8 de fevereiro de 2017

BOLAS CURTAS EM TEMPO DE DESPEDIDA*

* Eládio Ribeiro
Faleceu na passada segunda feira o antigo Springbok Joost van der Westhuizen um dos heróis Sul Africanos do Mundial de 1995.
O antigo jogador que sofria de Esclerose lateral amiotrófica também conhecida por doença de Lou Gehrig e doença de Charcot, morreu em casa rodeado da família.
O combativo médio de formação, mundialmente conhecido pelo peso que teve na conquista do RWC 1995, sobretudo na final onde a sua memorável placagem a Jonah Lomu - que infelizmente também já partiu - se tornou numa das imagens da equipa.Joost sofria de ELA desde 2011 tendo criado a J9 Foundation, que visava sensibilizar, financiar e apoiar a investigação da sua doença após diagnosticado com a doença.
Os jogos do próximo fim de semana das 6 Nações, 6 Nações juniores, 6 Nações feminino e Americas Championship farão um minuto de silêncio em honra do jogador indigitado no Hall of Fame da World Rugby.

A Escócia versão 2017 entrou no 6 Nações escancarando a porta e mostrando a todos que aquela seleção que tinha garra, jogava bem mas ficava sempre a porta dos bons resultados foi substituída por uma versão melhorada que para além de praticar um rugby vistoso e aberto também ganha jogos e ganha de forma convincente. 
A sua vitória frente aos segundos favoritos, os Irlandeses, só não foi mais enfática porque os homens da seleção do trevo conseguiram na segunda parte esboçar uma resposta a primeira parte avassaladora da seleção do cardo que ao intervalo dominava por esclarecedores 21-8. 
No final do jogo os Escoceses que dominaram largas partes do jogo saíram vitoriosos 27-22.

A Inglaterra também teve uma tarde horrível no seu quartel-general de Twickenham para vencer os Gauleses, de volta a um rugby mais atrativo e de acordo com o seu ADN, e só o conseguiu fazer graças ao ensaio do suplente Ben Te'o. 
O ex internacional de rugby league por Samoa conseguiu o único ensaio dos Ingleses jano minute 70 numa altura em que a seleção da Rosa perdia contra os Les Bleus. 


O resultado final de 19-16 deixa, no entanto, a seleção de Eddie Jones na rota de um segundo Grand Slam e com um total de 15 vitórias seguidas desde que o Australiano assumiu a seleção Inglesa.

O país de Gales conseguiu a vitória mais folgada da primeira jornada ao levar de vencida os Italianos por 33-7. 
Ainda assim os números da vitória não contam as dificuldades de Gales em transpor a linha de meta adversária, já que ao intervalo era Italiano que vencia por 7-6. 
A segunda parte mostrou a diferença dos bancos de ambas as equipas já que à medida que o jogo passava as pernas italianas iam se cansando e aqueles que saiam do banco não conseguiram parar a melhor capacidade Galesa.
No próximo fim-de-semana a Itália recebe no Stadio Olimpico de Roma a Irlanda num confronto de derrotados da primeira ronda, a França jogará em casa no Stade de France contra os aguerridos Escoceses e a Inglaterra viaja até ao outro lado do rio Severn para, no Milennium Stadium de cúpula fechada, defrontar os Galeses.

O torneio que reúne os melhores conjuntos de rugby do continente Americano começou, á semelhança do Torneio das 6 nações este fim-de-semana e o Brasil entrou neste Campeonato de forma impressionante ao conseguir um resultado histórico batendo o Chile por 17-3 no estádio Pacaembú de São Paulo. 
As cerca de 5 mil pessoas presentes apoiaram entusiasticamente a primeira vitória de sempre dos Tupis frente aos Condores, demonstrando que o rugby no Brasil continua com um crescimento notável, fruto também do legado dos jogos Olímpicos na disseminação da modalidade na comunidade local.
Nos outros jogos os Jaguares (segunda equipa da Argentina) bateu os Canucks a jogar em casa, num campo cheio de neve e em condições climatéricas adversas por 20-6, e o Uruguai foi batido pelos EUA por 26-23 no Toyota Field Stadium em San Antonio no Texas.
Na segunda ronda os Tupis viajam até aos Estados Unidos enquanto que os Jaguares recebem os vizinhos do Uruguai, por último os Canucks e Condores medem forças no frio do Canadá.

A apenas alguns meses de começar o tour de uma das mais míticas equipas de rugby do planeta as casas de aposta britânicas estão num frenesim sobre as “odds” de cada jogador de ser selecionado, mas sobretudo sobre quem Warren Gatland depositará a confiança de capitão. 
De momento os capitães Alun Wyn Jones (Gales) Rory Best (Irlanda) e Dylan Hartley (Inglaterra) surgem por esta ordem como os favoritos na casa de apostas William Hill, mas logo a seguir aos capitães surgem Sam Warburton (Gales capitão do Tour de 2013) e Owen Farrell (vice capitão Inglês) que se for escolhido para o tour será mais uma vez treinado pelo seu pai Andy Farrell. 
Numa posição já mais distante os bookmakers ingleses põe o jovem segunda linha Maro Itoje que aos 22 anos tem tido uma ascensão meteórica no rugby Britânico.

A África do Sul parece não ter rival a altura no Circuito Mundial de Sevens e conseguiu este fim-de-semana a quarta final e o terceiro título em outros tantos torneios do circuito. 
Os Blitzbokke terminaram o torneio de Sidney com uma vitória frente aos Ingleses por 29-14 a vingar o resultado da final do torneio em Cape Town. 
Os Sul Africanos chegaram à final depois de baterem os homens da casa nas meias por 26-12 e os Estados Unidos nos quartos da Cup por 21-10.
Neste momento os Sul Africanos seguem destacados na liderança do circuito com 85 pontos (em 88 possíveis), com a Inglaterra na vice-liderança com 68 pontos. 
No terceiro posto do circuito Mundial surgem as Fiji com 64 pontos que em Sidney não foram além da disputa pelo 5 e 6 posto, onde bateram os Americanos por 35-12. 
Em quarto lugar com 56 pontos a Nova Zelândia recuperou este fim-de-semana alguns pontos aos fijianos ao terminarem em terceiro depois de baterem os Australianos por 29-14. 
Das equipas residentes o cauda do pelotão deste ano é o Japão que vê a sua posição cada vez mais difícil ao somar apenas 8 pontos e com uma diferença de outros 8 pontos para a Rússia que segue imediatamente acima dos nipônicos.

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