9 de dezembro de 2010

SEGUNDONA PRECISA DE RENOVAÇÃO (Grupo Norte corrigido)

A QUATRO JORNADAS DO FINAL COMEÇAM A ESTAR DEFINIDOS os finalistas da competição.

Infelizmente a divisão ficou manchada pela vergonha da situação no grupo Sul, que praticamente não existiu e foi abandonado à sua (má) sorte.




É imperioso que seja revista a situação, já que é inadmissível a forma como foram tratadas as equipas do Loulé, Vila da Moita e São Miguel.

Não basta pôr no papel coisas muito bonitas e depois deixar andar.


A Federação tem obrigação de intervir quando surgem situações anômalas, seja na Divisão de Honra ou na Segundona.

E neste caso particular, não se assistiu à tomada de nenhuma medida que reduzisse os efeitos do abandono do Elvas e do Vilamoura

Por outro lado tenho sérias dúvidas se é justificada a manutenção das séries regionais neste escalão.

Ela justifica-se sim, ao nível dos clubes emergentes, mas aqueles que decidem participar em competições nacionais devem estar preparados para isso mesmo: que elas sejam nacionais.

Pretender que a actividade competitiva nacional se resuma a 16 equipas não vai levar o rugby português a lado nenhum, e quem tenha acompanhado o desenrolar desta divisão sabe que existe muito material por explorar e muitas equipas desejosas de competir mais, em melhores condições e com um grau de exigência mais elevado.

É urgente que haja pelo menos, e para já, 24 equipas a participar em competições de âmbito nacional, deixando os grupos regionais para as restantes.

Fique agora com as sábias opiniões do nosso analista Eládio Ribeiro, profundo conhecedor da realidade deste escalão.
NOTA: Na análise do Grupo Norte foi utilizada uma tabela de classificação que não estava correta, pelo que os textos de análise deste grupo foram refeitos e publicados de novo
Aveiro-CRAV B

Campo da Moita da Anadia, Domingo, 12-Dez, 11,00 h

Os moliceiros conseguiram a primeira vitória no seu grupo e vieram baralhar a "ordem natural das coisas" relegando a ERP para o último lugar do grupo e relançando a sua presença neste grupo.
Aliás os resultados dos Aveirenses têm vindo a aparecer em crescendo desde a derrota por 73 pontos sem resposta contra o adversário que esta semana enfrentam, o CRAV B, naquele que foi o seu primeiro jogo depois de 2 épocas sem competir.
Os homens do RUA jogam em casa e querem mostrar que o resultado da primeira volta se deu sobretudo por inexperiência e ansiedade, uma má tarde que não se repetirá neste jogo, que pode ainda deixar em aberto uma inesperada hipótese de apuramento para o grupo principal caso vençam os jogos que ainda faltam disputar.
Os arcoenses têm uma avançada que, embora marcada pela veterania, consegue à semelhança da equipa A colocar muitas dificuldades aos adversários sobretudo nas situações estáticas.
Ao CRAV B, impedido de aceder ao play-off de subida, resta a vitória moral de ser efectivamente a segunda melhor equipa da Zona Norte.


Escola de Rugby do Porto-Guimarães


Complexo Desportivo da Lousada, Domingo, 12-dez, 18,00 h

A ERP tem vindo a acusar falta de soluções e não tem conseguido igualar as brilhantes épocas que fez no passado, tendo inclusivamente chegado às meias finais duas épocas atrás. 
Dito isto, este retrocesso que leva a equipa estar em último no seu grupo só pode ser desanimador e apenas uma vitória contra os rivais regionais de Guimarães pode ajudar a lamber as feridas de uma época, até agora decepcionante.
Os portuenses esperam que o mau momento de Guimarães não tenha terminado na deslocação aos Arcos e contam com que o moral dos visitantes seja ainda menor que o seu.
Guimarães ganhou na primeira volta com ponto bónus, com uma primeira parte muito forte onde marcou 3 ensaios sem resposta controlando o jogo na segunda parte e marcando o ensaio que deu ponto bónus e um resultado final de 22-10.
Aos Bravos uma vitória contra a ERP e uma derrota dos moliceiros pô-los-à numa posição priviligeada para poder passar à segunda fase onde Famalicão e Agrária aguardam pelos restantes adversários.


Lousã B-Caldas

Estádio de Rugby José Redondo, Lousã, Sábado, 11-Dez, 14,00 h
O ano não está a ser o melhor para os lados dos serranos já que a sua equipa A está longe dos seus objectivos e a equipa B também não tem mostrado resultados que se possam chamar de brilhantes.
A equipa B da Lousã, sabendo de antemão que não pode disputar os jogos de subida tem-se limitado a tentar vencer em casa e não perder por muitos nas saídas.
A equipa finalista do play-off de súbida do ano passado está a apenas duas vitórias de assegurar um lugar novamente na luta pelo título e esta deslocação dever ser enfrentada com muita seriedade.
OS Caldenses quererão repetir os últimos resultados frente à Lousã já que conseguiram ganhar por 38-0 na primeira volta, e venceu por 15-3 na última vez que foi jogar ao antigo Campo de Santa Rita, agora Estádio de Rugby José Redondo

Javalis-Agrária

Complexo Desportivo das Caldas da Rainha, Sábado, 11-Dez, 15,00 h
O resultado da primeira mão com 128 pontos sofridos sem resposta pelos Javalis, revela bem o caráter deste encontro.
Um jogo de sentido único onde resta aos Javalis terem como objectivo diminuir o número de pontos sofridos para metade, o que seria muito bom, e tentar marcar o primeiro ensaio da época.

Bairrada-Tomar

Campo da Moita da Anadia, Domingo, 12-Dez, 15,00 h
Duas equipas ainda com uma réstia de esperança em conseguir um lugar no play-off. O Bairrada que joga na sua casa tem tentado mostrar que a renovação da equipa não é justificação para não conseguir resultados positivos.
A equipa bairradina tentará impor o seu ritmo no seu campo e com isso repetir a vitória do ano passado onde conseguiu 36 pontos contra apenas 5 sofridos o que deu ponto extra.
A equipa de Tomar é uma incógnita pois não sabemos até que ponto a sua ligação com o CDUL poderá levar a que alguns jogadores daquele clube possam, mais uma vez, dar uma "perninha" pelos Tomarenses e ajudar a arrancar uma vitória que será muito difícil de conseguir sem essa ajuda.

Técnico-Santarém

Campo das Olaias, Lisboa, Sábado, 11-Dez, 15,00 h
A equipa satélite da AEIS Técnico é uma candidata à subida, ao contrário do que aconteceria se fossem apenas equipa B do Técnico, e como tal poderemos ter, no próximo ano duas equipas das Olaias nas duas divisões superiores do Rugby Nacional.
O Técnico apenas precisa de mais uma vitória para garantir o seu lugar no play-off, mas o Santarém não deverá querer ser o bombo da festa, sabendo ainda que poderá estar a "ajudar" o Belas a passar para a sua frente.
Um jogo onde o árbitro deverá ter muito trabalho dada a forma muito aguerrida (por vezes no limite) como os escalabitanos enfrentam todos os jogos, mas a derrota que sofreram na primeira volta em Santarém (21-26) demonstra que os engenheiros sabem agüentar a pressão.

Belas-Oeiras

Campo 1º de Maio, Agualva, Domingo, 12-dez, 14,00 h
O Belas joga em casa, mais uma vez para não deixar o seu adversário na subida (Santarém) se distanciar.
Aliás, a equipa da serra de Sintra, apesar de ter menos um jogo e cinco pontos, tem, para já, vantagem no confronto directo, o que só pode servir como tónico inspirador para vencer os rivais de Oeiras que na primeira volta apenas de pontapé conseguiram mexer no marcador perdendo por 3-29, num resultado semelhante ao do jogo correspondente do último ano (8-23)
O Oeiras, ainda sem pontos quererá fazer a melhor figura possível e tentar fazer alguns pontos de jogo atenuando a diferença qualitativa entre ambos.
Jogo de vitória obrigatória para o Belas que esperará, também, que o Técnico cumpra a sua missão e derrote os rivais de Santarém.

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