20 de dezembro de 2016

VILA DA MOITA VENCE NAS OLAIAS E FOGE DO FUNDO DA TABELA

Uma saborosa vitória nas Olaias foi a melhor maneira do Vila da Moita se despedir de 2017 e os quatro pontos que conquistou afastaram a equipa do fundo da tabela, permitindo uma tranquilidade que pode levar a uma segunda volta com melhores resultados.
O Évora venceu sem dificuldade nas Caldas, mantendo a liderança, enquanto o Benfica ganhou bem ao Santarém e confirmou o segundo lugar e a evolução positiva da equipa.
Em Arcos de Valdevez a equipa da casa suou para vencer o São Miguel, e o resultado fez com que subisse para o meio da tabela,
Na Moita da Anadia o Bairrada venceu o Vitória de Setúbal, confirmando-se como um dos principais candidatos aos primeiros lugares na prova - não esqueçam que foi a única equipa a bater o Évora!


Numa tarde com sol e ventosa, o bastante público que se deslocou ao complexo desportivo das Caldas da Rainha assistiu a uma partida de Rugby mais lutada do que bem jogada.
O Caldas entrou decidido a contrariar a esperada supremacia do Évora, o atual líder incontestado da Primeirona e que se apresentou também fortemente determinado a manter essa condição.
O jogo prometia e nos primeiros vinte minutos correspondeu a essa expectativa, ainda que as equipas não tenham apresentado grande qualidade no seu jogo,mas fases repartidas e muita luta nas disputas no solo iam mantendo a partida viva.
Os Eborenses, algo ríspidos nas placagens, viram, precisamente por falta grave num desses lances, um dos seus jogadores amarelado e levado a cumprir os correspondentes 10 minutos no “sin bin”.
A primeira ocasião para toque de meta pertenceu aos Pelicanos, num alinhamento ganho nos 5 m adversários, mas um adiantado na tentativa de conclusão da jogada comprometeu o ensejo.
Também por falta escusada num ruck o talonador da casa teve o mesmo castigo aos 12 minutos.
E foi no período que as duas equipas estavam reduzidas a 14, que o Évora chegou ao ensaio, aos 16 minutos na sequência de varias fases de pick & go dos seus avançados e uma rápida circulação da oval até á ponta.
Primeiro quarto: Caldas RC 0-5 CR Évora.
Os Eborenses foram insistindo no seu jogo de avançados e entrada rápidas dos seus 3/4 e os Caldenses foram resistindo, defendendo com muita coragem procurando, sempre que possível, responder com jogadas rápidas de contra-ataque. Contudo erros técnicos e faltas sistemáticas nas disputas no solo iam comprometendo uma resposta eficaz.
À meia hora e na sequência de várias fases de ataque junto da linha de ensaio do Caldas, uma penalidade foi aproveitada pelo chutador do Évora para aumentar o resultado.
E foi já no período de descontos que, em nova ocasião de pontapé aos postes, a equipa visitante voltou a pontuar.
Ao intervalo, Caldas RC 0-11 CR Évora.
Um Évora mais forte, mas um Caldas a defender bem. 
  
Se já na primeira parte o jogo tinha sido muito faltoso, na segunda esta característica acentuou-se.
Os Pelicanos procuraram colocar bolas a pressionar a defesa Alentejana, através de pontapés táticos ou bolas à touche. Mas, ou por resposta eficaz ou por falhas na colocação nos alinhamentos estas iniciativas não tiveram êxito.
Aos 50 minutos, e na conclusão de um pontapé alto a solicitar o seu ponta o Évora obteve o seu segundo toque de meta. Caldas RC 0-16 CR Évora.
Ainda procurou responder a equipa da casa e uma excelente iniciativa dos seus defesa e segundo centro apenas foi travada in extremis pela defensiva adversária.
Terceiro quarto: Caldas RC 0-16 CR Évora - 16.
Terminou aqui a reação Pelicana. O jogo passou a ser mais lutado que jogado, mas com as muitas interrupções a desgastarem a possibilidade de resposta mais capaz.
Aproveitou o Évora, equipa muito experiente e com jogadores mais poderosos fisicamente.
Aos 72 minutos um terceiro ensaio, este transformado, colocou o resultado em Caldas 0-23 Évora.
Acreditando que poderiam chegar ao ponto de bónus atacante os Eborenses carregaram e, já em tempo de compensação – o árbitro parou o cronómetro em várias ocasiões para assistências – obtiveram o seu prémio, marcando mais dois ensaios, dos quais um foi transformado.
Resultado final: Caldas RC 0-35 CR Évora - 35.
Resultado algo pesado mas sem qualquer discussão. Venceu a equipa mais adulta e que apresenta um Rugby mais evoluído.
Defesa corajosa dos Pelicanos, mas muito faltosos no jogo do solo.
Confirmando a sua evolução na primeira metade da prova, o Benfica termina o ano com uma boa vitória sobre o Santarém, que não conseguiu evitar a derrota no Jamor.
Com seis pontos de atraso em relação ao líder, o Benfica recebe na primeira jornada da segunda volta o Évora, e se conseguir uma vitória todo o campeonato fica relançado na luta dos primeiros lugares.
O Santarém apesar da derrota manteve a quarta posição, agora com apenas um ponto de vantagem sobre o quinto, e mais longe do trio da frente.

O Bairrada chega ao Natal com o sapatinho cheio de prendas - merecidas! - e a vitória sobre o Vitória de Setúbal foi natural e reflete a diferença actual entre as duas formações.
O Vitória teve uma primeira volta para esquecer, e espera-se que consiga melhorar para tentar uma recuperação que - ainda - é possível, embora esteja agora a nove pontos do penúltimo da tabela.
Rui Rodrigues estava naturalmente satisfeito com o rendimento da equipa na primeira metade da prova e disse-nos:
"Foi sem dúvida o final de 1ª volta que desejávamos, com um Setúbal organizado sobretudo na primeira meia hora de jogo mas que depois não conseguiu manter consistência defensiva, permitindo-nos tomar conta do jogo.
Com esta vitória, mantemos a terceira posição, sendo esta uma classificação que muito nos orgulha e que na verdade é justa pelos jogos que realizamos até então mas sobretudo pelo esforço que cada um dos nossos atletas tem feito em estar com a equipa em treino, em jogo e outros eventos."


Difícil vitória do Arcos de Valdevez, em casa, numa partida em que não foi quem marcou mais ensaios a vencer.
Com a vitória o CRAV pula do sétimo para o quinto lugar, apenas a um ponto do quarto classificado, com quem abre a segunda volta, jogando no Minho uma partida que vai marcar a forma como o resto da prova vai correr para as duas equipas.
O São Miguel apesar de vencido deu uma excelente resposta, marcou três ensaios sofrendo apenas dois, restando-lhe a consolação de ter registado mais um ponto de bónus que ajudam a manter a distância para o último posto da classificação.

Excelente vitória do Vila da Moita, que afasta a equipa do último lugar e sobretudo é uma forma de recompensar o trabalho que tem sido desenvolvido na Moita do Ribatejo.
Apesar de não terem tido direito ao ponto de bónus, os ribatejanos ganham desta forma ânimo para a visita às Caldas para o jogo inaugural da segunda volta.
O CR Técnico soma a quarta derrota seguida, não escondendo mais o mau momento que a equipa está a atravessar.
Na sexta posição com dois pontos de vantagem sobre o sétimo e quatro sobre o oitavo, os engenheiros correm o sério risco de não conseguirem resistir ao ataque dos últimos e de serem afastados do grupo dos seis.
E embora isso não influa na determinação de quem avança para o play-off, é uma questão de honra que tem que ser considerada.
Note-se no entanto que o Técnico é o único clube em actividade em Portugal que apresenta três equipas seniores em três competições distintas, sendo portanto natural que possa ter algumas dificuldades que serão com certeza passageiras - um clube que posta desta forma está no caminho certo, e pena é que os seus colegas do topo da hierarquia do rugby nacional não lhes sigam o exemplo, havendo mesmo quem nem uma segunda equipa consiga apresentar...

Veja a nossa página dedicada à competição onde pode consultar o quadro completo dos resultados e a classificação actualizada.

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