6 de janeiro de 2013

CDUL É CAMPEÃO IBÉRICO

Não podia acontecer. O CD Universitário de Lisboa conquistou a Taça Ibérica num encontro em que o VRAC Quesos Entrepinares deu o melhor da sua energia mas que encontrou um rival mais forte e firme que, no final, levantou a Taça Ibérica.

Foi assim que o site oficial do VRAC abriu a crónica sobre o jogo deste domingo, em que o CDUL conquistou a sua terceira Taça Ibérica, com um desportivismo que nos apraz registar e saudar.
A derrota por 24-13 entristeceu os espanhóis, mas não os fez perder a cabeça.

Que diferença para os comentários ressabiados da maior parte das equipas portuguesas e dos seus adeptos, para quem a "culpa" de uma derrota é sempre do árbitro, das condições do terreno, dos jogadores ausentes e do Ministro das Finanças...


Para o campeão espanhol, o que se passou foi uma clara superioridade dos portugueses...Simples, não é?

Com a devida vénia reproduzimos o restante texto, na versão original, para que possam ter uma ideia do que se passou no Pepe Rojo de Valladolid:



(13-24) Venció la fortaleza lusa

La mañana resultó desapacible desde el inicio. Una espesa niebla bañó los campos de Pepe Rojo desde por la mañana aunque eso no evitó que el partido se disputase, ya que se veía perfectamente a ras de hierba.

En los primeros compases del encuentro fue el VRAC el que intentó avanzar metros con más ahínco y efusividad. Las patadas se intercambiaban pero era el cuadro local el que empujaba con más entusiasmo. De este modo, se extrajo un golpe de castigo a los tres minutos de partido que la ametralladora Griffiths pasó, adelantando de este modo a los queseros.

El CDUL igualó la contienda tres minutos más tarde. Una batalla que se libraba en los puntos de encuentro y que no permitía que los hombres de tres cuartos hiciesen de las suyas. 
El VRAC intentaba abrir el campo pero las huestes lusas se mostraban impermeables.

El VRAC Quesos Entrepinares provocaba con su presión pegajosa que el conjunto portugués apenas avanzase metros, aunque se mostraba más atinado en las fases estáticas y placaba con una excelsa dureza. Así tras una pérdida del equipo quesero, Foro se encontró con el oval y sin oposición lo posó tras la línea de ensayo, aunque Girao erró la transformación -golpeó en uno de los palos-.

No obstante, escasos minutos más tarde, Griffiths recortó diferencias con un nuevo golpe de castigo transformado por Griffiths llegado tras un placaje retardado. Idéntica falta en el minuto 25 pero el apertura quesero, en esta ocasión, no pasó.

El VRAC disponía el juego en el medio del campo portugués. Buscaba hilvanar a la mano y ampliar el campo pero la retaguardia del CDUL exhibía una notable rigidez y orden que impedía cualquier atisbo de profundidad.

Además, cuando se encaramaba a la veintidós quesera metía miedo en el cuerpo del respetable. En una de estas, Nuno Penha e Costa amplió la ventaja visitante con un drop centrado ante el que nada se pudo hacer.

A partir de ese momento el VRAC jugó muy cerca de la veintidós lusa y a punto estuvo de ensayar pero alguna recepción errónea y la recia defensa lusa privó a los de Lisandro Arbizu de dicho premio antes del descanso, al que se llegó con el parcial de 6-11.

En la reanudación, el juego se abrió más, perdiéndose en cierta medida la rectitud del primer período. El CDUL tenía más posesión y no le temblaba el pulso, pues Murray aumentó la diferencia con un nuevo drop en el minuto 45 (6-14).

El VRAC lo intentaba pero no medraba. La consistencia, la mayor fortaleza física de los portugueses frenaba las embestidas locales lejos de la línea de ensayo. Además, el cuadro luso martilleaba con tremebunda potencia. Girao, tras una touch, anotó un nuevo ensayo para el CDUL que ponía la victoria harto complicada.

Pero el VRAC no se amilanó. No dio el partido por perdido e, ipso facto, tras un descomunal eslalom de Perico, Francisco Blanco depositó el oval bajo palos, poniendo el triunfo, tras las pertinente transformación de Griffiths, a nueve puntos.

Entonces, la escuadra vallisoletana, espoleada por una afición que se sacudió del frío, empezó a dominar por completo la posesión del oval y a cuajar sus mejores minutos. Ahondaba en su juego a la mano y asumía riesgos en pos de la remontada, la cual se complicó aún más a diez minutos del final con un nuevo golpe de castigo transformado por Girao.

No hubo opción de réplica, y, al final, el VRAC deberá esperar una nueva oportunidad para sumar la Copa Ibérica a sus vitrinas.

FICHA TÉCNICA:
13 - VRAC QUESOS ENTREPINARES: Francisco Blanco, Steve Barnes, Federico Abente, Ignacio Molina, Álvaro Abril, Adam Newton, Glenn Rolls, Carlos Gavidi, Manuel Sevillano, Gareth Griffiths, Sergio Fernández, Javi Ortega, Pedro Martín, Alex Gutiérrez Muller y Nacho Gutiérrez Muller. También jugaron Diego Gorosito, Santiago Ovejero, Marco Lora y Diego Merino.
24 - CDUL: João Mussolo, Duarte Foro, Diego Fialho, João Lino, Daniel Faleade, Seti Filo, Tiago Girão, Francisco Coimbra, Francisco Pinto de Magalhães, Nuno Penha e Costa, Bernardo Silveira, Federico Oliveira, Gonçalo Foro, Francisco Appleton e Carl Murray. Também jugaram Miguel Vilaça, Francisco Almeida, Sebastião Villax, Lourenço Machado, Vasco Navalinhas, Bruno Medeiros e João Sacadura.
PARCIAIS: 3-0, min. 3: Penalidade por Griffiths; 3-3, min. 7: Penalidade por Girao; 3-8, min 18: Ensaio de Foro; 6-8, min. 22: Penalidade por Griffiths; 6-11, min. 32: Drop de Nuno Penha e costa; 6-14, min. 45: Drop de Carl Murray; 6-21, min. 56: Ensaio e Transformação de Girão; 13-21, min. 59: Ensaio de Francisco Blanco, transformação Griffiths; 13-24, min. 70: Penalidade por Girão.
ARBITRO: Stéphan Pomerade (Francia). 
Cartão amarelo para Seti Filo, do CDUL.
Partida correspondente à 33ª Taça Ibérica, disputada no Estádio Pepe Rojo em Valladolid.

Texto e Foto: www.valladolidrac.com/

14 comentários:

Great_duke disse...

Muitos parabéns ao CDUL!

Não deixa de ser curioso ver que o campeão nacional conquista o caneco no campo do adversário. Adversário este que joga num campeonato dito bem mais competitivo do que o nosso...

Enfim, que seja também um bom pronuncio para os confrontos ibéricos do CEN onde ganharmos os dois jogos é de primordial importância numa campanha que se quer de sucesso.

Mas hoje, o importante é louvar o comportamento de "nuestros hermanos", a realização da Taça ibérica e dar os parabéns ao CDUL por um excelente sucesso desportivo.

Um abraço do Luxemburgo.

Great Duke

Anónimo disse...

http://www.marca.com/2013/01/06/mas_deportes/rugby/1357482457.html

Jonas Stilwell disse...

muitos parabéns ao CDUL por elevar o rugby português!

abraços

Anónimo disse...

MVP Tiago Girão.

Anónimo disse...

FOI PENA NÃO TER HAVIDO TRANSMISSÃO PELA TELEVISÃO?
Mas porque é que o jogo foi em Espanha ? Não devia ter sido em Portugal ? Da ultima vez a final era para ser em Espanha, só que o GDDireito ganhou ao Salvador, campeão de Espanha.
Parabens ao CDUL, uma vitória muito importante.

Anónimo disse...

Bem falado great duke

Anónimo disse...

Muitos parabéns ao CDUL pela Vitória e uma GRANDE SALVA DE PALMAS AOS 2 CLUBES, por se terem entendido e jogado a Taça Ibérica, já que as 2 Federações não se conseguiam entender! É pena, mas pelos vistos, basta Querer, para Acontecer!!

Isto sim, é Louvar!!

Anónimo disse...

Parece que não é correcto dizer-se que as Federações não se entenderam. Tanto se entenderam que os dois Presidentes estiveram presentes no jogo. Alem disso todos sabem que o Presidente da FPR sempre quis incluir a Taça Ibérica no calendário oficial. Só que o antigo Presidente espanhol e os Clubes não quiseram. É injusto e não é verdade. Parabens ao CDUL. Foi extraordinario.

Anónimo disse...

Esse comentário das 23,39 só pode ter sido escrito pelo próprio presidente da FPR, já esquecido das pressões que exerceu junto de Agronomia para que não aceitassem adiar o jogo com o CDUL...
E se os clubes espanhóis não queriam disputar a Taça, como se compreende que o CDUL tenha conseguido, no ano passado, disputar uma Taça Ibérica em Sub-21, e este ano uma em seniores???
E essa história que o anterior presidente espanhol não queria até pode ser verdade, mas não foi por causa disso que o CDUL tratou de tudo com muita antecedência - no tempo do anterior presidente da FER...
O Cabé agora quer é apanhar boleia...e fazer vénias com a chapelada que levou do CDUL...

Manuel Cabral disse...

Anonimos das 23,39 e das 02,29
Neste momento essa conversa não tem mais qualquer interesse, não precisam de andar a puxar a brasa para as vossas sardinhas...
O que interessa é que, com a iniciativa bem sucedida e o empenho do CDUL, a Taça Ibérica voltou a disputar-se, e agora espera-se que as duas federações peguem no trabalho que foi feito, e consigam implantar a competição definitivamente, nos dois calendários.

MSF disse...

Parabéns CDUL!

Manuel Cabral disse...

Att: Pedro Silva,
Agradeço o teu comentário que sei ser exato e verdadeiro, mas não o vou publicar para acabar com a polémica, em consideração aos importantes objetivos que se aproximam, e que são de todo o interesse para o rugby português.
Abraço

Anónimo disse...

Compreendo e aceito, mas nós que trabalhamos no Rugby, que nos empenhamos como poucos, custa muito ver tanta injustiça e falta de vergonha na cara.

Forte abraço

Pedro Silva

Anónimo disse...

Lourenço Pinto Magalhães, a Presidente da FPR