8 de dezembro de 2012

LINCES DÃO PRIMEIRA DENTADA NO BOLO

Portugal começa bem a sua participação no Port Elizabeth 7's e vence sem margem para dúvida uma equipa americana que parece ter entrado em campo com o jogo no papo...

Os Linces começaram bem e marcaram logo aos 2 minutos por intermédio de Francisco Vieira de Almeida, com o recuperado Pedro Leal a aumentar com os pontos da transformação para os 7-0.
Vieira de Almeida recebe a bola de um ruck nos 22 dos EUA, e, em vez de abrir, fura a defesa adversária com uma boa mudança de direção e depois foi só correr até aos pontos.

Construindo o seu jogo numa defesa sem falhas, Portugal aumentou a vantagem aos 4,45 minutos depois de uma sucessão de movimntos ofensivos americanos que os portugueses defenderam muito bem, e, aproveitando uma falha ofensiva já nos nossos 22, Gonçalo Foro viu que tinha espaço e correu o campo todo para marcar o segundo ensaio lusitano que Pedro Leal transformou de novo, levando o marcador aos 14-0.

Mas o resultado do intervalo ainda não estava feito e na sequência de um conjunto de ataques portugueses, e aproveitando uma falta da defesa, castigada com uma penalidade sobre a linha de 22 americana, Portugal desenvolveu uma jogada ensaiada e marcou o seu terceiro ensaio por Frederico Oliveira, levando Pedro Leal aos 21-0 com que se atingiu o período de descanso.

A segunda metade não começou bem para os Linces, que logo aos 35 segundos sofreram um ensaio não transformado, e dois minutos depois os EUA voltaram a marcar, desta vez com os dois pontos suplementares, reduzindo a vantagem portuguesa para 21-12 (2112, um ano de esperança para os sevens em Portugal...).
Confesso que com quatro minutos por jogar, temi que a nossa equipa se deixase afundar e perdesse na segunda parte o que tinha conquistado na primeira, mas isso não aconteceu e o gás americano esgotou-se num ataque perigosíssimo que José Vareta(*) parou, com sabedoria inesperada para um jovem - e excelente! - jogador.

No alinhamento que se seguiu, o capitão português, mais uma vez, dominou e foi o início do fim.
Portugal subiu no ataque e uma penalidade já com o jogo a terminar, que Vareta marcou dando a bola para Leal que se encontrava numa aparente posição de ataque à mão.
Mas o playmaker poruguês trocou s voltas à defesa adversária e colocou um pequeno pontapé atrás da defesa, que João Lino não teve dificuldade em transformar no seu primeiro ensaio no Circuito Mundial - este pequeno pontapé começa a ser uma imagem de marca de Pedro Leal, e a verdade é que abre uma série de possibilidades ofensivas, que têm estado desaproveitadas, mas com defesas cada vez mais agressivas, tem resultado brilhantemente.

Estava feito o resultado, 26-12, e Portugal avança desta forma com as portas da Cup semi abertas - ainda falta muito caminho, e mesmo vencendo o Zimbabwé (que perdeu com o Canadá por 26-0) no segundo jogo, o apuramento só ficará garantido se o Canadá vencer os EUA.
Caso isso não aconteça, o jogo Portugal-Canadá será uma perigosa final!

Fique com a Ficha do Jogo:
(*) Ao rever o jogo verifiquei que quem parou o ataque foi o Francisco Vieira de Almeida e não o José Vareta, mas o resto do comentário mantém-se, alargado ao Francisco!

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