14 de agosto de 2013

ESCOLINHA DA GALIZA ARRANCA COM SUB-18

Quase a festejar o seu sétimo aniversário, a Escolinha de Rugby da Galiza tem crescido consistentemente, e a prova disso é o previsto lançamento da equipa de Sub-18 na época que se avizinha.

Com mais de 100 atletas federados, a Escolinha da Galiza disputou no ano que terminou o nacional B dos Sub-16, e planeja uma digressão a França, depois de ter jogado em Santiago de Compostela, em Março passado.

Bernardo Ramos é um dos treinadores da Galiza, que está com a Escolinha desde a sua fundação, e fala-nos um pouco sobre ela.


Mão de Mestre: Quem é o Bernardo Ramos no rugby e fora dele?
Bernardo Ramos: Sou treinador na Escolinha de Rugby da Galiza desde o
seu início, ou seja desde 2006. 
Pertenço também a um grupo de amigos que se organizou como uma associação “Galiza Events” com o objectivo de planear e dinamizar actividades/eventos desportivos; têm como única finalidade promover a Escolinha e angariar fundos para este projecto.
Fora do rugby sou licenciado em educação física, e é nesta área que trabalho.


MdM: Onde nasceste e cresceste e como se deu o primeiro contacto com o rugby?
B.R.: Nasci em Lisboa e cresci em Oeiras.
O rugby desde há muito tempo está presente na minha família (tios, avós e primos) e foi com alguma naturalidade que comecei a jogar, embora a minha entrada na modalidade se tenha dado apenas aos 15 anos. 
Comecei por jogar no Cascais e mais tarde passei por outros clubes.

MdM: O que fizeste no rugby na época que terminou, e o que vais fazer na próxima?
B.R.: Na época transacta fui treinador dos Sub-16.
Esta foi uma grande época para a Escolinha de Rugby da Galiza e onde posso destacar alguns momentos marcantes tal como a nossa primeira internacionalização (a Santiago de Compostela), onde pudemos jogar contra uma equipa local de Sub-17 e apoiar a seleção portuguesa contra Espanha. 
Outro momento alto foi a realização de mais um jogo da Galiza XV (equipa sénior constituída por jogadores convidados) contra o FCT.
Na próxima época serei o treinador dos Sub-18.


MdM: Como surge a Escolinha de Rugby da Galiza e quando?
B.R.: A Escolinha de Rugby da Galiza nasceu dia 30 de Setembro de 2006 por vontade de um grupo de apaixonados pelo rugby: dirigentes, treinadores e jogadores.
Entre 2004 e 2006 um grupo de crianças e adolescentes do ATL da Galiza experimentou o rugby no Cascais e depois na Agronomia e porque os miúdos gostaram e logisticamente não era possível continuarem a irem jogar fora, pensámos na possibilidade de criarmos uma escolinha de rugby e os miúdos aderiram logo. 
Estava iniciado o caminho que desde há 7 anos nos levou a entrar e a ficar no mundo do rugby português.
Sem campo mas com muita entrega e trabalho, tem sido possível ir consolidando este projecto.


MdM: Ao longo dos anos que leva de actividade o clube tem apresentado um crescimento apreciável e é hoje a Escolinha que mais jogadores federados apresenta. Como é feito o recrutamento dos seus jogadores?
B.R.: Eles chegam até nós porque alguns frequentam as escolas da zona, porque os amigos os trazem ou porque querem experimentar o Rugby.

MdM: Quais as principais preocupações da ERG na formação dos seus atletas?
B.R.: Dentro do campo e apesar das limitações espaciais dos locais onde treinamos, preocupamo-nos em tecnicamente motivar os nossos jogadores para gostarem e perceberem cada vez mais de rugby…é preciso acelerar a sua cultura de rugby.
Fora do campo preocupamo-nos com eles, estamos e temos de estar

disponíveis para os ouvir e para perceber quando não estão bem…temos que estar articulados com outras pessoas que intervém na sua vida do dia-a-dia como os coordenadores das salas de estudo, a fisioterapeuta e também mantemos contacto com as suas famílias.
Temos que os apoiar no seu crescimento e fazê-los sentir que estamos ali como treinadores mas também como amigos.


MdM: Como é financiada a actividade desportiva do clube? Qual o papel da autarquia neste aspecto?
B.R.: A Câmara Municipal de Cascais tem sido desde o início um grande aliado e parceiro da Escolinha. 
Sei que outras organizações são fundamentais para o nosso caminho e especialmente para o bem-estar dos miúdos como o Banco Alimentar, o centro de Saúde, as Fundações Calouste Gulbenkian e EDP, a associação D. Pedro V, a BRISA, o agrupamento de escolas de S. João do Estoril…neste último ano a HASBRO e On Media Europe também se juntaram a nós porque nos conheceram, ouviram falar de nós e querem-nos ajudar.

MdM: Qual o papel das empresas da região?
B.R.: A BRISA é a única empresa situada no concelho de Cascais que nos tem apoiado.

MdM: A Escolinha tem algum acordo de desenvolvimento com escolas da sua região?
B.R.: Mantemos com o Agrupamento de Escolas de S. João do Estoril uma muito boa relação e parceria o que permite em primeiro lugar criar boas condições para o desenvolvimento de miúdos que são alunos e jogadores em simultâneo. 
Apostamos na sua formação desportiva mas também comportamental e escolar e a escola apoia-nos nomeadamente na cedência de espaços para os treinos.
No início de cada época fazemos sessões de demonstração de rugby em algumas escolas do agrupamento. 

Abrimos este ano, e numa feliz parceria com a Escola Secundária de Carcavelos (onde temos jogadores da Galiza a estudar), um núcleo de rugby local.

MdM: Onde se realizam os treinos e os jogos do clube?
B.R.: Realizamos os treinos semanais dos diferentes escalões no piso duro e no pavilhão (1 hora semanal) da EB 2,3 da Galiza, e com o apoio da CMC alugamos 3h por semana um campo de relva sintética de um clube de futebol local.
O paredão e a praia do Estoril são também um local onde muitas vezes, e com os mais velhos, desenvolvemos actividades de preparação física ou rugby.
Nos jogos em casa, jogámos no campo do St. Julians School em Carcavelos ou no campo do Estádio Nacional.


MdM: Em que competições participaram na época 2012-13?
B.R.: Nos escalões mais novos participamos nos convívios realizados pela ARS. 
No escalão de Sub 14 entrámos nos torneios regionais de rugby de 7. 
Nos Sub-16 participámos no campeonato nacional, grupo B, e na Taça de Portugal.
O nosso escalão feminino participou em algumas jornadas de Seven’s.


MdM: Quem foram os treinadores dos diversos escalões?
B.R.: Os treinadores foram o Célinho Fernandes nos Sub-8, Júnior Henrique nos Sub-10, o Pedro Rocha e Melo nos Sub-12, o Nuno Gonzaga nos Sub-14, eu nos Sub-16 e o Rómulo Ustá no escalão feminino.

MdM: Para a época 2013-14 quais os principais objectivos desportivos da Escolinha?
B.R.: Desportivamente pretendemos recrutar mais jogadores para os escalões dos Sub-14, Sub-16, Sub-18 e escalão feminino com o objectivo
de estabilizar os grupos e permitir a sua participação nos jogos / campeonatos.
Outro grande objectivo será levarmos as equipas dos mais velhos numa digressão/peregrinação a França. 

Queremos ir jogar a Biarritz e depois irmos até à capela de Nossa Senhora do Rugby em Larriviere-Saint-Savin para ali entregarmos uma camisola da ERG.

MdM: Quem vão ser os treinadores do clube para a próxima época?
B.R.: Os mesmos, com alguns reforços nomeadamente de ex-jogadores da ERG que voltam cheios de garra e vontade para darem o que também aqui receberam.

MdM: Quem quiser jogar rugby na ERG o que deve fazer?
B.R.: As nossas portas estão abertas a todos os que queiram jogar rugby aqui na Galiza; podem passar por aqui e experimentar. 
Só têm de passar pelo ATL da Galiza ou telefonar para o nº 214.671.334 ou para o telemóvel 918.786.926. 
Serão dadas todas as informações.

2 comentários:

Anónimo disse...

Parabens grande ERG.

Anónimo disse...

Zimbora Galiza!!

MC