27 de fevereiro de 2012

A LUPA DE PEDRO LOBO SOBRE O GEÓRGIA-PORTUGAL

O GEÓRGIA-PORTUGAL DE SÁBADO PASSADO AINDA NÃO ARREFECEU e o que se pode dizer é que, no seu conjunto, a equipa portuguesa não conseguiu impressionar e deixar os ânimos dos adeptos relativamente descansados para os embates que se aproximam.

Não que perder com a Geórgia seja alguma desgraça - afinal a última vez que conseguimos derrotar os Lelos foi em 2005, em Lisboa, por 18-14. Desde essa altura e até agora, somaram-se as derrotas (sete) entremeadas por dois empates - um em Lisboa em 2006 a 11 pontos, e outro, a 20 pontos, em Tbilisi em 2009.


Aliás, e já que estamos a falar de estatística, convém referir que o frente a frente com a Rússia ou a Roménia, é altamente favorável aos nossos adversários - basta consultar a nossa base de dados referente aos jogos dos Lobos, para tirar as dúvidas.

Hoje vamos apreciar os comentários de Pedro Lobo em relação ao jogo com a Geórgia, mas fica a promessa para uma avaliação mais pormenorizada após os jogos que, teoricamente, estão mais ao nosso alcance - a Espanha e a Ucrânia.

GEÓRGIA-PORTUGAL, Comentários de Pedro Lobo.
Tendo em conta o valor do adversário, Portugal entrou bem na primeira parte dum jogo com duas metades completamente distintas.

Com efeito, na primeira parte, Portugal defendeu com muita garra e quase sempre bem e depois duma penalidade de 50 metros que Joe Gardener pontapeou ligeiramente desviada dos postes, até criou uma boa oportunidade de marcar ensaio na sequência de uma iniciativa de Vasco Uva.

No entanto, o domínio era dos georgianos e seriam eles a marcar já perto do intervalo. O ensaio de Sharikadze resultou do aproveitamento eficaz duma situação de vantagem numérica surgida na sequência duma penalidade cobrada de forma rápida pelos Lelos.

Ainda na primeira parte, houve sinais que prenunciavam o que seria o segundo tempo.
Por um lado, o desacerto nos alinhamentos, contrariando os progressos evidenciados nos últimos jogos, associado às esperadas dificuldades nas formações ordenadas, não permitia a obtenção de bolas para as linhas atrasadas.
Por outro, nas poucas inciativas atacantes capazes de criar perigo, quase sempre iniciativas individuais, o apoio surgia tarde, mostrando que o esforço dispendido a defender já se fazia sentir. 

Pouco depois do ínicio da segunda parte, a Geórgia marcou através de uma penalidade, a que se seguiu o segundo ensaio, aproveitando uma iniciativa individual de Pedro Leal condenada ao fracasso.
Kolelishvili, um dos melhores em campo, não teve grande dificuldade em arrancar a bola das mãos do nosso formação e Shkinin, ao marcar, acabou com qualquer dúvida que ainda pudesse existir.
A partir daí, a Geórgia não mostrou pressa em conseguir o ponto bónus e a nossa equipa parecia formada por jogadores que estavam a alinhar juntos pela primeira vez.

O terceiro ensaio surgiu naturalmemte, marcado por Belkania.

Valeu então o magnífico ensaio de Bardy e a conversação difícil de Yannick Ricardo. Já perto do fim do jogo, o pilar Kubriashvili marcaria o quarto ensaio dos Lelos.

Quando se fala da Geórgia fala-se geralmente de avançados, mas no Sábado dois jogadores das suas linhas atrasadas merecem algum destaque: o novo formação Begadze (a carreira internacional do veterano Abuseridze parecia eternizar-se, mas agora deverá estar a chegar ao fim) e o centro Kacharava que esteve melhor que os Lobos que estiveram nas posições centrais da nossa linha de três quartos.

Há que sublinhar o que de mais positivo os Lobos mostraram: grande espírito de sacrifício evidenciado na defesa, não permitindo que na primeira parte o marcador se desnivelasse; a prestação de Julien Bardy; o inconformismo de Adérito Esteves, apesar da penalidade quase infantil que concedeu e que com um árbitro exigente como aquele poderia sempre dar lugar à amostragem do amarelo.
Arbitragem muito segura do italiano Marius Mitrea.

 O futuro? O futuro, para já, é ganhar à Espanha!

O momento do balanço virá mais tarde.

26 comentários:

Anónimo disse...

Passe o esforço que fizemos para tentar parar o maior poder fisico dos georgianos temos que admitir que salvo a excepção do Bardy,que é òbviamente doutro nível, todos os outros foram muito fraquinhos e mostraram muito pouco. Tinhamos a obrigação de ter feito muito melhor. Não há desculpas para tão fraca actuação. Os alinhamentos voltaram a ser uma desgraça, o jogo no chão foi sempre um flop, as linhas atrasadas não existiram. A verdade foi...fizemos um péssimo jogo!

Anónimo disse...

Concordo! Se tivemos ainda algum poder, foi nos avançados e, mesmo assim, com prestações a diferentes níveis! Lá fomos conseguindo adiar os ensaios dos georgianos! Man of the match para o nosso lado, sem dúvidas o Julien Bardy! dos 3/4 ...nem se fala, pois não existiram! ao nível da placagem a coisa está feia (será jogos de sevens a mais? já ninguém placa às pernas ou a técnica mudou)! E fica a dúvida, porque não joga o melhor nº 10 da actualidade - Cardoso Pinto, Agronomia - por estar «velho»? É que a actual opção nada acrescenta ao jogo ofensivo de Portugal. Diria, em conclusão, que os Lobos deixaram de assustar! Veremos contra a Espanha.

Anónimo disse...

nao joga porque nao está disponivel para jogar....

Anónimo disse...

Cardoso Pinto e José Pinto deviam voltar rapidamente...não tirando mérito ao Pipoca que é um grande jogador,mas aquela não é a posição dele, o zé Pinto dá logo outra velocidade ao jogo... Força Lobos...

Anónimo disse...

Uma vez que o "Velho" não está disponível, e a razão dizem, por ter sido desconsiderado pela FPR ponham O Nuno Penha e Costa.

Anónimo disse...

A verdade é que inventamos com estrangeirada e tudo o que é de fora é que é bom, mas temos tudo o que precisamos em casa...infelizmente não se aposta nisso! Síndrome do portuguesismo! é só olhar para 2007

Anónimo disse...

Então ligam ao João Correia (Pipas) e dizem-lhe "Só levaste 3 semanas! Vem daí para a Geórgia connosco e ainda jogas!". Só lhe faltaram dizer - Vem e traz um amigo!

O homem aterra na Geórgia, e 1 hora depois dizem-lhe, "Epa estavamos a reinar ... afinal levaste 10 semanas!"

MAS ISTO ESTÁ TUDO MALUCO OU QUE? ANDA-SE A BRINCAR AO RUGBY? ANDA-SE A BRINCAR COM AS PESSOAS? ANDA-SE A BRINCAR COM DINHEIROS PÚBLICOS????

E nem 1 palavra sobre isto???? Estão a ver se a malta se esquece? Somos todos parvos?????

Anónimo disse...

Quantos luso/descendentes tínhamos em 2007 e quantos temos agora ? Alguém sabe dar essa informação ?

Anónimo disse...

Esta história do João Correia é bem o sintoma da desorganização da FPR e da sua politica de injusta protecção a jogadores habitualmente convocados para a selecção. Não sabem que a mão da IRB é pesada? Depois do que ele fez contra os England Students esperavam o quê?
Os padrões da IRB não têm nada a ver com os da FPR onde por conveniência se dão castigos ridiculos, vidé mais uma vez João Correia no 1º jogo contra o CDUL e Gonçalo Uva no 2ª contra o CDUL e o Nelo que viu uma tentativa de agressão não merecer qualquer punição.

Manuel Cabral disse...

Anonimo das 04:31
Este comentário foi publicado para que se possa ver bem a ignorância do comentador e a leviandade com que se fazem afirmações a coberto do anonimato.
O que tem a IRB a ver com esta matéria? NADA!!!
A ação disciplinar sobre fatos ocorridos no jogo Portugal XV-England Students é da competência do Conselho de Disciplina da FPR, que foi a organizadora do jogo, e fica claro com o castigo que parece ter sido aplicado, que os seus critérios apenas se basearam no cumprimento da legislação e não "por conveniência".
Falta agora saber qual vai ser a decisão sobre os fatos imputados à equipa técnica da seleção de seniores.
Claro, sem contar com o total silêncio sobre a suspensão/demissão da equipa técnica dos sub-18, que parece não ter sido analisada pelo CD...
Peço a quem queira comentar nestas páginas que o faça com base em dados corretos e não em invenções, e melhor seria, porque responsabilizaria quem afirma, que não fosse utilizado o anonimato e os comentaristas dessem a cara...Como, aliás, alguns fazem e a quem agradeço.

Diogo Realinho disse...

Boa tarde,

Então a equipa técnica dos sub 18 foi demitida? Não estavam a efectuar um bom trabalho ou foi outro motivo?
Estou com grande esperança nesta equipa, pois parece evoluída técnica e sobretudo fisicamente, que muita falta nos faz.

Abraços a todos

Anónimo disse...

Caro Manuel Cabral,

Em teoria a IRB não tem nada a ver com este assunto. Na prática, de forma indirecta, acho que tem e muito.

Conforme nos informa o blog 'XV contra XV', Bill Beaumont assistiu ao jogo e ficou convencidíssimo que tinha sido uma agressão à cabeçada. O autor do artigo e responsável pelo blog afirma que não foi, que foi apenas 'encostar a cabeça', num gesto despropositado mas muito menos grave do que uma agressão.

Infelizmente, Bill Beaumont, ao que parece sem razão, está convencido do contrário e Bill Beaumont é um dos 10 membros do Executive Committee da IRB.

P. Martins

Manuel Cabral disse...

Caro P. Martins, o facto do Bill Beaumont ter assistido ao jogo, e de ter uma opinião sobre os acontecimentos, é absolutamente irrelevante para a nossa conversa, já que o que está em causa é a afirmação de que a IRB tem a mão pesada, em contraste com as conveniências da FPR, como fez o anonimo das 4:31.
A verdade é que quem tinha obrigações na aplicação da justiça sobre os intervenientes no jogo, era a FPR através do Conselho de Disciplina, e foi o que aconteceu - o Conselho de Disciplina decidiu, independentemente da vontade da direção da FPR, e aplicou a pena que entendeu dever aplicar.
Quanto ao Bill Beaumont, o facto dele ser membro da Comissão Executiva da IRB não acrescenta nada a estes factos - antes demonstra a independência dos orgãos de justiça da FPR, aliás como deve ser.
A outra questão em causa tem a ver com ataques infundados ao executivo da nossa FPR, que em nada ajudam a compreender o que se passa no nosso rugby - e nem sequer é preciso inventar para criticar a direção de Amado da Silva, já que ela nos fornece diariamente motivos de sobra para ser criticada.
Mas para que quem critica seja ouvido e respeitado, deve limitar-se aos factos reais, e não aos inventados...a menos que esses ataques sem senso não passem de manobras de diversão.

Anónimo disse...

O rEI VAI NU:
1º É SEM DÚVIDA RIDICULO ESTE "NUMERO" COM O PIPAS; A) É EVIDENTE QUE A IRB NÃO É TIDA NEM ACHADA NESTE ASSUNTO, É EVIDENTE QUE O CD NÃO FAZ FAVORES À NOSSA FPR E DAÍ ESTA TRAPALHADA TODA, COMO É QUE É POSSÍVEL O SR pRESIDENTE DA FPR ARMAR TAMANHA TRAPALHADA? OU ALGUÉM DÚVIDA QUE FOI ELE QUE MANDOU O JOGADOR SEGUIR VIAGEM? AGORA IMAGINEM QUE TAL SE TINHA PASSADO NO TEMPO DO DIDIO E DOS CANTINHOS? HAVIA DE SEWR BONITO. 2º JOGO ÉVORA - CDUL (SUB 16 OU SUB 18) INVASÃO DE CAMPO, AGRESSÕES A TORTO E A DIREITO JOGADORES GRAVEMENTE FERIDOS, ATITUDE DA FPR? ATÉ VER ZERO. 3º ACADÉMICA - CDUP SUB 18, PASSADO FIM DE SEMANA, PANCADARIA DE FAZER BICHO, AGRESSÕES DO PÚBLICO A TREINADORES, DIREIGENTES E JOGADORES DO CDUP, 3º COMO É QUE É POSSIVEL A SRA ÁRBITRA AFIRMAR QUE VIU UMA CABEÇADA QUANDO O PRÓPRIO JOGADOR QUE SUPOSTAMENTE FOI AGREDIDO AFIRMOU NUM JANTAR A VÁRIOS JOGADORES PORTUGUESES QUE NÃO TINHA SIDO AGREDIDO. 4º É PATÉTICO O QUE SE PASSA EM COIMBRA ANTES, DURANTE E DEPOIS DOS JOGOS O TAL DE CORSAN OU LÁ O QUE É QUE AO ABRIGO DE SER FORMADOR DE ÁRBITROS SE PLANTA NA CABINE DOS ÁRBITROS A FAZER PRESSÃO E É VER AS DECISÕES VERGONHOSAS QUE OS ÁRBITROS TOMAM EM DEFESA DA ACADÉMICA. MUITO MAIS HÁ PARA DIZER VOLTAREI AO ASSUNTO MAIS TARDE.

Diogo Realinho disse...

Acusações e criticas efectuadas desta maneira, não são construtivas e não se retira nada delas, apenas vêm criar mais caos e confusão que aparentemente é útil para alguém.
Como amante de rugby, e muito longe das andanças de clubes ou federações, entristece-me ver estes cenários onde alguém anónimo, alegue a existência de situações graves sem qualquer sustentação ou suporte, ou em ultima analise que se identifique para credibilizar as alegações que faz. Caso contrário, não merecem quaisquer atenção, independentemente da veracidade das mesmas.
Não transformem isto numa praça.
Em prol da evolução da modalidade no país sejam construtivos e esclarecidos e sobretudo transparentes, nas criticas que efectuam, em vez de lançar palavras e farpas para o ar, de modo a que reine a suspeição e a descrença.

Obrigado e abraços a todos

Anónimo disse...

Quem tem que se pronunciar sobre o que se passou nesses jogos de sub18 também não é o CD?
Por que é que nunca mais se pronuncia sobre o jogo Évora - CDUL que já foi há umas 2 semanas? Está a sofrer pressões por parte da Direcção da FPR? SE é isso(não estou a dizer que é), que as denuncie. Se não é, que diga por que é que ainda não conseguiu tomar uma decisão. É que entretanto já foi atribuída a derrota a uma das equipas.

Bernardo disse...

Estas decisões demoram tempo, é preciso ouvir testemunhas, etc... não são decisões que se tomem em cima do joelho, 2 semanas é pouco para um decisão destas

Anónimo disse...

por isso mesmo é que o regulamento dá 30 dias

Anónimo disse...

30 dias quando há lugar a inquérito disciplinar, como será certamente o caso. Mas, se houver inquérito, os jogadores ficam suspensos até à conclusão do inquérito. Não foi anunciada a suspensão preventiva de nenhum jogador.

Anónimo disse...

Retiro o que disse. Há 2 jogadores sob acção disciplinar.

Anónimo disse...

Vê se viras o trombone para outro lado, quando pensares em falar da Académica. Não somos santos mas não venhas cá com retóricas. E, já agora, como sabes tu essas coisas todas com esse pormenor? NÃO SERIA SUPOSTO NÃO ENTRARES NA CABINA DOS ARBITROS E POR ISSO MESMO SABERES DO QUE SE LÁ PASSA?

Anónimo disse...

Apesar de achar mal a acusação não duvido que situações destas ou parecidas aconteçam.. é pena porque oque mais falta faz é justiça e igualdade de tratamento das equipas aos olhos da FPR. Compadrio aqui compadrio ali e nc mais acaba..

José Lopes disse...

Em primeiro lugar gostaria de cumprimentar toda a família do Rugby, independentemente das filiações individuais de cada um.
Eu sou um adepto interessado, com um partido claro (edito o blog dos sub 16 do CDUL), mas tento não ser acrítico. O Rugby em Portugal sofre de uma base praticante quase confidencial e apesar disso tem um nível razoável, superior ao expectável. As guerras que tenho visto estalar, até no meu clube, contra as arbitragens e a Federação não conduzem a nenhuma forma de melhoria na prática desportiva nem na possibilidade de se aumentar o número de praticantes, bem pelo contrário.
Quanto às agressões, bem como às pressões, que ao longo desta época se têm vindo a verificar em diversos encontros de escalões de formação, são inaceitáveis.
Jogadores violentos não têm, normalmente, margem de progressão. Assistentes violentos são de proibir. Se os clubes por sua auto regulação o não fizerem, então, isto fica pior que o futebol.

Anónimo disse...

A AAC é um Clube que todos respeitamos e que tem feito muito pelo Rugby na zona central de Portugal.

Agora, a verdade é que tem em ALGUNS dos seus adeptos mais fervorosos uns verdadeiros selvagens. Quem esteve em Monsanto no jogo para a Taça pôde ouvi-los a chamar, insistentemente e alto e bom som, filho da puta ao Árbitro. E toda a gente, daquele grupo achou muito divertido.

Como é que os jovens formados naquele ambiente se hão de portar futuramente?

Anónimo disse...

Quando o actual Presidente da FPR ainda não cumpriu o castigo de ter mandado um SMS ao árbitro João Mourinha a chamar-lhe isso mesmo, enquanto Presidente de Agronomia ... que mal faz mais filho da p..., menos filho da p... numa bancada?

Anónimo disse...

Trite figura a da nossa selecção. Não ganham a ninguém em XV e em VII vamos ver como será. Tragam mais combóios cheios de luso descendentes e afins pode ser que continuem a safar-se.