Aguarda-se o encontro entre CDUP e Belenenses para se ter uma melhor noção de quem terá melhores condições para ficar com o último lugar dos seis primeiros - que pode ter grande importância no futuro da equipa - e ainda o desafio entre Montemor e Lousã para se poder avaliar quem terá maior tendência para ocupar a últimas posição no final da prova.
Se pouca gente acreditava numa surpresa no encontro de hoje a tarde nas Olaias entre o Técnico e a ainda invicta equipa do Direito, também pouca gente pensaria que a deslocação do Direito iria ser um verdadeiro passeio que foi o que acabou por acontecer.
Num campo pesado devido as intensas chuvas que tem caído, o Direito foi superior em todos os aspectos do jogo.
Na formação ordenada a primeira linha do GDD parece ter encontrado a receita certa pois não só aguentou a avançada do adversário como empurrou e ganhou mesmo algumas das formações.
Nos alinhamentos Gonçalo Uva foi sempre maior, ganhou as suas formações e muitas do adversário. Sempre com uma linha avançada mais rápida e eficaz Pedro Leal teve ao seu dispor todas as bolas limpas que precisou para lançar as suas linhas atrasadas onde Vareta, Vilela, Sousa Guedes e Pedro Silvério perfuraram como quiseram e marcaram perante uma defesa quase inexistente por parte dos 3/4 do Técnico.
No final da primeira parte já o Direito tinha garantido o ponto de bónus terminando a mesma com o resultado em 26-10.
Na segunda parte o Técnico veio para campo disposto a mudar as coisas e quase conseguiu mesmo encurtar distancias fazendo dez fases quase em cima da linha de validação do Direito. Mas o Direito se tão bem atacava melhor defendeu e após este ímpeto inicial do Técnico o jogo voltou ao seu normal que se resumiu ao acumular de pontos de GDD.
Jogo dinâmico e pleno de ritmo o que fez com que este se tenha tornado numa agradável tarde de rugby para quem se deslocou as Olaias.
O resultado final de 47-10 peca por escasso pois o GDD poderia ter saído das Olaias com uma vantagem mais dilatada, mesmo após o cartão vermelho a José Maria Vareta, a 15 minutos do fim do encontro.
Jogo muito equilibrado - e pouco produtivo - como o resultado indica, em que tudo se resolveu com recurso a pontapés.
Foto: Filipe Monte |
O Belenenses mantém-se no grupo dos seis, com uma convincente vitória em Montemor, que o afasta mais um ponto da Académica, embora continue apenas com a diferença mínima em relação ao CDUP.
O Montemor continua sem vencer e aparentemente vamos ter que aguardar até ao encontro com a Lousã, para que encontre um adversário ao seu nível, depois de sete derrotas, nas quais cedeu seis pontos de bónus ofensivos.
Note-se que o melhor resultado obtido pelos mouflons foi frente a Académica de Coimbra, no único jogo em que não consentiu o ponto de bónus, sofrendo apenas dois ensaios.
O que se disse em relação ao Montemor é válido para a Lousã, embora graças a um calendário feito com os pés, os beirões apenas encontrem a Académica na segunda metade da prova.
Quem fez e quem aprovou o calendário que distorceu por completo a ideia original de "calendário condicionado" das duas uma: ou estava de má fé pretendendo provar que o "sistema" não funcionava, ou então não faz a mínima ideia do que se fala quando se trata de uma competição a duas voltas..
Devia ser uma competição de ida e volta, mas como se verifica, tem uma volta que não tem ida...
O CDUP aproveitou a visita dos beirões para conseguir a sua segunda vitória na competição - a outra aconteceu frente ao Montemor - e o seu segundo bónus de ataque, e mantém a ameaça ao sexto classificado, o Belenenses.
E, da mesma forma que a Lousã só jogará com a Académica na segunda metade da prova, também o CDUP e o Belenenses só se encontrarão depois de mais de meio campeonato disputado...
Sem comentários:
Enviar um comentário