T.A.D à equipa de Medicina do Porto, pela margem tangencial de 10-9.
Outro marco importante na vida do Rugby na Universidade foi a inauguração do campo de jogos, em 24 de Junho de 1989.
O campo relvado constituiu um dos principais passos para a melhoria das condições da prática da modalidade.
A temporada de 1988/89 da equipa de Rugby da A.A.U.T.A.D, foi marcada pelo êxito desportivo no Campeonato Nacional, o qual culminou com a presença da equipa na fase final desta competição, contando por vitórias todos os jogos efectuados.
Na fase final classificou-se em 3º lugar em igualdade de pontos com o 2º classificado, que teve acesso à I Divisão.
Este ano fazemos 30 anos!!
MdM: O clube, a exemplo de outras equipas de rugby universitárias, teve alguma actividade nos escalões de formação (até aos sub-14)e de pré-competição (sub-16 e sub-18) na época 2012-13?
B.S.L.: Não, infelizmente não conseguimos captar jovens suficientes para a formação de uma equipa, vivemos numa cidade em que todos os pais
querem ter um Cristiano Ronaldo em casa, apesar de pagarem balúrdios para os filhos jogarem futebol, e na AAUTAD RUGBY não terem de gastar €1 para que os filhos joguem.
Nisso, a Associação Académica cobre as despesas todas de inscrição e transportes.
MdM: Estão previstas algumas acções para o recrutamento nas camadas jovens? Existe ou vai ser implementada alguma parceria com escolas/estabelecimentos de ensino da região?
B.S.L.: Sim, pela primeira vez, o Projecto Nestum Rugby vai estar directamente ligado à equipa de rugby da AAUTAD, sob a monitorização de Joana Guilherme.
Vamos também apostar em acções de formação e captação juntos das escolas primárias.
No escalão senior, o clube participou no CAMPEONATO NACIONAL DA 2ª DIVISÃO.
MdM: Estão previstas algumas acções para o recrutamento nas camadas jovens? Existe ou vai ser implementada alguma parceria com escolas/estabelecimentos de ensino da região?
B.S.L.: Sim, pela primeira vez, o Projecto Nestum Rugby vai estar directamente ligado à equipa de rugby da AAUTAD, sob a monitorização de Joana Guilherme.
Vamos também apostar em acções de formação e captação juntos das escolas primárias.
No escalão senior, o clube participou no CAMPEONATO NACIONAL DA 2ª DIVISÃO.
MdM: Quem foram os responsáveis pela equipa?
B.S.L.: Eu e Nuno Vilela.
MdM: Que lições têm sido tiradas da actividade senior e como vai será o futuro?
B.S.L.: A principal lição é que nunca podemos esmorecer, pois como equipa universitária, os jogadores depois de acabar o curso vão-se embora, ou os juniores entram nas universidades e jogam nas equipas locais.
Já o ano passado, chegamos à conclusão que somos uma equipa formadora, prova disso é o facto de todos os jogadores saídos daqui estão a dar cartas noutras equipas.
Não podemos competir a nível monetário com outros clubes, e depois sentimos também os efeitos da interioridade.
O exemplo do Famalicão, que ao estar perto do Porto pode contar nas suas fileiras com jogadores vindos do CDUP, é diferente um jogador fazer 30 km para treinar, do que fazer 200…
MdM: Quem vão ser os treinadores da equipa senior para a próxima época?
B.S.L.: Eu e Nuno Vilela.
MdM: Quais são os principais objectivos da equipa para a época que se aproxima?
B.S.L.: Continuar a bom serviço que julgamos estar a fazer, pois esse é o
feedback que temos dos jogadores e adeptos, claro que há sempre velhos do restelo, que não conseguiram, ou não quiseram fazer mais, e que por mais que esta equipa faça, nunca é bom.B.S.L.: Eu e Nuno Vilela.
MdM: Que lições têm sido tiradas da actividade senior e como vai será o futuro?
B.S.L.: A principal lição é que nunca podemos esmorecer, pois como equipa universitária, os jogadores depois de acabar o curso vão-se embora, ou os juniores entram nas universidades e jogam nas equipas locais.
Já o ano passado, chegamos à conclusão que somos uma equipa formadora, prova disso é o facto de todos os jogadores saídos daqui estão a dar cartas noutras equipas.
Não podemos competir a nível monetário com outros clubes, e depois sentimos também os efeitos da interioridade.
O exemplo do Famalicão, que ao estar perto do Porto pode contar nas suas fileiras com jogadores vindos do CDUP, é diferente um jogador fazer 30 km para treinar, do que fazer 200…
MdM: Quem vão ser os treinadores da equipa senior para a próxima época?
B.S.L.: Eu e Nuno Vilela.
MdM: Quais são os principais objectivos da equipa para a época que se aproxima?
B.S.L.: Continuar a bom serviço que julgamos estar a fazer, pois esse é o
Mas sem esses não tinha piada nenhuma!!
Queremos passar à Fase seguinte, não perder jogos em casa e continuara a dar minutos e oportunidades de jogo a todos os atletas, mesmo que isso ponha o resultado em risco!
Queremos aproveitar estarmos directamente ligados ao Projecto Nestum Rugby, para captarmos jovens, que nos dêem alguma sustentabilidade para o futuro.
MdM: Como é financiada a actividade desportiva do clube? A Universidade comparticipa dessas despesas? E qual o papel da autarquia neste aspecto?
B.S.L.: A Universidade, através da AA assume as inscrições e transportes, os atletas têm de pagar do próprio bolso a alimentação, a Autarquia não ajuda rigorosamente nada!!!!
MdM: Qual o papel das empresas da região?
B.S.L.: Na época anterior, arranjamos dois patrocinadores, Óptica Melo e Design Lógico, para adquirirmos equipamentos.
As restantes empresas dão sempre a mesa razão, não podem investir, não têm dinheiro, etc.
MdM: Quem quiser jogar rugby na AAUTAD o que deve fazer?
B.S.L.: Só tem de aparecer cheio de vontade para treinar no Campo de Jogos da UTAD.
Pode entrar em contacto connosco para o aautad.rugby@gmail.com ou através da nossa página do Facebook em: https://www.facebook.com/RugbyUtad
8 comentários:
Um grande abraço para o Sá e para Nuno que ainda acreditam neste projecto....boa sorte...
Henrique
Muito bem, Sá. A partir de Setembro tu e o Nuno de certeza que vão continuar o bom trabalho desenvolvido na época passada.
Grande abraço,
Quim Brouas
Mas a UTAD esteve uns bons anos sem a pratica do Rugby, quem é que reiniciou o projecto UTAD Rugby a partir de 2008/09? Foi o Sá?
Infelizmente tenho de discordar com as opiniões anteriores... Este não, nem nunca será um bom projeto de Rugby, apenas por uma coisa (Bruno Lemos), enquanto este sr não perceber que o Rugby não é um campo de batalha... é sim um campo de valores...
A UTAD nunca esteve sem rugby....ainda alguns anos atras jogava na primeira divisão...
Realmente não há paciência para estar constantemente a aturar comentários anónimos de "pessoas", essas sim sem "valores" que nem a decência têm de assumir as suas "opiniões", sim porque não passam de opiniões pessoais.
Para os menos esclarecidos, e para além das características pessoais de uma qualquer pessoa, os valores também são um conjunto de exemplos que a sociedade propõe nas relações sociais, daí se dizer que alguém “tem valores” quando estabelece relações de respeito para com o próximo. Pode-se dizer que os valores são crenças de maior categoria, partilhadas por uma cultura e que surgem do consenso social.
Assim sendo, opiniões infundadas, que unicamente fazem denotar ressentimento, maldade, ignorância relativamente conceito de "valores", realmente, VALEM O QUE VALEM.
E como me é permitida opinião, deixo uma sugestão, comece por perceber o que é o RESPEITO pelos outros.
É muito bom ver a equipa a evoluir e caminhar para um bom futuro, apesar de já termos jogado nas principais divisões nacionais, neste momento não tem qualquer lógica estar presente. Continuando assim e com bases fortes e sólidas no futuro acredito que será possível colocar a AAUTAD nas divisões principais. É com pena minha não poder fazer parte da equipa devido a questão do foro profissional. A todos um grande abraço. KáKá
A AAUTAD nunca esteve sem rugby, nunca disse que fui eu que reiniciei a prática de rugby no clube, aliás, se não fossem pessoas como Luís Vaz, Joaquim Carvalho e outros a nunca deixar que isto acabasse, pondo para 2º plano a sua vida pessoal, eu e o Nuno não teríamos a vida facilitada para pormos o nosso projecto em andamento!
Mas posso dizer que eu fiz parte enquanto jogador da última equipa de juvenis que a AAUTAD teve até 2007, até que nesse ano a convite de Joaquim Carvalho formei e treinei uma equipa de sub-18, sendo a equipa da AAUTAD RUGBY actualmente composta por grande parte desses jogadores.
No que toca ao comentário que este projecto não é um bom projecto devido ao facto de eu não perceber que o Rugby não é um campo de batalha...são opiniões que eu respeito, mas para mim, O CAMPO DE RUGBY É E SEMPRE SERÁ UM CAMPO DE BATALHA, EM QUE OS INTERVENIENTES LUTARÃO DENTRO DAS REGRAS E DA LEALDADE PELO OBJECTIVO FINAL, SEJA ELE QUAL FOR. Uma coisa posso garantir, nunca virei, nem virarei a cara à luta, nunca deixarei de defender os meus!! Nunca deixarei de responder a uma agressão!
Mas o Anónimo, que está a criticar o facto de eu ver o campo de rugby como um campo de batalha, não me convence que tenha sido sempre leal, que nunca tenha sido expulso, que nunca tenha agredido ninguém ou feito uma falta feia, e muito menos que tenha repreendido um colega de equipa ou atleta por o ter feito, peço desculpa mas custa a acreditar!!
Mas há um ditado que pode ser aplicado nesta situação: VOZES DE BURRO...
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