18 de maio de 2012

CDUL E AGRONOMIA ENFRENTAM-SE

O UNIVERSITÁRIO DE LISBOA É AMANHÃ PALCO DO JOGO GRANDE da 5.ª e penúltima jornada da ‘final four’ da Divisão de Honra, com o já finalista CDUL a defrontar Agronomia, o seu mais que provável adversário na grande final de 2 de Junho.

Em Monsanto Direito recebe uma Académica diminuída, sabendo que o triunfo dos tricampeões, por mais dilatado que seja, poderá já não servir para nada.

Depois de duas semanas de interregno devido à presença de Portugal nas derradeiras etapas do circuito mundial de sevens da IRB – paragem que até se poderá aceitar, mas nesta fase decisiva da época não deixa de ser inusitada e prejudicial, com todos os responsáveis a queixarem-se da perda de ritmo dos seus jogadores – regressa a Divisão de Honra para o momento das grandes decisões: quem acompanha o CDUL (1.º, com 21 pontos) na festa do Jamor onde se decidirá o 54.º título nacional e que equipa desce à 1.ª Divisão.

Devido aos regulamentos federativos todos os jogos terão que disputar-se à mesma hora, pelo que ao bater das 15 horas soarão, em uníssono, os apitos dos árbitros.

Agronomia (2.ª, com 16 pontos) sabe que precisa de fazer quatro pontos frente à equipa que lhe causou
duas das três derrotas que averbou nesta temporada, para assegurar aquela que poderá ser a sua quinta final em sete edições desde que o campeonato é decidido num só jogo – modelo iniciado em 2005/06 e no qual os agrónomos apenas triunfaram por uma vez, em 2007.

E segundo as palavras do técnico Ricardo Sequeira, quer “fazê-los desde já, sem esperar pela última jornada”.

Esta demasiado longa paragem permitiu à equipa da Tapada recuperar fisicamente alguns jogadores, com exceção de Francisco Mira, para quem infelizmente a época já terminou.

Depois de duas épocas marcadas por grande equilíbrio nos duelos entre as equipas (duas vitórias para cada uma nos quatro encontros da fase inicial), o jogo da 1.ª volta, em Abril, foi claramente favorável aos universitários que venceram na Tapada por 40-19 (5-1 em ensaios).

E com o natural “levantar o pé” da equipa 100% vencedora nesta fase de Cassiano Neves, dificilmente se repetirá igual desfecho – só se os níveis de concentração de Gonçalo Foro & Cia baixarem demasiado, permitindo aos agrónomos pagarem da mesma moeda, o que não acreditamos.

Mas lá que este “olhos nos olhos” irá servir para estudo recíproco e testar fraquezas adversárias com vista à partida decisiva dentro de duas semanas, ai disso não tenham dúvidas…

Continuando o seu penoso trilhar desta fase final onde tantas esperanças depositava, a Académica (4.ª, com 1 ponto) desloca-se a Monsanto com apenas 18 jogadores – e só quatro homens da 1.ª linha. Fruto das mais diversas circunstâncias os “pretos” estiveram longe de atingir o seu potencial e dificilmente farão melhor do que cumprir, com dignidade, o calendário.

Do mal o menos, o seu diminuto banco será de luxo, pois estarão ali sentados e de regresso após complicadas lesões, os internacionais Rui Rodrigues e Ricardo Dias.

Ao tricampeão nacional Direito (3.º, com 10 pontos) só resta esperar que Agronomia não vença na visita ao CDUL e que no Agronomia-Académica da última jornada acontecesse um improvável “terramoto” de grau 10 na escala do rugby indígena.

 No grupo da permanência, onde o Belenenses vem passeando a sua superioridade – só vitórias e 32 ensaios marcados (mas tanta facilidade também desconcentra, pois já concedeu 10!) –, CDUP, Benfica e Técnico vão discutir entre si a fuga ao último lugar, que amanhã até poderá ficar já atribuído, caso os “engenheiros” percam na sua deslocação a Leça da Palmeira para defrontar o CDUP.

Na fase inicial os portuenses triunfaram por 35-6 (5-0 em ensaios) e quererão carimbar desde já a manutenção, mas parece-nos que a equipa das Olaias está a subir de produção e portanto irá vender cara uma derrota que a atiraria para a sempre desconfortável 1.ª Divisão.

O Benfica recebe na Sobreda os azuis e teria que descobrir em si inimagináveis forças para deter um quinze pujante e que irá acrescentar mais uns quantos ensaios ao volumoso registo que apresenta nesta fase final.

Consulte o quadro completo dos jogos e classificações, enquanto aqui pode ver a constituição das equipas para os jogos de amanhã.



Texto: António Henriques
Foto: Miguel Carmo

26 comentários:

Anónimo disse...

Parece que o CDUL ja esta a descansar jogadores. Confiança a mais pelos vistos!!

Anónimo disse...

Confiança a mais porquê? Já está na final, não precisa sequer de 1 ponto. Faz portanto muito bem. Agronomia está pràticamente está na final mas naturalmente não quer correr riscos e portanto joga com o melhor que tem. Conclusão o post a que respondo não tem qualquer razão de ser.

Anónimo disse...

Na Académica tudo na mesma, com alguns meninos a dar à sola
agora que já não podem passear a sua beleza no relvado, porque o seu estatuto de estrelas não se coadugna com o último lugar da final... tristes

Anónimo disse...

É uma tristeza mas é o rugby da Académica na sua plenitude.

Anónimo disse...

Nunca pensei ver os Pretos nestas aflições... algo está podre no reino da Dinamarca... ou melhor, da Lusa-Atenas...

Anónimo disse...

Não querem falar dos sub-21?

Anónimo disse...

"devido aos regulamentos federativos todos os jogos terão que disputar-se todos à mesma hora ......" Mais uma grande ideia do nosso rugby ! Assim todos conseguem irem ver jogos ! Os estádios à pinha !
LOL
Por aqui se vê que o desenvolvimento do rugby em Portugal está todo errado. Como querem que mais gente veja jogos, que a visibilidade nos media aumente. Se estão mais preocupados com os "benefícios" que as equipas possam tirar em jogar a horas diferentes para ganhar campeonatos. Este ar de desconfiança para com os jogadores de rugby ( pois são eles que decidem os resultados dos jogos e nenhum verdadeiro jogador gosta de perder ) são um insulto ao rugby .
Além da demonstração do total aparente desconhecimento das estruturas do rugby nacional.
Nos verdadeiros campeonatos internacionais tentam fazer os jogos nos mais diferentes horários para todos assistirem e maior cobertura dos media.
Assim vamos andando com as nossas quintinhas de campeões em vez de termos uma verdadeira modalidade vencedora.

Anónimo disse...

É verdade! Não tinha visto sob este ângulo.

Extraordinário, desconfiar de resultados combinados...

Um insulto!

Anónimo disse...

A entrevista que está a dar que falar:

http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1546575

Anónimo disse...

Desculpem mas não resisto a dizer que o tipo que acha que os jogos da ultima, ou duas ultimas jornadas não deviam ser disputados à mesma hora é mesmo parvo de todo e de desporto é uma verdadeira nulidade. Nem vale a pena explicar-lhe porque todas as modalidades têm isto nos seus regulamentos porque ele não entende. Peco mais uma vez desculpa mas tenho de repetir que é mesmo um grande parvo. O que o MdM tem de aturar....

Anónimo disse...

É para não haver influencia no desenrolar dos jogos

Anónimo disse...

Rotatividade meu caro

António Aguilar disse...

Assino por baixo este último post sobre os jogos à mesma hora. O rugby tem os seus valores mas os seus dirigentes - e este regulamento já se aplica há muitos anos, não é da autoria desta Direcção.... - parecem alinhar pelo espírito do futebol.
Ainda ontem na minha crónica n'A Bola lamentei este facto,mas não sei se foi publicado o artigo na íntegra. Recordo ainda que na Fase de Apuramento a FPR ( e aqui sim tem a culpa) não consegue obrigar os clubes da Divisão de Honra a desfasar os horários dos jogos em Lisboa.Portanto está tudo dito, todos se queixam de falta de visibilidade mas ninguém mexe uma palha... Abraço António Aguilar

Anónimo disse...

ups...DIREITO 26 AAC 33!

Anónimo disse...

Basta ver que o jogo de hoje entre a AAC e Direito os jogadores estavam lá para disputar o jogo e não outras campeonites . Ou seja RUGBY na mais pura essência. E dando razão que os jogos não precisam de ser à mesma hora para não haver subterfúgios.

Anónimo disse...

Explica lá melhor ao anónimo das 10:51, que parece que ainda não percebeu o que é o RUGBY. E secalhar mais um daqueles que acha que as outras equipas/ jogadores vão perder de propósito para a equipa dele ser prejudicada.
Acha paciência, que país mais futeboleiro e achando que usar o que está mal nos outros desportos é que é.
O desporto não é verdades escondidas.

Anónimo disse...

CDUP em grande!
E o CRAV quAntos expulsos? Em casa nem um. É o rugby que merecemos e o CA que temos.

Anónimo disse...

Influencia na falta de empenho dos jogadores por conhecerem um resultado, seu maldoso

Anónimo disse...

Só para queem não tem mais nada útil para fazer é que dã importância a um desimportante

Anónimo disse...

Não percebo tanta agressividade

Anónimo disse...

Os da acadêmica sim, os do Direito...

Anónimo disse...

Quem la estava para disputar o jogo era a Académica já que o Direito limitou-se a treinar.

Anónimo disse...

"e que no Agronomia-Académica da última jornada acontecesse um improvável “terramoto” de grau 10 na escala do rugby indígena." Talvez o terramoto possa acontecer... Ninguém estava à espera que a Académica vencesse em Monsanto e venceu. Por isso, ponham a possibilidade de existir esse tal "terramoto".

Anónimo disse...

falem dos sub21 agora

Anónimo disse...

A ver se desta vez os selecionadores estão atentos, é simplesmente vergonhoso, para não lhe chamar outro nome que a Académica não tenha um único jogador nas seleções. A última convocatória para os treinos de sevens é um atentado ao bom senso, nem para os treinos servem quanto mais para os torneios. Estavam jogadores do Prazer de Jogar do st Juliens,ets, equipas que nem sequer têm direito de disputar o circuito nacional de sevens. TENHAM VERGONHA.

Anónimo disse...

Vergonha mesmo! Nem da académica, apenas tres do Cdup. Mas há a esperança de St Julians e os dois irmãos do crav-prazer. Alguém os foi ver? Alguém foi a Arcos?
Como são feitas as escolhas? A pedido ou à paulada?