17 de agosto de 2013

AGRONOMIA GANHA MAIS JOGOS E PERDE MENOS NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

Na continuação do artigo de ontem sob o título AGRONOMIA MELHOR EQUIPA NACIONAL DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS, apresentamos hoje algumas informações complementares para que fique uma melhor compreensão do que se passou nestes cinco anos.

Lamentamos alguns comentários ordinários e insultuosos que recebemos, como se de alguma forma o Mão de Mestre fosse responsável pelos jogos que esta ou aquela equipa perdeu, ou feitos por meninos mal educados que não vêem além do seu próprio umbigo, mentalidade que acaba por ser grandemente culpada pelo estado de crispação generalizada e ignorância que se vai vivendo ao redor dos nossos campos de rugby.


Para aqueles que querem compreender o que se passa no nosso rugby, acreditamos que estes dados ajudam a conhecer a realidade, e, eventualmente podem servir para que as equipas procedam a ajustamentos por motivos que poderiam ter passado despercebidos.

Houve ainda alguns ignorantes que confundiram equipa com clube, e para esses aconselho a leitura dos artigos que escrevemos sobre o ranking dos clubes, em 2012-13 e em 2011-12 - vão com certeza aprender alguma coisa.

Mas uma coisa é certa, Agronomia foi, no acumulado dos últimos cinco anos, a equipa que mais jogos realizou, a que maior número de vitórias teve, aquela que obteve uma melhor média de pontos classificativos por jogo realizado e ainda a que alcançou uma melhor percentagem de vitórias em relação ao total dos jogos realizados - o que, no entanto, não foi suficiente para conseguir um único título no Campeonato Nacional.

Mas conseguiu quatro vitórias na Taça de Portugal, e um 2º lugar, ao contrário, por exemplo, de Direito, que nos últimos cinco anos apenas chegou a uma final (que perdeu), como se pode ver no quadro que apresentamos abaixo.

OUTROS RANKINGS
Como noutros rankings - por exemplo o ranking da IRB, onde Portugal se encontra na mesma tabela que a Nova Zelândia, sem ter jogado com ela desde 2007 - foram considerados todos os jogos realizados (nos campeonatos e na Taça), independentemente dos adversários ou das classificações finais das respectivas provas, como acontece também no ranking da IRB - e não vejo nenhum menino nervoso a insultar aquela entidade.

Para ser ainda mais claro, no ranking oficial da FIFA, o 2º posto é ocupado pela Alemanha e o 3º pela Colômbia, enquanto a França não passa da 23ª posição, o Brasil da 8ª e Portugal segue em 7º lugar - isto tendo em conta TODOS os resultados dos jogos realizados nos últimos quatro anos.
E também aqui não tenho notícia do presidente da CBF se sentir ofendido com a classificação do Brasil.

Noutra tabela, esta dos clubes de futebol nos últimos 365 dias, elaborada pela IFFHS, o Barcelona não consegue mais que um modesto 5º lugar, atrás por exemplo do Atlético de Madrid (2º) ou do Corinthians, a quem bateu copiosamente há poucos dias, e que segue na 4ª posição.

Vejam o quadro dos resultados do Top-10 na Taça de Portugal, nos últimos cinco anos, e um quadro com os resultados, ano a ano, dos melhores 12 da lista dos clubes portugueses:





2 comentários:

Anónimo disse...

Caro Manuel Cabral,

É confusão minha ou o método utilizado para este ranking não tem nada a haver com a forma como é feito o ranking da IRB?

Com o método utilizado pelo IRB seria impossível ver o equivalente a Famalicão à frente do CRAV e CRAV à frente do CDUP.

Para ser franco, é-me indiferente quem é que ficou à frente de quem, mas tendo em conta o grande trabalho que calculo que tenha tido, talvez fosse de desejar um ranking um pouco mais credível.

Pedro Martins



Anónimo disse...

Bom Dia


Eu gosto de Rugby. Independentemente de ser adepto do dois clubes, um da DH e outra da 1ª Divisão, sou acima de tudo um adepto de Rugby.

Na qualidade de adepto tenho que agradecer ao MdM este inestimável trabalho de análise que foi feito.
Tenho que agradecer este trabalho que foi feito durante o Verão de dar voz aos clubes mais pequenos e aos seus dirigentes, e assim ter mostrado qual a verdadeira realidade da maioria dos clubes de rugby.
O MdM, já o disse uma vez, é uma dádiva para o nosso rugby. Podemos gostar ou não mas temos que aceitar que já seria difícil passar sem o MdM. A FPR deveria estar atenta a isto (independentemente de gostar ou não das críticas feitas).

Sobre esta análise, para quem gosta de números, para quem gosta de analizar equipas, esta análise é um bom ponto de partida. É óbvio que dizer que o Famalicão é uma das dez melhores equipas nacionais é forçado, muito forçado. Mas dizer que o Famalicão foi uma das dez equipas nacionais que nos últimos dez anos apresentou melhor desempenho se colocarmos todos os escalões em confronto então já parece verosímil.

Com estes dados e com os que os que lhes deram origem e com o "trabalhar" destes podem-se tirar algumas conclusões interessantes e uteis para as equipas, sobretudo ao nível da sua progressão.

Compreendo que exista gente que não goste destes resultados ou deste trabalho mas se não gosta não lê e se leu, esquece. Para aqueles que só gostam de comentar vitórias e derrotas e mandar uma bocas aos rivais, não percam tempo a ler ou a comentar estes artigos.