A ter havido surpresas nos quartos de final do Mundial 2019 elas vão em primeiro lugar para a largueza das vitórias da Inglaterra sobre a Austrália (40-16) e da Nova Zelândia sobre a Irlanda (46-14), já que se quem ganhou era (ligeiramente) favorito não tinha ainda justificado uma vitória por 24 ou 32 pontos de vantagem.Mas os dois jogos do primeiro dia dos quartos de final acabaram por justificar inteiramente os números das vitórias, e pode-se dizer, sem medo de errar (muito...) que a meia final entre os dois vencedores será (quase) uma final antecipada da competição.
Na primeira partida de domingo, entre o País de Gales e a França, onde mais uma vez o vencedor levava uma pontinha de vantagem, tudo parecia levar à vitória da França, mas a verdade é que marcar em cima da hora vale tanto como marcar cinco minutos antes, e os franceses não resistiram a uma segunda parte onde não conseguiram marcar nem três miseráveis pontitos, e a partida terminou com o apuramento dos galeses com uma vitória conseguida mesmo no fechar da cena com um ensaio transformado que levou o resultado aos 20-19.
Já na última partida dos quartos de final a África do Sul não se deixou surpreender, e depois de uma primeira parte em que não conseguiram mais que um ensaio (5-3 ao intervalo), acabaram por ganhar com alguma facilidade por 26-3, mas os japoneses saem de cabeça erguida na quinta posição final do campeonato, que representa a melhor classificação de sempre de uma equipa do Tier 2, consequência da sua vitória no grupo da fase de apuramento.
OS JOGOS DAS MEIAS FINAIS
O Inglaterra-Nova Zelândia é uma final antecipada, já que as duas equipas mostraram ser no momento quem apresenta o melhor jogo e qualquer dela merece o título de 2019.
Mais uma vez é um jogo sem vencedor antecipado, com os All Blacks a levarem nos ombros o peso dos três títulos já conquistados e o correspondente favoritismo, mas a Inglaterra, depois da humilhação de 2015, parece recomposta e decidida a ir até ao fim, quem sabe para se desforrar do País de Gales - nos quartos de final vingou-se da Austrália, que com os galeses foram seus carrascos em 2015.
A outra meia final, País de Gales-África do Sul parece fadada a levar ao último jogo do campeonato os sul-africanos que venceram os galeses na última partida de um Mundial que disputaram entre si - precisamente em 2015, nos quartos de final.
Mas a verdade é que o País de Gales foi uma das duas equipas a conseguirem quatro vitórias na fase de apuramento (a outra foi o Japão), e mesmo tendo em consideração o efeito tufão é um cartão de visita de peso, já que os springboks sofreram uma derrota no mesmo número de jogos disputados.
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