19 de novembro de 2009

SPRINGBOKS À BEIRA DO INVERNO


A África do Sul à beira do inferno, vai ter que lutar muito para demonstrar que merece a segunda posição no ranking da IRB.

Depois da vitória contra os Jaguares, a Geórgia enfrenta na sexta-feira a equipa A da Itália. Juntamente com o resultado de Portugal frente aos argentinos, vamos ficar com uma idéia mais completa sobre o valor actual da Geórgia. Quanto aos italianos, que derrotaram facilmente a Romênia, fica a dúvida se repetirão o sucesso.
No outro jogo de sexta-feira, a Escócia A vai defrontar o Tonga, no primeiro jogo da sua digressão, que o trará a Lisboa no próximo fim de semana. Calculo que os escoceses não terão uma tarefa fácil pela frente, apesar das vitórias em todos os jogos anteriores.


No sábado temos muito rugby para assistir. No primeiro jogo – que por acaso será o último, tendo em conta as diferenças horárias – está em jogo um lugar direto na RWC 2011. Para os E.U.A. qualquer resultado é bom, excepto a derrota por mais de quatro pontos de diferença. Vencer por mais de cinco pontos é o único resultado que interessa ao Uruguai, mas acredito que os americanos repetirão a vitória da semana passada. Se os uruguaios vencerem por cinco pontos fica tudo empatado, e não faço a mínima ideia de como se resolve a questão. Mas, se acontecer, prometo descobrir.
Depois - que por acaso é antes, atendendo à tal diferença horária – temos o segundo teste do Canadá frente ao Japão. Na semana passada os japoneses venceram por ippon. Eu tinha apostado no Canadá, mas não vou repetir o erro. Agora aposto nos comandados de John Kirwan.





Em Twickenham é dia de festa. Os ingleses recebem a Nova Zelândia, que não poupou nenhum dos seus jogadores e se apresenta na máxima força.
Curiosa é a declaração de técnicos e jogadores neo-zelandeses, de que é tempo de deixar o jogo ao pé, e mostrar um tipo de jogo mais aberto e fluente.(Tão bonzinhos que eles são...)
Mas não se deixem enganar. O que os All Blacks querem dizer, é que os ingleses não conseguirão resistir a um jogo movimentado e aberto, e que serão incapazes de controlar e manter a bola nas e junto às formações. Talvez daí saia o tal jogo aberto e fluente, que só uma defesa britânica agressiva e consistente, poderia impedir. Mas será que pode?
Uma nota para referir que o patrão da arbitragem da IRB, o neo-zelandês Paddy O’Brian, não poupou criticas ao australiano Stuart Dickinson, que apitou o jogo dos Blacks contra a Itália, pelos repetidos erros no julgamento das formações ordenadas. Segundo esta análise, o pilar direito italiano, Martin Castrogiovanni, jogou sistematicamente em falta, incomodando, fora da lei, o seu adversário direto, o jovem Wyatt Crockett.
Na minha opinião, os comentários à arbitragem, levados ao extremo pelo treinador adjunto dos All Blacks, Steve Hansen, fazem parte da estratégia neo-zelandesa para inibir os avançados ingleses de jogarem no limite da lei, para manter o jogo no perímetro das formações, única maneira de impedirem o adversário de dominar todo o terreno de jogo, e os porem a correr atrás da bola.

Uma nota apenas para lembrar que o abertura da Inglaterra, o retornado Jonny Wilkinson é o jogador, de todos os tempos, com mais pontos marcados em jogos internacionais. Apenas dois outros jogadores conseguiram o feito de marcar mais de 1000 pontos em jogos internacionais (ver Quadro).Vamos ver se os All Blacks se esquecem desse “pormenor”...



Gales vai receber a Argentina, e a acreditar nas basófias do seu treinador, Warren Gatland, Gales não enfrentará grandes dificuldades com a formação ordenada dos argentinos. Mas muitos analistas referem que os Pumas são uma máquina naquelas formações. Quem terá razão?
Quanto ao resto, segundo Gatland, a superioridade galesa é muito grande...
Vamos ver se o treinador galês, que por acaso é neo-zelandes, não terá de engolir estas palavras...





Em Lisboa, os Lobos recebem os Jaguares, e pese embora a recente derrota destes frente aos Lelos da Geórgia, acredito que Portugal tem pela frente uma missão quase impossível.
De qualquer forma não esqueçamos que o objectivo dos Lobos é o apuramento para a RWC 2011, e que este jogo faz parte da preparação para os jogos do próximo ano.

Quanto ao resto, espero que desta vez o jogo aconteça à hora marcada, e que a nossa equipa se apresente com os equipamentos adequados.

A Itália vai receber a África do Sul, e uma nova derrota dos Springboks, será um desastre completo para os campeões do mundo, que no princípio da semana voltaram a perder, desta feita com os Saracens de Londres, por 24 – 23. Será que os italianos vão sofrer as conseqüências destas três derrotas, ou a equipa sul-africana é manifestamente incapaz de jogar ao melhor nível?
Apesar de tudo, acredito que os africanos vão dar a volta por cima e restabelecer a ordem das coisas...


Nos restantes jogos, a Irlanda não deve encontrar grandes dificuldades frente às Fiji, repetindo a vitória folgada de 2002, e celebrando a 101ª internacionalização de Brian O’Driscoll, um dos 11 jogadores de todo o mundo que constituem o Clube das 100 (ver Quadro).
Os escoceses, apesar da vitória do fim de semana passado, não devem resistir aos australianos, e a França, apesar das 12 mudanças na escolha dos jogadores, deve ganhar com alguma folga a Samoa.

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