14 de janeiro de 2013

PRIMEIROS VENCEM COM BÓNUS NA PRIMEIRONA

Jornada sem problemas para os três primeiros da tabela, que venceram com direito a bónus de ataque mantendo assim as suas posições relativas, fica marcada por mais um adiamento de jogo, aumentando o número de partidas a recuperar para quatro.

Com duas partidas atrasadas Loulé, Setúbal e Santarém são seguidos de Montemor e Agrária com uma partida cada, e deverão fazer contas ao calendário para recuperarem o atraso e reassumirem as suas posições corretas na tabela classificativa.

LOUSÃ 37-0 AGRÁRIA (5-0)
Um jogo estranho por parte dos serranos que chegaram ao intervalo a vencer por 30-0, mas resolveram ir de férias no segundo tempo e apenas no finalzinho do jogo voltaram a marcar.
A Agrária continua a sua maré de maus resultados e bem pode agradecer aos vizinhos lousanenses o abrandamento ao intervalo que lhes evitou uma derrota bem mais pesada.
Note-se que os charruas são a única equipa que não conseguiu nenhum ponto de bónus, contabilizando apenas uma vitória sobre o Santarém logo na primeira jornada.

CALDAS 10-48 MONTEMOR (1-8)
O Montemor foi vencer às Caldas mas nem tudo correu bem, pois um início tímido marcou a exibição dos mouflons.
No entanto o seu maior valor acabou por vir ao de cima e os números acabam por ser reflexo da superioridade da equipa e a justeza da sua posição na tabela classificativa.
O Caldas esteve ao seu nível e se não fossem os oito pontos descontados pela FPR poderia ser uma das equipas a discutir o cobiçado quarto lugar.
Assim, parece condenado a lutar pela manutenção, que por pouco lhe não fugiu na última época.

ÉVORA 45-17 SANTARÉM (7-3)
O líder conserva a sua posição após vitória sobre o Santarém no último encontro da jornada, somando igualmente um bónus ofensivo, como os restantes vencedores do final de semana.
Os cavaleiros reagiram bem ao domínio dos chaparros, marcando três ensaios que demonstram que a equipa sabe e pode subir na classificação, mas a falta de um campo em condições para treinar e jogar, é handicap de difícil ultrapassagem.

Como já tivemos oportunidade de registar anteriormente o maior interesse da jornada residia no jogo entre Setúbal e Loulé, que acabou por ser adiado por alegada indisponibilidade de campo por parte dos setubalenses, segundo informação recolhida junto dos algarvios, mas o que importa salientar é o já elevado numero de jogos em atraso e o crescente desinteresse desta segunda parte da prova, com os dois grupos já praticamente definidos e que dificilmente sofrerão alterações - com a indicada exceção da luta pelo quarto lugar.
Em anos anteriores houve sempre algo mais que mantinha o interesse da fase de apuramento, fosse a transposição de pontos de uma fase para a outra ou a atribuição de pontos às equipas para a fase final, em função da sua posição na tabela classificativa.
Este assunto tem que ser repensado, sob risco de tirar o interesse a uma prova que tem, nos últimos anos pelo menso, oferecido excelentes momentos de competição.
Cá está mais um assunto em que um Departamento preocupado apenas com as competições internas, em permanente contato com os clubes de todo o país, poderia ter previsto e remediado em tempo útil.
Como está - uma gestão feita nos intervalos de outras matérias - não dá e exige-se um resposta urgente do poder às necessidades dos clubes nacionais.

Uma nota final para a falta de fotografias dos jogos, disponíveis para serem publicadas no Mão de mestre, que é uma marca dos jogos e equipas da 1ª divisão.
Nós procuramos mas a verdade é que apenas a Lousã se parece preocupar com isso, pelo que são do jogo dela as que hoje apresentamos.
Em rempo
*Por lapso não referimos que também o CR Évora se preocupa com a sua imagem, tendo até a gentileza de nos enviar semanalmente material fotográfico, que acabamos de incluir, com o devido pedido de desculpa ao clube alentejano.
Aliás cabe aqui uma palavra para referir que o CRE é um dos clubes que nos fornece mais informação em tempo e a horas, nomeadamente resultados e marcadores de pontos, o que nos permite fazer o nosso trabalho com tranquilidade.
Gostaríamos que este exemplo fosse seguido por outros já que dele resultariam óbvios benefícios para todos - para os clubes e ao rugby que teriam mais visibilidade, ao Mão de Mestre porque forneceria mais e melhor informação.

Fotos: Rugby Clube da Lousã e Clube de Rugby de Évora

12 comentários:

Anónimo disse...

Pela primeira vez não estou comletamente de acordo com o Mão de Mestre. Sigo com assiduidade os jogos da Primeira Divisão, mais do que os da Honra, vou a vários campos e já vi todas as equipas a jogarem pelo menos duas vezes, excepção ao Loulé que apenas vi jogar uma vez. O que se passa é que na primeira existem três equipas, o Montemor, o Évora e o Lousã com um Rugby claramente superior ás restantes, diferença de qualidade é enorme. Estas três têm um nível de Rugby que já se aproxima muito da Honra, os jogadores têm uma postura e uma atitude diferente, são atletas. As outras têm um nível de Rugby muito identico entre elas(talvez faça uma excepção ao Loulé que tem vindo claramente a subir de nível ao longo da época), feito de jogadores que treinam pouco, em que se nota claramente falta de mecanismos de jogo que só se ganham nos treinos e muita falta de condição física.
Qualquer que seja o enquadramento competitivo este facto haveria sempre de ressaltar e o interesse a meio da prova seria resumido a estas tês equipas e em quem ficará na frente. Não existiram grandes soluções para este facto, a realidade do Rugby nacional não o permite uma vez que não existem equipas de qualidade em numero suficiente. o que poderá a FPR fazer? lutar por dar mais qualidade ao Rugby nacional mas não penso que o modelo competitivo seja o problema. Penso que vamos ter que esperar mais uns anos para que o "baby boom" do Rugby que se seguiu à participação no Campeonato do Mundo atingam a idade de jogar nas equipas séniores.

Manuel Cabral disse...

Anonimo das 22,05
A questão não é essa. Concordo que haverá sempre umas equipas melhores que as outras e que na maior parte dos casos isso revela-se cedo.
Mas se houver uma motivação para as equipas não baixarem os braços, assim que estejam apontadas para o grupo das quatro melhores ou das quatro piores, continuará a existir competição.
Por exemplo, já que os dois grupos da fase final se disputam no sistema de poule a duas voltas, se as equipas transportarem para a segunda fase parte dos pontos que somaram na primeira fase, elas vão tentar fazer sempre o maior numero de pontos, nunca baixando os braços.
Ou como foi no ano passado, em que foram atribuídos pontos em função da classificação da primeira fase, que transitaram para a segunda fase.
E um ponto a mais ou um ponto a menos pode fazer toda a diferença...
E quanto a esperar pelo baby boom - se é que ele efetivamente existe (vamos acreditar que sim) - não se pode esperar de braços cruzados - já vi isso acontecer diversas vezes desde 1975.
Quantos milhares de miúdos não passaram pelos escalões juvenis desde 1975 e quantos chegaram ao escalão senior? Apenas uma pequena percentagem, e eu acho que a principal causa disso é a inexistência de uma estrutura organizativa que absorva toda essa juventude.
Repare - existem departamentos próprios para o rugby juvenil (as AR'S), existem departamentos para a formação de treinadores e jogadores, e existem as equipas técnicas das seleções.
E então o rugby competitivo senior? Quem cuida dele? Quem se preocupa com as competições nacionais? Os funcionários administrativos da FPR que tudo fazem, de tudo tomam conta?
Quantos problemas poderiam ser evitados se esse departamento - que tem que ser pro-ativo - estivesse atento e cuidasse de manter as três divisões em correto funcionamento.
Dou-lhe um exemplo - o que se passou com as inscrições este ano.
Claro que a culpa é dos clubes, mas se houvesse um departamento próprio que se apercebesse que algo estava mal, alertasse e acompanhasse os clubes na resolução dos problemas, nunca se teria chegado ao ponto onde se chegou, com 222 inscrições a levantarem dúvidas!
E no caso dos jogos em atraso? Neste momento existem 16 jogos em atraso no conjunto das três divisões. Será que todos eles se justificam, e será que os jogos vão ser realizados nos termos e prazos regulamentares?
E será que as opiniões dos clubes - desde o mais pequeno ao maior - conseguem fazer ouvir as suas opiniões? A verdade é que eles não têm a quem se dirigir...
Claro, podem sempre dirigir-se ao presidente, mas será essa a função do presidente? Ou podem dirigir-se ao Diretor Técnico, mas ele está muito mais vocacionado para as seleções nacionais...
Espero que tenha entendido as minhas opiniões agora que as tentei explicar melhor.

Anónimo disse...

grande jogo em Évora! e se se disseram cobras e lagartos até há umas semanas por aqui sobre o Santarém o mesmo clube provou no Infernos dos Canaviais a razão de estar na primeirona. pena a equipa não ter sido regular desde o principio da prova pois podia perfeitamente estar a disputar o 4º lugar e como consequência a ultima vaga para a fase final dos apurados.

cumprimentos a todos e boa sorte para o Santarém
JN - jogador do CRÉ

Anónimo disse...

Boa noite, agradeço que informem para quando a atualização do "GRANDE PRÉMIO MAR E SOL - NAPOLI", já passou a décima jornada e só temos informação até á oitava, se o problema é falta de informação de alguns Clubes então eles o problema será desses mesmos clubes que vêm os seus atletas prejudicados.

Anónimo disse...

Até dá gosto ler este tipo de posts. Entre as duas opiniões, sou favorável, mas mesmo muito mais favorável à do MdM. Tem quase diria 100% de razão. Só um lapso pode ter levado a este tipo de solução para a primeira divisão. A maioria dos clubes até ao inicio da fase final ana da jogar para aquecer, ou nem isso. Se já vão poucos aos treinos, menos irão a partir de agora.

Anónimo disse...

Agora já percebo porque é que o Santarém fez todos os jogos na casa dos adversários. Sabendo que teria poucas hipóteses de chegar ao 4º lugar (a não ser com a questão dos pontos retirados) ao Santarém tanto lhe faz ficar em 5º como em 8º na primeira fase. O campeonato para eles começa na fase final e aí tenho quase a certeza que já vão jogar em Santarém e vão ser a grande surpresa do campeonato. Não vão descer e ficarão em 5º lugar.

Anónimo disse...

Mão de mestre,

Sobre o post recente acerca do fair play no rugby deixo esta noticia de um orgão de informação.

http://jogadadomes.blogspot.pt/2013/01/fair-play-precisa-se.html

Alguém sabe o que se passou?

Anónimo disse...

Será que se pode colocar o velho slogan. "O Rugby é um deporto de arruaceiros praticado por cavalheiros"? Quer-me parecer que as equipas femininas, na ânsia de se compararem aos homens se esquecem disso e dão azo ao slogan futebolístico. Um desporto de "madames" praticado por arruaceiras.

Anónimo disse...

Caro Mestre mas estas três equipas nunca baixam os braços e as outras cinco tambem não, é um erro pensar assim. O que se passa é que estas três ganham invariavelmente e sem grande esforço a qualquer das outras, resumindo-se para elas a competição aos jogos entre elas. Para as outras cinco o campeonato é sempre o campeonato do quarto lugar, sabem que os jogos com as três grandes se resume a tentar perder pelo menos numero de pontos possivel e depois tentar ganhar os outros jogos sabendo que como o nivelamento entre elas é real qualquer delas pode ficar em quarto (este ano é uma, para o ano será outra) e os jogos entre elas são rijos e muito disputados, o Rugby é que é fraquito. Não se pense com isto que o Rugby destas cinco equipas é identico ao da Segunda divisão, vi o Caldas jogar contra o Sporting em jogo de apresentação e o Caldas a "brincar" ganhou 48-7 ao Sporting.
Concordo inteiramente consigo quando diz que a estrutura da FPR é para o "amador" e que a pouca estrutura que existe se dedica muito aos Sevens, sem que isso traga qualquer beneficio ao Rugby do país real.Sejamos no entanto justos não são os erros administrativos que provocam a pouca competitividade do Rugby ou a pouca aderência ou desistência da juventude. Os atrasos nos jogos têm tambem muito que ver com a falta de infraestruturas dos clubes, por exemplo o Santarem tem muitos jogos em atraso porque não tem campo, o que pode fazer a FPR? temos que ter paciência e apoiar estes clubes porque são eles o garante do Rugby no país e mais vale uma competição com jogos em atraso do que competição nenhuma ou uma competição restringida a Lisboa. Concordo consigo que a FPR podia apoiar mais os clubes, dar mais apoio técnico e ajudar os clubes a serem mais competitivos e a não perderem tantos atletas das camadas jovens.

Anónimo disse...

Comentário ao post das 22.04
Cá está uma pessoa com muito boa vontade mas que ainda será verde em termos de rugby. Senão vejamos. O que está em causa com atribuição de benefícios às equipas consoante a sua classificação na fase de apuramento, é forçá-las a lutar pela melhor classificação possivel nesta primeira fase. Seja, fazendo meias finais em casa dos melhores classificados, seja atribuindo pontos (4,3,2,1) para o começo da fase final, ou outra solução qualquer. Não havendo vantagens em termos classificativos, as tais 3 equipas que indica e que (por acaso) este ano já estão apuradas, não têm qualquer vantagem em ser 1º, 2º 3º ou 4º. A fase final começa com todas elas em pé de igualdade. Razão porque o Santarém, mesmo jogando todos os jogos no campo do adversário, se tiver campo na fase final, começa um novo campeonato. Como se disse atrás, a diferença reside somente saber quem é o 4º e o 5º, porque aí a coisa muda de figura. Um lutará para o titulo e 5º para fugir à despromoção. E mesmo este 5º, mesmo que termine com mais 15 ou 20 pontos a primeira fase, vai estar em pé de igualdade com o 8º. Tudo isto é uma injustiça tremenda. E só não continuou como estava porque foi tudo feito em cima do joelho e falta o tal departamento exclusivo para as provas seniores de 1ª e 2ª divisão.

Anónimo disse...

O apoio da FPR aos clubes não se pode limitar a palmadinhas nas costas.

O apoio do FPR seria muito mais efectivo se fosse feito lobbying nas instituiçoes responsáveis, como autarquias e municipios.
Pois por vezes são essas instituições que dificultam a vida aos clubes que estão dependentes das suas infraestruturas.

O Évora, Montemor e Lousã, clubes destacados no comando da 1ª divisão são clubes que têm as suas próprias infraestruturas, ou apoios do municipios.

Chamo a atenção para o exemplo do Évora, coincidencia ou não, na época que conseguiram ter o apoio do municipio tiveram um aumento de atletas (de certo, fruto tambem do trabalho da direcção).

O Santarem parece ser o caso inverso, perderam o campo e consequentemente perderam atletas e competitividade.

Num país em que o Futebol é rei, e as infraestruturas desportivas são exploradas acima das suas capacidades, na minha opinião, mais que um departamento próprio para a 1ª divisão, necessitávamos de um departamento de apoio institucional aos clubes.

Anónimo disse...

tambem nao podemos esquecer que vimos o caldas ser eliminado por uma equipa da segunda divisao na taça pelo belas