4 de dezembro de 2016

BAIRRADA EM ALTA FAZ ÉVORA TROPEÇAR E SOBE NA TABELA

A sétima jornada da Primeirona saiu bem melhor do que a encomenda! Quatro prognósticos errados em cinco jogos são a melhor prova da qualidade da competição e podem crer que não ficamos nem envergonhados, nem preocupados!
Pelo contrário, errar desta forma só acontece quando uma prova é disputada nos mais pequenos detalhes e o equilíbrio é a nota dominante, e perante isso bem fazem os que apenas prognosticam no final dos encontros!

Já não existem equipas 100% vitoriosas, pois a Bairrada levou o Évora ao tapete e nem o bónus defensivo os chaparros conseguiram levar para casa, o Benfica acabou por vencer bem o São Miguel, mas ao intervalo o resultado era 9-3, o CR Técnico depois de duas derrotas fora perdeu pela primeira vez em casa contra um Santarém que confirma a sua subida e se prepara claramente para a luta pela entrada no Grupo dos Seis, e o Vila da Moita aproximou-se do São Miguel, depois de ir vencer a Setúbal, com o Vitória a ver-se ainda mais isolado com a lanterna vermelha.
Todos acreditavam - e nós também - que o Évora, embora com dificuldade, conseguiria ultrapassar o Bairrada nesta sua saída do Alentejo, mas a verdade é que a equipa da casa foi superior, tomou as
rédeas do jogo desde cedo, ao intervalo já vencia por 17-11, e nem a chuva, nem o frio, fizeram aqueles que se deslocaram para assistir ao encontro, desistir e optar por uma sandocha de leitão...
Logo no início do segundo tempo os bairradinos aumentaram para 20-11, e só então o Évora conseguiu ser superior, depois de ver uma bela jogada parada já muito perto da linha de ensaio da equipa da casa, após cerca de 10 movimentos que não tiveram sequência pela excelente defesa do Bairrada, e que resultaram numa formação ordenada a 5 metros, da qual nasceu o segundo ensaio dos chaparros, que levou o resultado a um perigoso 20-16. Mas a equipa da casa recuperou o domínio, e respondeu com o seu terceiro ensaio que concluiu a contagem junto com uma penalidade transformada. Embora mantendo a liderança isolado, o Évora está agora apenas com cinco pontos de vantagem sobre o Benfica, e com o calendário que se aproxima o melhor é esperarmos pelo Benfica Évora de 15 de Janeiro, para voltarmos a falar deste assunto.
Rui Rodrigues, treinador e capitão da equipa da Bairrada disse-nos após o encontro:
"Realizamos um jogo defensivo praticamente perfeito, com grande pressão e eficácia na placagem. Além da forte defesa, conseguimos gerir inteligentemente o marcador e pontuar em momentos importantes que elevaram a equipa. 
Sem dúvida alguma este foi um dos melhores jogos que o campo relvado de rugby da Moita já recebeu."

Depois de um primeiro tempo sem ensaios, que terminou com o marcador sinalizando 9-3, o Benfica mandou no segundo tempo e conseguiu marcar três ensaios transformados que deram ao resultado uma expressão elevada.
Apesar de não ter conseguido o ponto de bónus o Benfica ultrapassou o CR Técnico na tabela e está com o Évora a cinco pontos de distância - uma jornada que rendeu muitos frutos aos encarnados!
O São Miguel apesar da derrota manteve o oitavo lugar, mas agora a cinco pontos do sétimo classificado e apenas com um ponto de vantagem sobre o nono da tabela.

O Santarém conseguiu uma importante e excelente vitória no Campo das Olaias, que se encontrava completamente alagado, e embora mantendo a sétima posição, tem agora o mesmo número de pontos do sexto da classificação e prepara-se para atacar o Grupo dos Seis. 
Note-se que com os mesmos 16 pontos do CRAV, o Santarém está a três pontos do Bairrada e do CR Técnico, e cinco do Benfica, que segue na segunda posição. 
O CR Técnico não conseguiu impor o seu jogo em casa, e perdeu a segunda posição, ficando em igualdade pontual com o quarto da tabela, graças ao ponto bónus conseguido.
Recorde-se que graças à sua condição de equipa satélite de uma equipa da Divisão de Honra, o CR Técnico não poderá disputar a fase final da prova, pelo que mesmo na situação atual o Santarém estaria apurado para os play-off.

Num sábado de chuva intensa assistiu-se nas Caldas da Rainha, a mais um disputadíssimo jogo da “Primeirona”, sem dúvida a competição mais equilibrada do Rugby Nacional.
E o bastante público Pelicano presente presenteou, no final, as três equipas com o aplauso que uma luta entusiástica e leal sempre merece.
Uma palavra para as boas condições do “pitch” Caldense que, apesar da forte carga de água que sofreu antes e durante o encontro, proporcionou às duas equipas jogarem em segurança e com qualidade.
A jogar a favor do vento, que se fazia sentir com média intensidade, os Arcuenses instalaram-se no meio campo Caldense nos primeiros 20 minutos. Logo aos 4 minutos, na sequência de conquista num alinhamento, os avançados do CRAV pressionaram fortemente a linha defensiva adversária e numa boa penetração obtiveram um primeiro toque de meta, entre os postes, facilmente transformado. Caldas RC 0-7 CRAV.
Mantendo a forte toada atacante, o CRAV beneficiou aos 8 minutos de uma penalidade tentada aos postes, mas não concretizada.
A dificuldade no manuseamento da oval foi impondo um conjunto de erros técnicos de parte a parte. Como corolário, e ainda que jogado nos 50 metros dos visitados, o jogo foi disputado nas formações ordenadas. Neste particular ambas as equipas estiveram competentes e equilibradas, conquistando as respetivas introduções.
Primeiro quarto: Caldas RC 0-7 CRAV.
A partir desta fase, os Pelicanos soltaram-se e começaram a jogar o seu jogo característico, com boas iniciativas da sua linha de 3/4. Erros de manuseamento foram, contudo, impedindo um jogo mais eficaz.
Adivinha-se o ensaio Caldense que acabou por acontecer aos 40 minutos. Penetração do 2º centro Pelicano, pontapé tático do 1ºcentro, bem seguido pelo ponta, só parado em falta, à entrada dos 5 metros, e correspondente amarelo para o jogador do CRAV. Na penalidade jogada à touche, o Caldas conquistou o alinhamento e na sequência do maul conseguiu o toque de meta, bem transformado.
Ao intervalo: Caldas RC 7-7 CRAV.
Ascendente dos Arcuenses que contudo não conseguiram materializar em pontos. Resposta capaz dos Pelicanos bem recompensada. Jogo em aberto.
Tonificados pelo resultado, a jogar a favor do vento e apoiados pelo público os Caldenses entraram com tudo no segundo tempo acreditando que poderiam ser felizes.
E apenas alguns erros técnicos e de decisão das jogadas foi impedindo a concretização de pontos. O jogo disputou-se no meio-campo dos visitantes.
A partir dos 55 minutos ambas as equipas foram-se refrescando. Com banco completo o CRAV, apenas com 4 suplentes o Caldas RC. 
Mas a vontade e o empenho dos Pelicanos estava imparável e aos 58 minutos beneficiaram de uma penalidade. Tentada aos postes e convertida.
Terceiro quarto: Caldas RC 10-7 CRAV.
O jogo passou a desenrolar-se numa toada de parada e resposta, principalmente a meio-campo, ainda que com mais perigo por parte da equipa da casa. Mais pesados os avançados do CRAV procuraram jogo de pressão, mas o Caldas defendeu com determinação, procurando com pontapés táticos e jogadas rápidas das suas linhas atrasadas colocar em dificuldades a defensiva contrária.
Aos 36 minutos e em mais uma penalidade conquistada e tentada aos postes, o Caldas concretizou um excelente pontapé e colocou o resultado em Caldas RC 13-7 CRAV.
O CRAV reagiu com o orgulho de uma verdadeira equipa de Rugby e, beneficiando de uma sequência de erros do Caldas, conseguiu um segundo toque de meta na bola de jogo. A transformação falhada não permitiu a reviravolta no resultado.
Resultado final: Caldas RC - 13 (1 E, 1 T, 2 P) / CRAV - 12 (2 E, 1 T)
Qualquer das equipas merecia a vitória. Aceita-se o resultado, talvez fruto da maior crença e vontade demonstradas pelos Pelicanos, equipa mais jovem e inexperiente.
Jogo corretíssimo e leal o que dada a condição do terreno e o despique intenso é sempre de saudar. A terceira parte seguiu no mesmo nível. O Rugby esteve presente!

Uma vitória importante do Vila da Moita que assim se afasta do fim da tabela, e se iguala ao São Miguel em número de vitórias e fica apenas a um ponto do mesmo São Miguel, o que relança a luta pelo nono - e mesmo oitavo - lugar da classificação.
O Vitória passou de novo ao lado de uma oportunidade, como aconteceu frente ao Benfica ou mesmo frente ao Santarém, falando apenas dos jogos em casa.
Claro - não há como negar - a situação ficou mais difícil para os sadinos, mas ainda é muito cedo, muita coisa pode acontecer, mas para isso é necessário que a equipa olhe bem para dentro, tente compreender onde estão as suas falhas, e nunca, nunca!, deixar que a facilidade de atribuir os
problemas a causas externas estrague as suas possibilidades de recuperação.
Era um jogo de extrema importância para as duas equipas, que necessitavam de pontos para deixar a cauda da tabela classificativa.
Começou melhor o Moita na partida. Tomou a iniciativa do jogo, quis mostrar que pretendia vencer e dispôs de uma excelente oportunidade para marcar ensaio, fruto de uma boa jogada coletiva. A equipa da Moita não concretizou e a partir desse momento o Vitória equilibrou o jogo. Explorou bem o alinhamento, de onde saía em maul para progredir no terreno. 
O jogo esteve equilibrado mas com mais posse de bola e maior domínio para o Vitória de Setúbal. Reagiu o Moita que colocou o jogo no meio campo adversário, conseguindo, aos 20 minutos de jogo, transformar uma penalidade. O Moita procurava o ensaio e este acabou por acontecer pouco tempo depois. Após este momento, foi a vez do Vitória reagir. Partiu para o ataque e jogou no meio campo adversário. A sua investida deu frutos, chegando ao ensaio perto do final da primeira parte. 
Resultado ao intervalo: 7-10.
Na segunda parte foi possível jogar nos primeiros 15 minutos de jogo. O Moita entrou mais forte, à procura de outro ensaio. Colocou o jogo no meio campo do Vitória e por duas vezes, já nos 5 metros adversários, teve oportunidade para concretizar, no entanto, o Vitória defendeu bem e não permitiu. O Moita teve ainda duas penalidades que não conseguiu transformar. 
A partir daqui, um verdadeiro dilúvio no Vale da Rosa. 
O forte temporal condicionou totalmente o jogo, impossibilitando as duas equipas de praticarem o seu rugby. Foram 25 minutos de puro sacrifício para os atletas que batalharam, como conseguiram, até ao fim. 
Neste período, esteve melhor o Vitória que, com mais posse de bola, tentou de tudo para ganhar o jogo. Nos últimos minutos, a grande investida do Setúbal, através de maul ou de pick's sucessivos, esteve a cm do sucesso, não fosse a excelente réplica defensiva dada pelo Moita que não permitiu o ensaio dos seus rivais.
Jogo muito disputado e muito sofrido. Grande atitude de todos os atletas! Prémio para o R.V. Moita que, com uma defesa de ferro, conseguiu segurar o resultado até ao último segundo.
Acompanhe o conjunto dos resultados e a classificação detalhada no nosso hot-site dedicado à competição.

2 comentários:

Placador disse...

So para dizer que se fala aqui no Maxim Cobilas nalguns posts.

O Maxim Cobilas e o irmao mais novo do Vadim, esse sim um perigo para Portugal, ja que o Vadim Cobilas joga no TOP14 no Bordeaux-Begles.

O Maxim joga "apenas" na FED1 no Macon, ou seja os nossos Luso-Franceses estao habituados a jogar contra ele.

Duarte disse...

Caro Placador,

Foi exactamente o que eu disse ao longo de várias mensagens.

Na última:

"Na Moldávia, na frente foram tractoresitos, os melhores tractores não jogaram. Contra a Ucrânia, o Maxim Cobilas jogou, mas os dois pilares QUE SÃO MESMO BONS [um dos quais o Vadim Cobilas; ver mensagens anteriores]. TAMBÉM NÃO TINHAM JOGADO. Pode ser que também não joguem contra Portugal, não sei."