27 de janeiro de 2013

MONTEMOR GANHA E ASSUME LIDERANÇA

Uma vitória no Algarve dava a liderança aos muflões, e estes não desperdiçaram a oportunidade, vencendo o Loulé e ultrapassando os seus rivais de Évora na cabeça da classificação.

Simultaneamente no Vale da Rosa o Setúbal conseguia uma preciosa vitória e agora será muito difícil perder o quarto lugar e a tranquilidade de uma segunda volta sem o risco de rebaixamento...

Entretanto sabe-se já onde e quando se disputarão os dois jogos que ainda estão em atraso, sendo que o Santarém-Agrária terá lugar em Santarém (!), no Campo Chã das Padeiras, no domingo, dia 3 de Fevereiro às 15 horas, e o Setúbal-Loulé, na Moita do Ribatejo, no Campo do Gaio, no mesmo dia e às mesmas horas.

LOULÉ 7-35 MONTEMOR (1-5)
A mudança de líder era já esperada - havia a dúvida de até onde o Loulé resistiria - e a questão do ponto bónus não tinha qualquer importância, considerando que em caso de igualdade a vantagem era do Montemor, mas os muflões não deixaram dúvidas e foram com tudo para cima dos algarvios.
Com três ensaios conseguidos no primeiro tempo, os alentejanos relaxaram um pouco no início da segunda parte, mas acabaram por marcar mais dois e garantir a pontuação máxima e a liderança da prova, com um ponto de vantagem sobre os chaparros.
Quanto ao Loulé, sem conseguir nenhum ponto no encontro, poucas possibilidades lhe restam de conseguir assaltar o quarto lugar do Setúbal, e terão agora que se preparar para a luta pela permanência.

SANTARÉM 17-22 SETÚBAL (2-3)
Os cavaleiros pularam do último lugar graças ao ponto de bónus conseguido, mas o grande vencedor do dia foi o Setúbal que, com os quatro pontos conquistados, e beneficiando da derrota do Loulé frente ao Montemor, parece agora inatingível na sua quarta posição classificativa.
Com quatro jogos por realizar, e sendo um deles entre eles, Setúbal e Loulé já não deverão trocar de posições até final da fase de apuramento.
Na verdade, com 13 pontos de vantagem sobre os perseguidores, aos sadinos deverão bastar três pontos nos jogos que vão disputar - Loulé (casa), Évora (casa), Lousã (fora) e Santarém (casa), o que lhes dará 31 pontos na geral - enquanto aos algarvios será necessário conseguir mais de 15 pontos nos mesmos quatro embates - Setúbal (fora), Montemor (fora), Santarém (fora) e Agrária (casa).
Impossível? Não!
Mas o histórico recente e a experiência das equipas em confronto, dizem-nos que será quase impossível...

Veja os quadros de resultados e a classificação atualizada aqui.

JOGO NÃO INTERNACIONAL
PORTUGAL XV 20-25 ENGLAND STUDENTS
Uma derrota que não surpreende em função da equipa apresentada pelos portugueses, entendida dentro de um espírito de alargamento da base de jogadores utilizáveis, e que possa vir a assegurar o futuro da seleção principal de Portugal.

Pena é que esta equipa não tenha nome próprio e fórmula de composição consistente, continuando a misturar-se umas coisas com as outras, sem esclarecer afinal do que se trata.

Chamem-lhe Portugal Emergentes (como os italianos), Portugal Lusitanos (como os ingleses), ou outra coisa qualquer, mas não deixem que esta equipa, que vai ganhando espaço próprio, não tenha nome, e seja de umas vezes tratada de uma maneira, e de outras vezes de outra...

E quanto à sua constituição, não seria possível, das duas uma, ou dar o jogo à equipa que vai defrontar a Roménia (com uma ou outra eventual alteração ou teste final), ou tirar dela todos os que defrontarão os romenos?
E estabelecer um protocolo que ajude a definir isso mesmo - quem é quem - como fazem os Jaguares, os Saxons ou os Emergenti?

Uma vezes tratada de Portugal XV, outras de Academia XV, acabam por se reunir nesta equipa jogadores com projetos (imediatos) muito diferentes, que levaram mesmo o capitão João Correia a dizer publicamente que Não é fácil trabalharmos desta forma. Domingo, segunda e terça-feira estivemos no estágio em França e treinámos com uma equipa, depois chegámos a Portugal e tivemos que adaptar os novos processos de jogo.

Faltou a João Correia dizer que fazer perder o foco aos que estarão no próximo fim de semana equipados para defrontar os romenos não pode trazer boa coisa, e que, naturalmente, o medo de uma lesão nesta altura do campeonato, era maior que todas as outras vontades...

Meses e meses de sacrifício e de prejuízo para as suas vidas e para os seus clubes, para depois tudo ser posto em risco num jogo que deveria ser disputado por jogadores de uma segunda linha, ou a necessitar de horas de campo para recuperar a forma ou a motivação (caso óbvio de Vasco Uva), na véspera da realização daqueles que serão alguns dos jogos mais importantes das suas vidas, demonstra a falta de consistência decisória de quem não sabe ao certo o que anda a fazer...

Claro que a Julieta Ferrão não quer saber disso para nada, mas a Rugby Football Union não perdeu a oportunidade e não se calou hoje durante todo o dia dizendo que os England Students tinham derrotado Portugal, num miserável aproveitamento de uma falta de frontalidade dos responsáveis portugueses...

Bom, a partir de agora já não se brinca mais - está aí o Europeu, com o processo de apuramento para o Mundial, e é chegada a hora da verdade para Os Lobos, para Errol Brain e para Carlos Amado da Silva.

Para Os Lobos porque uma campanha abaixo das expectativas criadas (apuramento para o Mundial) vai lançar dúvidas sobre cada decisão federativa que ponha os interesses da seleção nacional de quinze à frente de outra coisa qualquer.

Para Errol Brain porque se os objetivos não forem assegurados, o seu destino não passa pela manutenção à frente da nossa seleção nacional.

E para Carlos Amado da Silva, porque pôs os ovos todos na mesma cesta, esqueceu-se que existe rugby além do triângulo Julieta Ferrão (onde as decisões se tomam), Estádio Nacional (onde a equipa se prepara), e Estádio Universitário, (onde a equipa tem jogado), e anunciou em devido tempo que um eventual não apuramento para o Mundial ditaria a sua renúncia a novo mandato federativo.

Fique com o boletim de jogo

Foto: António Simões dos Santos

9 comentários:

Anónimo disse...

Temos de melhorar e muito, toda a gente vê nao temos nr 10.

Jonas Stilwell disse...

bom jogo em Setúbal onde a vitória podia sorrir para qualquer um dos lados. continua a faltar a pontinha de sorte aos ribatejanos que mostram muito esforço e pouca glória.
parabéns ao Setúbal que tem o apuramente quase garantido, apesar de achar que vai passar uma fase final dramática (como qualquer equipa que ocupasse o 4º posto este ano... RCM CRÉ e Lousã são muito superiores às restantes equipas) tem muito mérito em ter conseguido aproveitar bem as oportunidades que dispôs.

resultado normal no Algarve que dá o primeiro lugar isolado à equipa que tem praticado o melhor rugby da Primeirona.

abraços

Anónimo disse...

grande jogo do formação do Santarém, muito jovem e com muita qualidade de passe e visão, fiquei impressionado. alguém me pode dizer o nome?

cumprimentos
João Tomás

Anónimo disse...

o santarém tem pelo menos 3 formações, um já com os seus perto de 30 anos, um que deve ter pouco mais de 20 e um miudo que foi este ano integrado nos seniores. não posso dizer qual jogou ontem porque não vi o jogo, mas sendo tão diferentes entre si julgo ajudar...

abraço

Anónimo disse...

já agora os nomes deles:
o mais velho: sebastião pimentel
o do meio: bernardo mesquitella
o mais novo: antónio coimbra

abraço

Anónimo disse...

nesse caso era o Bernardo Mesquitella. muito obrigado pela informação. jogador interessante.

cumprimentos
João Tomás

Pedro disse...

O mesquitela é jogador de selecção.

Anónimo disse...

Assinaste João Tomás nao deveria ser João Tomás Mesquitella? Ou só Mesquitela? Agora estou confuso...

Jonas Stilwell disse...

de selecção ou não, o formação do Santarém é um dos bons valores da Primeirona.

abraços