6 de março de 2017

BELENENSES VENCE CDUL E CONSOLIDA SUA PRESENÇA NO PLAY OFF

O rugby nacional atravessa mais uma crise que a direção federativa não parece ter capacidade de resolver, com a recusa dos árbitros em comparecerem aos jogos até que seja regularizada a divida que a FPR tem com eles, e com o incumprimento das promessas feitas e dos prazos estabelecidos para a realização daqueles pagamentos.

Na verdade esta nova crise não passa de mais uma prova da incompetência do atual elenco diretivo na resolução dos problemas do rugby doméstico, ao qual na verdade não é dada grande importância, como acontece com o rugby fora da Divisão de Honra, e com a a triste situação de estarmos à espera do dia 30 de Abril para divulgar o formato das competições para a próxima época.
Já no ano passado esta situação aconteceu, acabando por passar o prazo e não ter havido qualquer informação sobre as intenções da FPR quanto à matéria.


Será que este ano vamos assistir ao mesmo triste espectáculo?
Porque não se informam os clubes e a comunidade do rugby nacional como vai ser o futuro das competições nacionais?
Porquê fazer segredinho daquilo que mais interessa aos amantes da modalidade?
Já o perguntámos uma vez e voltamos a perguntar: Será que a direção de Cassiano Neves ainda não sabe o que vai acontecer?
E se sabe, porque não o diz? Até parece que está à espera de saber quem são os seis primeiros da Divisão de Honra para tomar uma decisão...
O que a ser verdade deixa em quem gosta de rugby um sentimento de pena por quem tem a bola nas mãos...

E com os árbitros temos mais uma situação que deixa o nosso pobre rugby numa situação que raia o ridículo, com jogos de extrema importância apitados por adeptos pescados na bancada, ou por jogadores das duas equipas.
Para um país que quer estar na luta pela presença nos Mundiais, estamos muito mal...

Mais uma vez a equipa de Cassiano Neves - que passa a semana quase toda em autogestão, já que o seu presidente se mudou para fora de Lisboa, e só vai à Federação de vez em quando - não tem capacidade de resolver uma questão doméstica, mostrando claramente que para o presidente da FPR o rugby nacional não passa de uma chatice, de uma pedra no sapato.

A 15ª jornada da Divisão de Honra
A derrota do CDUL frente ao Belenenses foi a nota de maior realce da jornada, e conjugada com a derrota da Académica frente ao Técnico, deu um forte empurrão à equipa do Restelo para a sua manutenção no grupo do play-off, e complicou a vida da equipa de Coimbra.
Quanto aos outros jogos, os marcadores foram favoráveis às equipas mais fortes e não houve nenhuma alteração na tabela.

ACADÉMICA *15-19 TÉCNICO (2-3)
Num momento decisivo da época a competição mais importante do rugby português está a ser marcada pela ausência de árbitros oficiais. No jogo de Coimbra, disputado entre Académica e Técnico, com as duas equipas com seis vitórias a necessitarem de vencer para assegurarem um dos lugares que dá acesso ao "play off" do título, cada parte foi arbitrada por um ex jogador de cada um dos clubes envolvidos.
No final do 1º tempo os "pretos" venciam por 15-7 com ensaios de Sérgio Franco e Manuel Santos pela AAC e Duarte Marques para o Técnico.
No 2º tempo, a equipa das Olaias faz mais dois ensaios, aos 46 e 57 min, por Kane Hancy e Miguel Oliveira.
O ensaio da vitória, para além de muito contestado pela equipa da casa, suscita legítimas dúvidas dado que o árbitro não viu se o toque na meta foi efetuado dentro do terreno de jogo e solicitou a confirmação ao auxiliar também ele afeto aos lisboetas.
O Técnico esteve melhor nas fases de conquista, particularmente no alinhamento onde, para além de conquistar todas as suas bolas, "roubou" vária ao seu adversário.
É urgente que a FPR resolva o problema da arbitragem que pode influenciar a verdade desportiva e descredibiliza o rugby nacional.

MONTEMOR 13-59* CASCAIS (2-9)
LOUSÃ 12-43* DIREITO (2-7)
CDUP 15-34* AGRONOMIA (0-5)
BELENENSES 15-10* CDUL (2-1)


3 comentários:

Pedro Henriques disse...

Caro Manel, só podemos agradecer a boa vontade aos que se têm disponibilizado para arbitrar os jogos e têm feito o melhor que podem e sabem, numa posição extremamente complicada.

Manuel Cabral disse...

Caro Pedro Henriques, com certeza que temos que lhes agradecer!
Mas não podemos esconder que a situação não devia acontecer, e os responsáveis pela mesma têm que ver a sua incapacidade denunciada e exposta!
Não estão em causa os que colaboram, estão em causa sim, os que dão cabo em pouco tempo do que muitos fizeram durante muitos anos!

Francisco Rocha disse...

Caro Manuel ,
É de mais evidente a falta de capacidade deste presidente e não está à altura dos acontecimentos . Uma brincadeira de crianças , uns meninos do papa que vinham revolucionar tudo , o que se tem visto é um rugby anémico e cujo futuro se deslumbra negro . Os ratos como se costuma dizer saltaram às primeiras dificuldades , o que seria desejável era que este senhor fizesse o enorme favor ao rugby nacional e se demitisse e convocasse novas eleições .
É alguém que não gera pontes com ninguém como se tem visto com a polémica dos árbitros , alias temos árbitros de primeira ( pagos pela FPR e seus assalariados ) e temos os de segunda ( os que esperam pela bondade do pagamento que este presidente considera imoral ) .
Seria hora de colocar o cargo à disposição , depois do frete que veio fazer ao rugby nacional , consegui cavar um buraco desportivo e consequentemente económico desastroso .
As decisões são dadas um tal de G-6 de Lisboa , mandam e desmandam ao sabor dos seus presidentes , não existindo um projecto de futuro , ao qual não chega dizer que se vai ao CM 2023 - é de rir ou melhor chorar .