PORTUGAL PERDE FINAL DO SHIELD MAS NÃO ENVERGONHA

Tenho evitado fazer comentários sobre o comportamento da nossa equipa já que as coisas têm corrido muito mal e as entrevistas com António Aguilar que temos publicado são reflexo disso mesmo.

Mas hoje, finalmente, vimos na equipa uma atitude e uma disposição que merecem ser destacadas, já que andavam tão arredadas da nossa equipa.


A vitória do Brasil tem que ser considerada normal, atendendo ao nível de competição diferenciado a que as duas equipas estão sujeitas, mas viu-se uma atitude na equipa que nos despertou particular interesse.
Não que o problema dos erros e a falta de soluções estejam resolvidos, mas viu-se a bola a circular,viu-se apoio e continuidade, viu-se empenho e determinação no contacto.
E esse básico, que tem estado guardado numa gaveta, acabaram por ser o suficiente para a vitória.

Já no jogo frente aos russos as dificuldades foram bem maiores, e logo nos primeiros segundos a Rússia se adiantou no marcador.
E foi aí que gostei de ver a forma como a equipa reagiu, e o jovem Vasco Ribeiro, que assumiu o cargo de capitão de equipa, na ausência de Pedro Leal, respondeu com um toque de meta que mostrou grande personalidade.
A equipa não se deixou dominar e embora tenha chegado ao intervalo a perder por 10-5, foi com certeza a melhor equipa em campo.
O segundo tempo correu da mesma forma, e registe-se o excelente passe que Adérito Esteves fez para o segundo ensaio de Portugal, soltando Fábio Conceição para alcançar a linha de meta - Adérito tem sistematicamente morrido com a bola na mão, mas quando quer, sabe como fazer.

Hoje, naturalmente, António Aguilar está bem mais satisfeito com a atitude diferente da equipa.

"Um segundo dia com mais momentos positivos!

Pela primeira vez esta época chegamos a uma final e com uma atitude diferente do primeiro dia. Agora é fazer durar esse momentos mais tempo e trabalhar nos nossos pontos fracos que ainda são muitos...
Com a equipa mais jovem de sempre a participar num circuito mundial temos de ter paciência e perceber que tem muito para aprender, mas hoje fiquei orgulhoso com a entrega posta dentro de campo! 

E com 18 e 19 anos têm um futuro brilhante se continuarem a trabalhar como até aqui. 

Muitos deles nem jogam nas equipas principais dos seus clubes da divisão de honra...
Apesar da derrota na final com a nossa rival russa (que assim continua à nossa frente  na classificação geral) já mostramos outra capacidade mental para lutar lado a lado com eles até ao fim, e acredito que se todos remarmos para o mesmo lado no fim da época estaremos todos a festejar a tão desejada manutenção!!"

NOVA ZELÂNDIA VENCE 

Terceira vitória da Nova Zelândia esta época, com a particularidade de ter vencido as provas nos dois novos destinos até agora disputados, e um novo equilíbrio entre os três da frente, que estão agora separados de um ponto uns dos outros.

A África do Sul foi dura de vencer, e continua na segunda posição, mas a luta promete ser gigantesca até final.

A Austrália venceu as Fiji para o terceiro lugar, e com isso aumentou a vantagem para o quinto da tabela, os Estados Unidos que foram batidos na Plate pela Samoa, que esteve bem melhor que em recentes etapas.

O Canadá derrotou a França numa final de Bowl que os europeus tinham no papo, e que não souberem preservar - como resultado os canadenses marcaram já depois da hora e com a transformação do ensaio, venceram a partida.

Fiquem com o quadro completo dos resultados da etapa e o ranking depois da prova.