21 de março de 2017

UM CALENDÁRIO PARA O RUGBY PORTUGUÊS *

* Pedro Sousa Ribeiro
A World Rugby anunciou recentemente um calendário para o período 2020-2032 o que permitirá às diversas federações continentais e nacionais organizarem os seus calendários com a devida antecedência, integrando-os nesse calendário global.

Este calendário, um grande passo na estruturação das competições internacionais no rugby mundial, foi conseguido após largas consultas a diversas entidades, desde federações, associações de jogadores, ligas de clubes, etc.
Foi finalizado numa reunião realizada em Janeiro passado em São Francisco por um grupo constituído pelo Presidente, Vice-Presidente, Diretor Executivo, Diretor de Competições, Diretor de Relações Internacionais e Médico Chefe da World Rugby, representantes das federações da Austrália, EUA, França, Irlanda, Inglaterra e Nova Zelândia, Liga Francesa de Clubes, Liga Inglesa de Clubes, Liga Celta de Clubes e Associação de Jogadores Internacionais.

Este acordo, para um calendário para 12 anos a iniciar em 2020, é fruto de um longo trabalho, e segundo a Premiership Rugby, a Liga Inglesa de Clubes,
´´We have all worked hard on this for several years and the significant breakthrough came in January at a meeting of key stakeholders in San Francisco. It proved that if you get the right people in the room, they will find solutions.``

No rugby português tem-se especulado, nos últimos tempos, sobre qual o sistema de disputa de provas mais apropriado ao seu atual estado de desenvolvimento, bem como qual o melhor calendário.

Por que não seguir o exemplo internacional? E constituir um pequeno grupo de trabalho que proponha várias hipóteses, que venham depois a ser discutidas por um grupo alargado representativo dos vários interesses em jogo.

Desconheço se ao nível da direção da FPR, há algum trabalho feito neste sentido mas, caso não haja, seria muito conveniente utilizar uma metodologia similar à seguida pela World Rugby.

Mas, tal como diz a Liga Inglesa de Clubes, é necessário que estejam na sala as pessoas certas. Iniciando-se um processo agora, poderá estar pronto no início da próxima época para aplicar na época 2018/2019. 
E claro, seria um projeto para aplicar em pelo menos quatro a seis épocas. 
Isso permitiria aos clubes, no inicio de uma época, conhecer o que se lhe aplicaria nas épocas seguintes.

E de modo algum, propor algo, a meio de uma época, um sistema e um calendário, que se venha a aplicar na época seguinte.
Pedro Sousa Ribeiro

1 comentário:

Francisco Rocha disse...

Com ou sem calendários ou modelos de provas o rugby nacional está condenado ao escalão que se encontra e a futuro que temos que nos habituar como medíocre .

Os indicios que algo estava errado já existiam há alguns anos , mas esta direcção veio precipitar o eventual enterro do rugby nacional . A imagem da nossa seleção no campeonato do mundo , ou no circuito mundial fará parte de álbum de memórias que jamais se repetirá no futuro .

Posso mesmo afirmar que este presidente de poucas provas dadas , que vinha revolucionar o rugby nacional conseguiu a proeza de colocar um ponto final nas aspirações de voltamos ao panorama internacional . Com o consequente desinvestimento e de apoios a todos os níveis , como seria previsível , só um medíocre poderia pensar que piores resultados e estar longe dos palcos internacionais seria melhor , tudo se torna impossível .

Esta direção tem o mérito de ficar na historia como a que nos conduziu para um patamar que ninguém desejava , mas que eles ao quererem reinventar e desrespeitar a história recente do rugby nacional , estamos condenados a este estado anémico sem perspectivas de futuro .

Um site que mal funciona da FPR que serve apenas para conduzir umas campanhas de marketing para anestesiar ou fazer passar com propaganda enganosa que estamos numa grande fase , é vergonhoso, o desrespeito por clubes , treinadores , jogadores e árbitros , é marca desta direção e sua estrutura , o futuro a Deus pertence mas o do rugby nacional será infelizmente negro .