9 de agosto de 2013

FCT COM OBJECTIVOS AMBICIOSOS QUER VENCER SEGUNDONA

Nas duas últimas épocas a equipa de rugby da Faculdade de Ciências e Tecnologia esteve na luta pelo título da 2ª Divisão nacional até ao final da prova, tendo disputado a meia final em 2011-12, e perdendo apenas no diferencial de pontos marcados/sofridos nas duas mãos da eliminatória, e na época que terminou ficou na terceira posição da Zona Sul/Lisboa, atrás de São Miguel e Sporting, que acabaram por ser os finalistas da competição.

Agora, com mais uma época a começar, João Campelo Ribeiro não tem qualquer dúvida em afirmar a vontade da equipa do Monte da Caparica em vencer a prova.


João Campelo conta-nos como as coisas aconteceram com a equipa de rugby FCT, ao longo dos anos, quer na sua participação em competições universitárias como em competições federadas.

Mão de Mestre: Quem é o João Campelo Ribeiro no rugby e fora dele?
João Campelo Ribeiro: No Rugby sou um Dirigente, Jogador e Adepto que
cedo se deixou envolver e contagiar por este desporto fantástico. 
Fora do Rugby sou um recém-formado em Engenharia Civil a entrar no mercado de trabalho. 

MdM: Onde nasceste e cresceste e como se deu o primeiro contacto com o rugby? 
J.C.R.: Nasci e vivi em Lisboa, e, desde pequenino que fui levado pelo meu pai e pelos meus tios a ver os jogos de Rugby da Agronomia, depressa surgiu a vontade de experimentar e aos 12 anos comecei a jogar nos iniciados da Agronomia pela mão do meu tio Nuno e do amigo Miguel Saraiva Lima. 

MdM: O que fizeste no rugby na época que terminou, e o que vais fazer na próxima? 
J.C.R.: Na época que terminou, como presidente do Núcleo de Rugby da AEFCT, fui o responsável pelas actividades das equipas Universitária e Federada da AEFCT. 
Numa próxima época, se os compromissos profissionais o permitirem, espero continuar as mesmas funções. 

MdM: Como surge o Rugby da AEFCT e quando?
J.C.R.: A primeira equipa de Rugby da Associação de Estudantes da
Faculdade de Ciências e Tecnologia (AEFCT) surge em 1996, por Eduardo Mendonça, Nuno Frazão e pelo José Figueira, participando apenas nas competições Universitárias. 
Devido a uma grande afluência aos treinos a equipa sentiu a necessidade de uma competição mais frequente e com um nível mais elevado, então, em 2000-2001 surge o Núcleo de Rugby da AEFCT e inscreve a sua equipa universitária simultaneamente nas competições Universitárias e no Campeonato Nacional da II Divisão.

MdM: Qual foi a actividade que o clube teve na época 2012-13?
J.C.R.: O Núcleo de Rugby da AEFCT na época 2012-2013 participou no Campeonato Universitário de Lisboa organizado pela Associação Desportiva do Ensino Superior de Lisboa (ADESL), onde se sagrou tetra-campeão, no Campeonato Nacional Universitário organizado pela Federação Académica do Desporto Universitário (FADU), perdendo na Final do torneio com a Associação Académica de Coimbra, no Europeu de Universidades organizado pela European University Sports Association (EUSA), tendo terminado em quinto lugar vencendo a taça Bowl, e por fim no Campeonato Nacional da II Divisão (5º Lugar) e na Taça de Portugal (1ªEliminatória) organizados pela Federação Portuguesa de Rugby.

MdM: Quem foram os seus treinadores?
J.C.R.: O treinador principal foi o João Dias Costa e o treinador adjunto eu próprio.

MdM: Que acções estão previstas para alargar o recrutamento nas camadas jovens? 
J.C.R.: Neste momento 100% do recrutamento é feito na Faculdade de
Ciências e Tecnologia (FCT) por meio de alguma divulgação e demonstrações de Rugby realizadas dentro da FCT. 
Existem alguns contactos com a Câmara Municipal de Almada para a oferta de Rugby na zona do Monte da Caparica e assim dar início às Escolas da AEFCT, no entanto, existem alguns problemas a resolver nomeadamente a falta de infraestruturas desportivas e a falta de apoios financeiros. 

MdM: Onde decorrem os treinos e os jogos do clube?
J.C.R.: Os treinos e jogos da equipa universitária decorrem na Cidade Universitária, os jogos da equipa federada são no campo da Sobreda da Caparica. 

MdM: Que lições têm sido tiradas da actividade do clube e como vai ser o futuro?
J.C.R.: Este novo projecto começou em 2007, e, apesar de ter por base o modelo anterior, tem novas ideias, outras ambições e mais pessoas envolvidas. 
Existem as grandes dificuldades financeiras, agravadas pela crise, que não nos permitem avançar como queremos mas ideias, vontade e determinação não faltam, graças a Deus. 

MdM: Como é financiada a actividade desportiva do clube? Qual o papel da autarquia neste aspecto?
J.C.R.: As actividades do Núcleo de Rugby são financiadas exclusivamente pela AEFCT, no entanto tivemos alguns apoios pontuais financeiros da Cooperativa Auto Agrícola Sobralense e uma parceria do Continente em produtos alimentares.
A Câmara Municipal de Almada interessou-se pelo nosso projecto e disponibilizou o Campo da Sobreda para algumas das nossas actividades.

MdM: Qual o papel das empresas da região?
J.C.R.: Não existem empresas na região interessadas em dar-nos apoio financeiro nem apoio através dos seus produtos.

MdM: Para a época 2013-14 quais os seus principais objectivos desportivos?
J.C.R.: A nível universitário é conquistar o Penta Campeonato de Lisboa, o Campeonato Nacional Universitário e o consequente apuramento para o 7º Europeu de Universidades. 
A nível Federado é Conquistar o Campeonato Nacional da Segunda Divisão que já nos "foge" há dois anos.

MdM: Quem quiser jogar rugby na AEFCT o que deve fazer?
J.C.R.: Enviar um email para rugbyfct@gmail.com ou ir à nossa página do Facebook Clube de Rugby FCT deixar um "gosto" e uma mensagem a mostrar o interesse.

4 comentários:

Anónimo disse...

Impressionado com o crescimento do rugby a nivel de novos clubes, As entrevistas tão esclarecedoras aqui no MdM e o relatório da FPR à dias publicado disso dão conta. Não posso numa hora de crescimento dos clubes emergentes deixar de recordar quem foi o verdadeiro Pai dessa iniciativa e um defensor intransigente dessa forma de levar o rugby aqueles que não teria outra forma de o lançar ns suas terras. Refiro-me ao Prof. Cabral Fernandes.(Tony) de Coimbra. Será que o MdM não conseguirá arrancar uma entrevista a um homem que sempre sem dar nas vistas tanto fez pela nossa modalidade. Para quando um dia nacional das equipas emergentes em que ele possa estar presente. Obrigado ao MdM pelo apoio que tem dado ao rugby duma mmaneira tão transversal.

Anónimo disse...

é só candidatos ao titulo da 2ª divisão... e ainda lhe chamam rugby de lazer... o rugby nacional está a crescer!!!

Anónimo disse...

Boa tarde
a FCT como ex campeã da 2a Divisão tem um lugar "garantido" na luta para subir.

Fiz o meu primeiro treino na FCT em 1999 ainda com 16 anos (antes de ir para os Juniores da Agronomia) e recordo uma excecional equipa de jogadores que vieram de clubes com grande "escola" e que criaram a FCT do nada...depois foram 6 anos federado e mais uns quantos a "aparecer nos treinos".

A FCT já deu alguns jogadores ás equipas da 1a divisão e temos jogador(es) com n internacionalizações na selecção de VIIs que começaramna FCT.

A FCT sempre foi um dos poucos clubes da Zona de Lisboa que funcionava como equipa para crescimento/trampolim de jogadores que não tinham lugar nos XVs da 1a divisão. Essa hegemonia/monopólio foi-se diluindo com o (re)aparecimento de velhos/novos clubes na Zona de Lisboa (São Miguel, Sporting, etc).

Devido ao seu potencial de recrutamento no meio universitário a FCT poderia ter um lugar de maior destaque no rugby nacional, caso houvesse um maior investimento no clube. Voltamos sempre ao investimento, mas neste caso, há infraestrutura subaproveitadas na região de Lisboa que poderiam ser "emprestadas" á FCT, sem ser preciso recorrer sempre ao hiperlotado EUL, ou ao campo da Sobreda, que por tantas vezes nos abriu a porta (quanto custa um sintético de tamanho regulamentar, que pode ser capitalizado para aluguer? com mais de 10000 alunos dia no campus da Caparica, a UNL tem aqui um potencial de negócio significativo, para um investimento que deve ser relativamente reduzido) . Parece que não mas a falta de uma "casa" única sempre foi um dos problemas para o desenvolvimento da FCT. Pena é que a UNL (por falta de meios seguramente), nunca teve a capacidade de proporcionar a esta centena larga de jogadores que ganhou 4/5 campeonatos universitários de XV (em 6 ou 7 finais), um conjunto de condições que permitissem o desenvolvimento da marca "FCT rugby", como pólo de atração para angariar novos alunos (como universidade técnica é normal que se foque a atenção no CINEMAT e outros pólos de investigação científica), mas o rugby na FCT sempre foi um meio de divulgação da "marca FCT" e poder-se-ia explorar este potencial, com proveitos mútuos para ambas as partes.
Com outra "sorte" poderíamos ter um nome tão forte no rugby nacional como Agronomia, Direito, Técnico e outros clubes que emergiram do meio universitário.

Numa época em que tudo o que é possibilidade de valor acrescentado é bem vindo, por que não apostar num projeto integrado (pegando num modelo americanizado por ventura, embora esteja a meter-me num assunto que não domino) onde se vê o desporto universitário como um potencial de negócio.

João um abraço de reconhecimento e se alguma ideia nas linhas acima se aproveitar...desenvolve-a!
um Abraço
Afonso "Bola" Dourado

Anónimo disse...

Quando o desporto escolar é tão vilipendiado pelos nossos governantes, que ainda não perceberam que quanto mais investirem no desporto mais poupam posteriormente nos cuidados de saúde. Quando a nivel escolar a educação fisica é um parente pobre da educação em geral, não há modelo, seja americano, inglês ou outro qualquer que sobreviva.