Após mais um
interessante 6 Nações, onde tivemos jogos onde os jogadores pareciam não saber
as leis e pediam ajuda tática ao árbitro, ou jogos onde uma formação ordenada
pode levar a 20 minutos de prolongamento, a verdade é que a versão 2017 deste
torneio teve tanto de interessante como de pantomineiro.
Anunciado está
também o melhor jogador do torneio, Stuart Hogg foi, pelo segundo ano
consecutivo eleito e com quase um quarto do total dos votos.
Hogg torna-se
apenas o segundo jogador a ganhar a distinção em anos sucessivos, tendo apenas
O’Driscoll como antecessor nos anos de 2006 e 2007.
Na votação o segundo
lugar foi arrebatado pelo terceira linha irlandês CJ Stander e em terceiro
quedou-se Louis Picamoles, isto de uma lista inicial de 12 jogadores.

Além disso os
Ingleses tentavam quebrar o recorde dos All Blacks de 18 vitórias seguidas, mas
a Irlanda mostrou ao mundo que os rivais da Rosa ainda não se encontram ao nível
da seleção número 1 do ranking Mundial.
Irlanda, França e
Escócia terminaram respectivamente nestas posições com os mesmos 14 pontos
fruto de 3 vitórias e 2 derrotas, tendo as três seleções amealhado um ponto bónus
ofensivo e um defensivo cada.
O fator de
desempate na classificação final acabou por ser o diferencial de pontos
sofridos e marcados onde Irlanda apresenta 49 pontos positivos, França acaba o
campeonato com +17 pontos e a Escócia, fruto da pesada derrota frente aos
Ingleses apenas conseguiu um saldo positivo de 4 pontos.
O treinador Connor
O’Shea disse ao longo do Campeonato que as dificuldades que encontrou no seio
da Federação Italiana e no recrutamento de jogadores superou, pela negativa as
suas piores estimativas.
E nem os planos
estratégicos rebuscados, como o que apresentou frente a Inglaterra impediram os
Azurri de “oferecer” o bónus ofensivo a
quatro dos seus cinco adversários (apenas Gales não marcou 4 ou mais ensaios).
Ainda assim a Itália
chegou ao intervalo de 2 jogos a ganhar (Gales 7-3 e Inglaterra 10-5) e em
situação de pontos bónus defensivo noutro (Franca 11-16) e apenas no último
jogo do Campeonato frente a Escócia não houve nenhum ponto marcado pelos
Azurri, quer na primeira, quer na segunda parte.

Esta edição teve um
total de 66 ensaios, o que dá uma média de 4.4 ensaios por jogo.
A introdução dos
pontos de bónus não suscitou o rugby ofensivo “a la Rugby Championship” e
quando comparados com 2016 os números são até piores, porque na edição do ano
passado marcaram-se 71 ensaios, para uma média de jogo de 4.7.
Esta edição é também
marcada por não haver um “top Try scorer” em destaque com o primeiro lugar a
ser dividido por 8 jogadores, todos eles com 3 ensaios ao longo da prova.
A prova foi mais
uma vez dominada pela bota dos chutadores e ninguém dominou mais alto que
Camille Lopez e os seus 67 pontos marcados.
Owen Farrell ficou
muito próximo do gaulês com os seus 63 pontos e apenas um ponto a separá-lo de
Leigh Halpenny que concretizou 62 pontos.
Estes números
tornam-se ainda mais relevantes se tivermos em consideração que todos estes
pontos vieram das suas botas (0 ensaios entre os três chutadores).
Camille Lopez demonstrou
uma eficácia fantástica com 25 chutos certeiros em 28 tentativas, uma
percentagem de concretização de 89.2%.

Em 8 jogos os árbitros
não recorrem ao bolso e em apenas um jogo houve mais de um cartão, o França-Gales
da última jornada, onde o prolongamento durou uns incríveis 20 minutos.
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