27 de janeiro de 2010

COMPETIÇÕES PELA EUROPA FORA - PAÍS DE GALES

AS EQUIPAS DE RUGBY NO PAÍS DE GALES, dividem-se competitivamente em três grupos, e em duas categorias, profissionais e semi profissionais.
No primeiro grupo, profissional e regional, estão as quatro equipas que disputam as competições europeias – Heineken Cup e Amlin Challenge Cup – e a Magners League, conjuntamente com as quatro equipas regionais irlandesas e as duas equipas profissionais escocesas, Edingurgh e Glasgow Warriors.


Depois, temos as equipas semi-profissionais que disputam a Principality Premiership, que se comprometem, entre outras coisas como veremos separadamente, a procurar os melhores e mais promissores jogadores, e a submetê-los a planos específicos de treino, e a cedê-los posterior e eventualmente, para as equipas regionais.

Finalmente temos as restantes equipas semi profissionais que disputam as chamadas SWALEC Leagues, distribuídas em seis divisões. Existem ainda duas divisões, Norte 1 e 2, que não se encontram ainda conectadas à Divisão 6.

Falando da Premiership, verificamos que para o apuramento do campeão de gales, depois de uma fase em que todos jogam contra todos, os oito primeiros classificados disputam um play off em quatro etapas, conforme quadro que apresento mais abaixo.
Veja aqui as divisões do rugby galês.


AS OBRIGAÇÕES DOS CLUBES
Já falei anteriormente nas exigências que as federações fazem aos clubes que participam nas competições oficiais, tendo dado o exemplo das imposições desportivas decretadas pela federação francesa. Hoje trago o exemplo das exigências da federação galesa em termos de administração e instalações.

1. FINANÇAS E ADMINISTRAÇÃO
Salienta-se a obrigatoriedade do Clube estar legalmente constituído, ter uma administração claramente estabelecida com funções bem determinadas a cada um dos seus elementos, ter a contabilidade em dia e devidamente fiscalizada, funcionar com orçamentos e ter a sua execução também fiscalizada, seguros em dia, incluindo responsabilidade civil para jogos e treinos, entre outros.

2. CONFORMIDADE REGULAMENTAR
Respeitar todas e regras e regulamentos da federação galesa e da IRB.

3. DESEMPENHO E DESENVOLVIMENTO
Compromisso de adesão a todos os Planos de Desenvolvimento da federação, criação uma super estrutura de gestão de todas as equipas de rugby do clube, incluindo o primeiro XV, que deve ter uma estrutura de gestão compreendendo as seguintes funções: Diretor de Rugby, Team Manager, Dois treinadores de nível 3 ou superior, Treinador de educação física, Fisioterapeuta, Bagageiro, Médico e Analista.
Cada clube deve elaborar um Manual de Funcionamento, abrangendo todas as áreas da actividade do clube, incluindo as relações existentes dentro da sua área geográfica de influência, além de estabelecer planos individuais de desenvolvimento para os jogadores que foram identificados como jogadores com potencial para integrarem as Equipas Regionais. Cada clube poderá apenas ter nas suas equipas dois jogadores não galeses.

4. INSTALAÇÕES DESPORTIVAS MÍNIMAS
O nível mínimo das instalações, sem o qual nenhum clube poderá participar na Premiership, servirá como base:
4.1 Garantia de propriedade. O clube deve possuir o seu próprio terreno, ou prova escrita de garantia de utilização integral por um período de 5 anos.
4.2 Instalações para espectadores. Entre diversas exigências de segurança e higiene, todas as instalações para espectadores devem ser cobertas, devendo ter pelo menos 2.000 lugares sentados, parque de estacionamento para 200 veículos além dos autocarros das equipas, instalações para deficientes, incluindo áreas de visualização, estacionamento e instalações sanitárias, o rácio das quais deverá estar em consonância com a capacidade do local. Deverão existir instalações de restauração, dentro e fora do recinto, e uma área reservada às refeições das equipas e instalações e serviço de bar para espectadores (Club House). Será obrigatória a produção de um Programa do Jogo de alta qualidade.
4.3 Recinto de jogo e instalações de apoio. Um campo de jogo com as medidas oficiais, que será avaliada por um assessor independente. Vestiários/balneários com instalações sanitárias separados para a equipa visitada e visitante, junto ao terreno de jogo
4.4 Instalações para treino. Acesso garantido a um ginásio e a um campo de treino separado com vestiário/balneário e instalações sanitárias.
4.5 Oficiais de jogo (Árbitros e delegados, conselheiros e avaliadores). Vestiários e balneários com instalações sanitárias separadas para os Oficiais do Jogo. Parque de estacionamento numa área segura, para utilização dos Oficiais de Jogo. Nomeação de um representante do Clube, responsável desde a chegada até à partida, pela segurança, hospitalidade e integração no 3º tempo, dos Oficiais de Jogo
4.6 Assistência Médica. Presença de um médico qualificado e um fisioterapeuta durante o jogo. Salas separadas para assistência médica e fisioterapia, e salas de exames toxicológicos. Acesso de ambulância à área adjacente ao campo de jogo.
4.7 Iluminação, Media, imprensa e instalação sonora. O campo deve estar equipado com um sistema de iluminação artificial e as instalações adicionais devem incluir um pórtico para acomodar as câmeras de televisão e pessoal técnico, pontos de energia, pontos de rádio e linhas RDIS ou equivalente, para utilização pela imprensa, TV e rádio, acesso a áreas reservadas para a realização de entrevistas antes e depois do jogo pela TV, rádio e imprensa, e dispôr de um sistema sonoro cobrindo toda a área do campo para segurança e divertimento dos espectadores.
4.8 Comunicações Electrónicas. O clube deve ter capacidade de comunicar eletrônicamente com os outros clubes e com a federação, incluindo e-mail, fax, telefone / secretária electrónica, hotline no dia de jogo (com detalhes de cancelamentos, mudanças de equipe, etc), site do Clube actualizado regularmente, incluindo instruções de acesso ao terreno de jogo e notícias e informações relevantes sobre o clube.

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