5 de julho de 2013

LEÕES OU CANGURUS, QUEM VAI FICAR POR CIMA?

Acontece de 12 em 12 anos, e já houve quem imaginasse que com o advento do profissionalismo e do Campeonato do Mundo, deixaria de acontecer, mas o sucesso desportivo das digressões dos British & Irish Lions à Austrália e a injecção de mais de 70 milhões de euros na economia do país, são garantes que esse dia não vai chegar tão cedo.

Sábado em Sidney, quando os Lions e os Wallabies subirem à relva do ANZ Stadium, perante 84 mil espectadores, no terceiro dos jogos que compõem a viagem da equipa do hemisfério norte à Austrália, tudo estará em disputa numa luta sem favorito, pois os resultados anteriores (21-23 para os Lions e 16-15 para os Wallabies) impedem qualquer vaticínio lógico e tudo vai depender de pormenores.

12 anos atrás, os australianos levaram a melhor vencendo duas das três partidas, e então como agora, os Lions venceram primeiro, para a equipa da casa recuperar no segundo encontro, e deixarem tudo para decidir nos últimos 80 minutos.

Agora, para a partida final, a equipa de Warren Gatland vai sofrer algumas mudanças significativas, das quais o afastamento de Brian O'Driscoll não será a menor, e o barulho do afastamento de BOD da equipa apenas pode ter, para Gatland, um de dois desfechos - se os Lions vencerem o neozelandês será um génio, por ter visto o que mais ninguém viu, mas se os Lions perderem ele será o vilão da história, por não ter visto o que todos os outros viram...

Perante esta decisão de Warren Gatland, nada melhor que as palavras do antigo internacional galês Phill Bennett que afirmou: "tudo corria às mil maravilhas, e agora tudo se desfez em pedaços..."

E enquanto os Lions prescindem da experiência e qualidade de O'Driscoll, Robbie Deans chamou à equipa, depois de quatro anos de afastamento, o terceira linha George Smith, que alcançou a impressionante marca de 110 internacionalizações pela Austrália em 2009, em Cardiff, frente ao País de Gales, na esperança que a sua experiência e sabedoria tragam algo de definitivo a favor das camisolas douradas.

RECORDAR
Desde que estes jogos se começaram a disputar, em 1899, já se realizaram 22 partidas, com a vitória a sorrir aos Wallabies em apenas seis ocasiões, cabendo a maior fatia aos visitantes que venceram todas as outras 16, e levando o adversário a zero pontos, em cinco delas.

O ÚLTIMO DESAFIO
Fique com as equipas para o jogos de amanhã, que será dirigido por Romain Poite (França), assistido por Chris Pollock (Nova Zelândia) e Craig Joubert (África do Sul):

Austrália: 15 Kurtley Beale, 14 Israel Folau, 13 Adam Ashley-Cooper, 12 Christian Lealiifano, 11 Joe Tomane, 10 James O'Connor, 9 Will Genia, 8 Wycliff Palu, 7 George Smith, 6 Ben Mowen, 5 Kane Douglas, 4 James Horwill (cap), 3 Ben Alexander, 2 Stephen Moore, 1 Benn Robinson.
Banco: 16 Saia Faingaa, 17 James Slippper, 18 Sekope Kepu, 19 Rob Simmons, 20 Ben McCalman, 21 Michael Hooper, 22 Nick Phipps, 23 Jesse Mogg.
British and Irish Lions: 15 Leigh Halfpenny, 14 Tommy Bowe, 13 Jonathan Davies, 12 Jamie Roberts, 11 George North, 10 Jonathan Sexton, 9 Mike Phillips, 8 Toby Faletau, 7 Sean O'Brien, 6 Dan Lydiate, 5 Geoff Parling, 4 Alun-Wyn Jones (c), 3 Adam Jones, 2 Richard Hibbard, 1 Alex Corbisiero.
Banco: 16 Tom Youngs, 17 Mako Vunipola, 18 Dan Cole, 19 Richie Gray, 20 Justin Tipuric, 21 Conor Murray, 22 Owen Farrell, 23 Manu Tuilagi.

2 comentários:

Anónimo disse...

O sucesso dos Lions e de tal forma grande que Bill Pulver da federacao australiana comentou que tendo um ano com o Campeonato do Mundo, um ano com os jogos olimpicos e um ano com os Lions, em cada ciclo de 4 anos, ve com bons olhos a criacao de uma equipa conjunta dos paises do hemisferio sul ligado a SANZAR (Australia, Nova Zelandia, Argentina e Africa do sul) para preencher o vazio no unico ano disponivel nesse ciclo quadrianual.

A mesma fonte recordou que em breve se comemorara o centenario dos Army Corps de Australia e Nova Zelandia e mesmo que os outros paises nao queiram avancar com a ideia, Australia tentara faze-lo em conjunto com os All Blacks.

http://www.scmp.com/sport/other-sport/article/1274774/australia-rugby-ceo-wants-sanzar-lions-equivalent

Miguel Ribeiro

Anónimo disse...

A questão não gira em torno do BOD não jogar mas sim nas 6 alterações que efectou e que faz com que a equipa titular tenha somente 10 galeses!!!

A questão da substituição do BOD já foi explicada pelo Gatland, que quer dar maior poderio fisico à sua equipa pois espera o mesmo dos australianos.

Quanto a mim, ele socorreu-se dos jogadores e equipa que melhor conhece (Gales) para levar de vencido os auzzies.