5 de março de 2016

UM DIA QUE NÃO CORREU COMO SE ESPERAVA EM LAS VEGAS

Primeiro dia de Las Vegas com duas derrotas naturais, embora frente ao Quénia se esperasse mais da equipa, especialmente depois de algumas boas indicações do primeiro jogo, frente à Nova Zelândia.

A Rússia, o nosso par na dança das posições no ranking da prova, fez um excelente resultado contra os quenianos (embora perdendo por 24-21), mas acabou por garantir, como Portugal, a passagem aos quartos de final da Bowl - as duas equipas defrontam-se logo às 19,32 h de Lisboa, no último jogo da fase de apuramento, decidindo quem ocupará a terceira e a quarta posição no grupo.


A equipa nacional mostrou algumas melhorias, particularmente nos rucks, embora não tenha sido capaz de controlar os ganhos nessa fase do jogo, perdendo muitas vezes a posse da bola após aquelas formações.
Algumas placagens falhadas e erros individuais - particularmente no jogo com o Quénia - carecem de rápida intervenção para que não se repitam.

António Aguilar é contundente no comentário que faz à actuação da nossa equipa neste primeiro dia, começando por nos dizer que "não correu como estávamos à espera, num dia muito complicado".

"Começamos mal contra a Nova Zelândia e nunca mais nos conseguimos encontrar como equipa... Ainda respeitamos muito o peso da camisola preta, o que é compreensível quando falamos de uma equipa ainda muito jovem, em formação e a tentar melhorar em alta competição.
Depois de recuperados da pesada derrota no primeiro jogo queríamos um jogo equilibrado com o Quénia, mas mais uma vez entramos muito mal no jogo não conseguimos ter a tão desejada posse de bola, perdendo muitas bolas em erros não forçados. 
A este nível erros pagam-se muito caro e os quenianos não nos deram hipóteses no contacto e no jogo no chão.

Juntos já analisámos o que correu mal nos jogos de hoje, e falámos sobre o que temos de melhorar. Amanhã é um novo dia e temos objectivos para cumprir! 
Felizmente não temos lesões e estamos todos com muita vontade de provar que merecemos estar neste nível!"
Todos esperamos que a equipa consiga reverter a situação, em especial no segundo jogo do dia, que vai determinar quem joga as meias finais da Bowl.
Acreditamos que isso seja possível, e depois a passagem à final do troféu vai depender muito do adversário que nos tocar.



Nos restantes encontros destaque para o Grupo B, com o empate do Japão frente a Inglaterra, e, em especial, à derrota da Inglaterra frente à Escócia, o que deve ter garantido a passagem à Cup dos inventores da variante, embora haja que contar com o que os japoneses serão capazes de fazer.

Também no Grupo D o empate dos Estados Unidos com o Canadá pode levar os cannucks ao apuramento para o troféu principal, bastando para isso que batam o País de Gales e aguardem a derrota dos eagles frente aos blitzbocks - como se fosse possível fazer grandes previsões neste jogo que tem como principal interesse a imprevisibilidade...

Nova Zelândia, Quénia, Austrália, Argentina e África do Sul já garantiram a presença na Cup, enquanto Escócia, Inglaterra, Japão, Fiji, Samoa, França, Estados Unidos e Canadá, ainda têm como lá chegar, o mesmo não se aplicando a Portugal, Rússia  e País de Gales que já sabem que vão disputar a Bowl...

Como curiosidade mais saliente, registe-se a estreia de Quade Cooper na equipa de sevens da Austrália, numa partida em que os australianos venceram a Escócia com menos facilidade do que os números poderiam indicar.

Note-se ainda o regresso aos sevens de Bryan Habana, que já tinha disputado anteriormente dois torneios de sevens, mas tendo o último sido há 12 anos atrás. Habana voltou e marcou o seu primeiro ensaio pelo África do Sul 7's.

Sem comentários: