Nunca antes os Lions tinham marcado tantos pontos aos Wallabies, e, desde 1966, esta foi a vitória com o maior diferencial de pontos marcados/sofridos, obtida nos encontros entre as duas equipas, e marca o retorno ao sucesso numa Série, depois de 1989, por parte dos visitantes.
Warren Gatlans apostou forte e ganhou! calando todos os críticos, fossem eles bem intencionados, ou apenas desejosos de ver o neozelandês sair pela porta dos fundos.
Mas Gatland tinha razão, e as seis alterações introduzidas na equipa cedo compensaram a ousadia, com o ensaio de Alex Corbisiero quando apenas estavam decorridos 77 segundos de jogo.
A transformação bem sucedida de Leigh Halfpenny foi apenas o ponto de partida para os 21 pontos que marcou (cinco penalidades e três transformações) e o içaram ao posto de melhor marcador de sempre numa única partida com a camisola dos British & Irish Lions, ultrapassando os anteriores 20 de Jonny Wilkinson (2005 Argentina) e de Stephen Jones (2009 África do Sul).
Além dos 21 pontos de Halfpenny (que estabeleceu também um novo recorde de pontos marcados numa Série, com 49, contra os anteriores 41 de Neil Jenkins) os Lions marcaram quatro ensaios na partida, por intermédio do já referido Corbisiero, Jonny Sexton, George North e Jamie Roberts.
A Austrália respondeu com ensaios por James O'Connor e os restantes 11 pontos na conta de Christian Leali’ifano através de três penalidades e uma transformação.
A chamada do veterano australiano George Smith não foi muito feliz, e logo aos cinco minutos um forte embate com o talonador adversário, Richard Hibbard, obrigou-o a ser atendido fora de campo, onde ficou por cinco minutos, dando indicação da fisicalidade que os visitantes iriam introduzir em toda a partida.
Na verdade a vitória esmagadora dos Lions fundou-se numa formação muito sólida, que conquistou todas as suas 10 introduções e ainda provocou a perca de três das seis introduções australianas (ver estatísticas no final do texto), para, a partir daquela base, levar a equipa à glória.
Com a chamada de 10 galeses à equipa, e a saída de Brian O'Driscoll, Gatland mostrou que nesta questão da constituição das equipas não pode haver sentimentalismo nem opções tomadas com base no coração, mesmo quando nomes como o de Sir Ian McGeechan ou de Phil Bennett saem à liça para defender diferentes pontos de vista, e regressa às Ilhas com honras e glória.
Aus | Estatísticas | Lions |
---|---|---|
44%
|
Posse
|
56%
|
47%
|
Território
|
53%
|
3
(3)
|
Formações ganhas (perdidas)
|
10
(0)
|
12
(1)
|
Alinhamentos ganhos (perdidos)
|
10
(2)
|
9
|
Penalidades concedidas
|
11
|
64
(4)
|
Rucks ganhos (perdidos)
|
78
(5)
|
108 (15)
|
Placagens feitas (falhadas)
|
112 (14)
|
12
|
Offloads
|
6
|
6
|
Line breaks
|
3
|
Fotos: Paul Barkeley/LookPro, RFU/Getty Images
Estatísticas: Opta Sports
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