13 de fevereiro de 2017

NA LUTA DOS ÚLTIMOS MONTEMOR SAI POR CIMA

A vitória da Académica frente ao CDUP com direito a ponto de bónus, põe os pretos definitivamente na corrida por um lugar do play-off, com o Belenenses a quatro pontos e com o segundo jogo entre as duas equipas, em Coimbra, a ter lugar no fim de semana 18/19 de Março.

Em Montemor no segundo embate entre os dois últimos - o Montemor vencera com facilidade na Lousã - os mouflons venceram por 33-8, pondo nove pontos entre as duas equipas, na tabela classificativa.

Com o inesperado adiamento do jogo entre o Técnico e o Cascais, e as folgas do Belenenses e de Agronomia,  todos os olhos se concentraram em Monsanto onde o Direito venceu o CDUL pela margem mínima, mantendo a liderança e a invencibilidade - o seu único deslize foi um empate no Porto.

Pedro Pinto Fernandes
Um Direito-CDUL é sempre um chamariz para uma boa tarde de rugby, pois a rivalidade entre os dois emblemas tem-se vindo a acentuar principalmente nos últimos anos em que têm partilhado os títulos nacionais com ligeira vantagem para os advogados.
Hoje não foi excepção embora as duas equipas se encontrem em posições diferentes na tabela, Direito em primeiro invicto e CDUL em quarto.
E não foi ainda desta vez que o Direito perdeu a sua invencibilidade no campeonato vencendo por 10-9, embora o resultado final não espelhe o que se passou em campo. 
Num dia chuvoso e frio e num terreno pesado, o Direito apresentou-se em campo algo transfigurado pois os seus dois centros, Manu e ZM Vareta, se encontram a braços com graves lesões.
Igualmente Gonçalo Uva não pode dar o seu contributo à equipa por se encontrar ainda em recuperação de lesão.
Assim, o GDD entrou em campo com Sousa Guedes na posição de abertura, sendo Dias o médio de formação, passando Pedro Leal para defesa e entrando Afonso Vareta para centro e o retornado Ferrador para ponta.
Do lado do CDUL, que tem demonstrado estar a passar uma momento de baixa de forma, Gonçalo Foro não jogou e Villax apenas entrou a meio da segunda parte, possivelmente também em período de recuperação de lesão. 
O Direito dominou a seu bel prazer toda a primeira parte do jogo, confinando o CDUL à sua linha de 22 tendo apenas por uma vez conseguido chegar à linha de 22 metros da equipa da casa. 
Não foi de estranhar portanto que os advogados se adiantassem no marcador através de uma saída rápida de Fragoso Mendes para o lado fechado onde encontra Salvador Palha solto para o ensaio que acabou por ser o único do jogo. 
Da primeira parte há a destacar apenas mais uma penalidade para cada parte ficando assim o resultado em 10-3 para o Direito. 
Na segunda parte o CDUL entra mais forte e dominador conseguindo colocar o jogo a meio campo e à entrada do campo do GDD onde, através de duas faltas no chão dos advogados, transforma duas penalidades colocando assim o marcador no que viria a ser o resultado final de 10-9.
O CDUL nunca incomodou seriamente o GDD apesar de um resultado final tão próximo, tendo os advogados falhado pelo menos dois ensaios, que não aconteceram por culpa própria e não do adversário. 
Esta derrota coloca o CDUL numa posição que pode vir a ser delicada pois o seu calendário pode obrigar a uma disputa de uma meia final com um dos candidatos ao título (Cascais ou Agro) com quem já perderam esta época. 
O Direito por seu lado continua invicto na sua caminhada para revalidar o titulo.
Como MVP tem que se nomear Salvador Palha pois além de ter sido o marcador do único ensaio do jogo foi decisivo tanto no ataque como na defesa aparecendo diversas vezes no meio das linhas atrasadas colocando assim grandes dificuldades à defesa do CDUL.


A boa réplica do CDUP manteve os 6-6 até aos 37 minutos de jogo, quando, naquele que foi o melhor momento deste primeiro período, com Manuel Queiróz furando a defesa e em sprint de 40 metros a marcar o primeiro ensaio dos pretos e fazer os 11-6 que se verificavam ao intervalo.
No segundo período o jogo teve mais qualidade com as duas equipas a apresentarem várias ações de elevado gabarito. 
Melhor a Académica, particularmente na formação ordenada e na organização defensiva, justificando os três ensaios que marcaria neste período e o ponto bónus ofensivo que lhe permite manter aspirações à conquista de um lugar nos "playoff".
A equipa de Coimbra afastou-se do CDUP e está agora apenas a quatro pontos do Belenenses que terá de visitar Coimbra nesta segunda volta da competição.
De assinalar a excelente atitude e capacidade de luta das duas equipas e a determinação com que o CDUP tentou nos momentos finais anular o ponto bónus do adversário.


O Montemor repetiu em casa a vitória conseguida na Lousã, e os beirões ficam assim (provavelmente) condenados à última posição da tabela classificativa final.
Sabemos que ainda faltam realizar cinco jogos para completar a prova, mas será preciso um verdadeiro milagre para que a Lousã recupere os nove pontos que tem  agora de atraso na classificação, em relação ao penúltimo da mesma, o seu adversário deste fim de semana.
Sem saber se vão continuar na Divisão de Honra, em função de um eventual alargamento da mesma para 12 equipas (dois grupos de seis), ou se serão acompanhados pelo Montemor na descida de divisão (em função de uma eventual redução de 10 para oito equipas na DH), os beirões podem ainda fazer alguma gracinha nos embates que faltam, para não terminarem apenas com os pontos atribuídos quando não jogaram.
O Montemor cumpriu o seu primeiro objectivo - fugir ao último lugar - e vai ficar também na expectativa das surpresas que a FPR reserva para a próxima época.

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