COM DUAS ETAPAS POR REALIZAR a tabela classificativa geral das Séries Mundiais apresenta apenas dois candidatos com reais possibilidades de vencer, apesar de matematicamente serem ainda cinco os que podem sonhar com o triunfo.
Nova Zelândia e Fiji, separados por escassos seis pontos, e cada um deles contando duas vitórias nos torneios deste ano, estão separados da concorrência mais próxima (África do Sul) por confortáveis 23 pontos, no caso dos All Blacks, 17 no caso das Ilhas Fiji.
Esta diferença é, na prática, uma garantia que os louros finais vão ficar mesmo entre os dois primeiros, já que apenas uma catástrofe impedirá, por exemplo a Nova Zelândia, de conseguir um mínimo de 21 pontos nos dois torneios em falta, e mesmo assim seria necessário que os Blitzboks vencessem as duas etapas - o que, a contar com o que têm feito esta época, é muito improvável, para eles ou qualquer outra equipa.
De todos os que vão estar presentes nesta dupla etapa, um merece especial destaque, pois é o único homem a ter estado em todos os 107 torneios já disputados nas Séries.
Falamos de Gordon Tietjens, o treinador dos All Blacks desde o primeiro dia, que conta no seu curriculum "apenas" com a glória em nove dos 12 circuitos já concluídos, além de quatro medalhas de ouro nos Jogos da Comunidade Britânica, e com um contrato assinado com a federação neo-zelandesa já prolongado até aos Jogos olímpicos de 2016...
Tietjens é, sem qualquer dúvida um nome que marca a variante e que levou os sevens ao reconhecimento mundial, culminando na sua chamada por Graham Henry para dar uma ajuda na preparação da equipa que venceu o Mundial de XV de 2011, além de ter estado no processo de nascimento de 37 novos internacionais integrantes daquela seleção.
Quanto a Portugal, que chega a esta altura do circuito na 15ª posição com 12 pontos, obtidos com a participação em quatro torneios, duas obrigações se impõem - em primeiro lugar ultrapassar Tonga na geral (que tem 17 pontos), mas não participa destes dois torneios, e em segundo lugar, não ser ultrapassado por nenhum adversário naquela tabela.
Em termos da participação e classificação em cada torneio, o objetivo dos Linces só pode ser um - chegar aos quartos de final da competição principal, a Cup (a Taça) - caso isso não aconteça, é "obrigatório" chegar à final da Bowl (a Terrina).
É tempo de começarmos a pedir mais à nossa equipa, especialmente quando lhe forem dadas as condições necessárias à obtenção de resultados, o que parece ter sido agora o caso, e o primeiro degrau a cumprir é conseguir uma posição consistente entre as 10 melhores equipas das Séries.
Foto: IRB
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