12 de janeiro de 2015

VILA DA MOITA EM GRANDE VENCE SPORTING E VOLTA AO GRUPO DOS SEIS

A grande vitória do Vila da Moita sobre o Sporting coloca de novo a equipa ribatejana no grupo do play-off é claramente o destaque do fim de semana, embora haja outros motivos de interesse.

Infelizmente um deles foi a pesada derrota do Vitória de Setúbal na Lousã, que deixam bem clara a diferença entre o primeiro e o último da tabela.

Em Santarém os cavaleiros bateram o Loulé e asseguram a sua invencibilidade no novo campo, que parece favorecer as suas cores.

Nas Caldas os pelicanos bateram os buldogues que mesmo assim mostraram ser capazes de conservar uma posição fora da zona de rebaixamento e, por fim, na Sobreda o Évora foi superior e bateu o Benfica - que conseguiu o bónus defensivo - mantendo-se a menos de um ensaio do comandante.


RC LOUSÃ *109-0 VITÓRIA RUGBY (17-0)* 

Estádio José Redondo, Lousã, sábado, 14 h
Foi um jogo de sentido único - como é usual dizer-se nestas ocasiões - cuja principal diferença para jogos anteriores, foi a dos beirões terem utilizado muito mais o jogo pelas linhas atrasadas, conseguindo assim, com esse jogo mais vistoso e bem adaptado ao diferencial entre os dois contendores, galvanizar várias vezes o público presente.
Por outro lado os sadinos, salvo numa ou noutra ocasião, evitaram sempre recorrer ao anti-jogo, pelo que o tempo de jogo jogado foi bastante elevado. De resto até ao último minuto os visitantes actuaram como se estivessem a começar o encontro, merecendo por inteiro as muitas palmas que receberam no final.
* José Redondo

BENFICA RUGBY *6-13 CR ÉVORA (0-1)
Campo de Atletismo, Sobreda da Caparica, sabado, 14 h
O jogo entre o segundo e o terceiro da tabela classificativa foi um bom jogo de rugby, entre duas equipas muito equilibradas em que os chaparros souberam aproveitar as ocasiões que tiveram para marcar .
O jogo foi disputado principalmente entre as duas linhas de 22, com as defesas a superiorizarem-se aos ataques, acabando o Évora ora por ser um justo vencedor, já que nunca permitiu ao Benfica grandes oportunidades para chegar a sua área, controlando o jogo quer nas fazes estáticas - grande superioridade na formação ordenada - quer no jogo aberto, tendo tido - e aproveitado! - as melhores oportunidades para marcar.

CALDAS RC 21-0 CR SÃO MIGUEL (3-0)
Estádio de Rugby, Caldas da Rainha, 15 h
Tarde agradável, bancadas compostas - dia com jogos dos vários escalões sub-16 e sub-18, demonstrando que o Rugby está vivo nas Caldas da Rainha fruto do trabalho empenhado e competente, embora com muitas dificuldades, da Direção e Equipa Técnica Pelicana.
Vitória clara e justa do Caldas, ainda com limitações, fruto de indisponibilidades por época de frequências e exames, compromissos laborais e fruta da época ... gripes, frente a um S.Miguel, melhor do que na 1ª volta, num percurso natural de desenvolvimento.
Entrada forte dos Pelicanos, por diversas vezes à beira do ensaio, jogadas não concretizadas por faltas atribuídas na formação da mêlée, critério não percebido inicialmente pelos avançados da casa.
Nos primeiros 20 minutos assistiu-se a esta toada de domínio Caldense, contudo sem alteração do marcador.
Os 10 minutos seguintes intensificaram a pressão Pelicana concretizada com ensaio transformado, após penetração da 2ª linha na sequência de recuperação defensiva da linha avançada - os Caldenses estiveram superiores neste domínio, tentando o S.Miguel contrariar mas com recurso a faltas..
Reagiram os Bulldogs, beneficiando de 2 penalidades com condições de transformação, mas o seu chutador não de mostrou eficaz.
Intervalo com 7-0 a favor da equipa da casa, absolutamente merecido.
A 2ª parte iniciou-se com uma oportunidade de marcação dos visitantes, em contra-ataque,, bem defendida pela última defesa Caldense.
A lesão do capitão Caldense cerca dos 10 min. proporcionou uma fase repartida, com erros de decisão de jogadas, de parte a parte - os Pelicanos não aproveitaram duas penalidades ao tentarem jogar rápido.
Cerca do 20 min. o Caldas viu o seu sub-capitão amarelado, na sequência de jogada perigosa de ataque da equipa da casa, no entanto perdida por jogo perigoso do seu jogador ao tentar evitar a placagem.
Quando se esperava a pressão do S.Miguel assistiu-se a uma forte defesa dos Caldenses, ganhando sistematicamente os alinhamentos, as melées e lutando com determinação pela posse de bola.
Nos últimos 10 minutos, já com o XV completo os Pelicanos resolveram o jogo, com dois ensaios do seu sub-capitão, entretanto regressado ao jogo, ambos transformados.
Em resumo, vitória da melhor equipa, que jogou concentrada, lutadora e empenhada em reverter a fase menos conseguida, que talvez tenha ficado a dever a alguma falha de interpretação dos critérios de arbitragem a conquista do ponto bónus.
Jogo competitivo do S.Miguel, claramente a demonstrar que está no caminho da melhoria contínua.

SPORTING RUGBY 13-37* RUGBY VILA DA MOITA (1-5)
Estadio Universitario, Lisboa, domingo, 15 h
Com o inicio do novo ano e sob um sol brilhante começou a 2ª volta do CN 1ª Divisão, com um excelente jogo de rugby no relvado 2 do EUL.
Foi de facto um jogo musculado, leal e disputado a um ritmo altíssimo, com um equilíbrio enorme na 1ª parte, onde o SCP conseguiu alguma vantagem territorial ao longo dos 40m iniciais, mas sem conseguir traduzir esse domínio territorial em pontos.
O que se passou foi a abertura do resultado pelo Flávio do RVM, concluindo uma excelente abertura ao pé do abertura Pedro Silva, para a sua ponta esquerda, e abrindo uma auto estrada para um ensaio muito bonito.
Reagiu o SCP com uma penalidade transformada que colocou o resultado em 3-5.
Quase de imediato volta o RVM a repor a diferença através de uma penalidade transformada.
Num jogo com algumas penalidades assinaladas pelo arbitro António Moita, que teve sempre o jogo seguro e bem controlado, volta o SCP a colocar-se de novo a 2 pontos do RVM.
Intervalo chega com uns equilibrados e justos 6-8 .
O melhor estava para vir na 2ª parte para gáudio dos muitos apoiantes do Sporting que deram o habitual brilho com as suas bandeiras e faixas, e das dezenas de apoiantes que vieram da Moita que nunca regatearam apoio á sua equipa.
E foi uma 2ª parte aberta com os atletas a darem tudo pelo resultado.
O SCP abrindo bem as bolas para os 3/4, quase sempre neutralizados pelas intrataveis linhas atrasadas ribatejanas, e o RVM a lançar ataques cada vez mais letais sobre o desamparado nº15 verde e branco.
Mas foi com um soberbo ataque desde a sua linha de 10m do regressado capitão moitense que o jogo deu a volta.
Vale a pena falar deste ensaio, o Natas recolhe a bola num ruck junto á sua linha de 10m e ao longo de 60m vai atacando os seus adversários que um a um ficam pelo caminho. Uma cavalgada onde deixou no chão seis adversários que foram incapazes de o parar.
Não mais o SCP se encontrou, e entre bonitos ataques dos 3/4 da Moita e bons lances dos avançados verdes lá se foi avolumando o resultado para os lados dos homens da outra margem.
Nota ainda para uma placagem do outro mundo que o 2º centro verde e branco realizou mesmo em cima da linha fatal, recuperando cerca de 10m a um atleta da Moita que corria isolado para mais um ensaio. Uma placagem por trás que levantou aplausos de ambas as claques, e deve ter sido gravado pelo "drone" que vadiou sobre o campo durante todo o jogo.
Nesta 2ª parte o Sporting marcou e transformou um ensaio, perante quatro ensaios, três transformações e uma penalidade para os Moitenses.
(Resultado corrigido conforme confirmação do árbitro da partida)

CR LOULÉ 0-22 CR SANTARÉM (0-3) inversão de jornada
Campo da EPC, Santarém, sábado, 15 h
Foto: Thani Assiz
Resultado de grande importancia para a definição da segunda metade da tabela classificativa, com os
cavaleiros a conseguirem um excelente triunfo e, graças a ele, a afastarem-se da zona perigosa, estando agora a três pontos do grupo do play-off.
O Loulé está numa posição difícil, com apenas um ponto de vantagem sobre o Vitoria de Setúbal, que defronta no proximo fim de semana, numa partida que vai com certeza ter influencia na classificação final da competição


Foto de capa: Filipe Monte

6 comentários:

Anónimo disse...

Nem tanto ao mar nem tanto à terra, como diz o povo.

Os muitos apoiantes do Sporting não chegariam às duas dezenas e bandeiras ... eram 2. Quanto a dezenas de apoiantes que vieram da Moita ou foram para o Corte Inglês ou não apareceram pelo EUL. Eram muitos, sim é verdade, mas dezenas..

É também verdade que foi um jogo rijo, com muito contacto físico (afinal, o rugby é isso mesmo) mas fruto das dificuldades de manobra de ambas as equipas e das limitações ao nível da técnica individual. Regista-se um sem número de avants das duas equipas.

O Moita soube explorar melhor o jogo e cada vez que um dos jogadores da sua linha de 3/4 se conseguia libertar era uma carga de trabalhos para o SCP. Bons pormenores do n.º 8 e 10, dupla que faz andar toda a equipa.

Do lado do SCP, que dominou nas melées, apesar dos ensaios sofridos, defendeu bem e com garra. Pena foi que nas várias ocasiões de ataque, umas por inépcia, outras por algum individualismo, não conseguissem concretizar jogadas de ensaio quase feito. Destaca-se o n.º 8, sempre muito ativo e a puxar pela sua equipa.

Sem desprimor para o Moita, diria que o resultado é um pouco penalizador para o Sporting. Mas os últimos 20 minutos da segunda parte foram complicados.

Anónimo disse...

Quem jogou a 8, pelo Sporting?

Anónimo disse...

Quais foram os resultados da Segundona? Era possível actualizar a janela "Jogos da Semana". Obrigado pela informação e pelo trabalho fantástico!!!

Anónimo disse...

Que essas dezenas de Adeptos se tornem em centenas, e que a magia do Rugby continue com os adeptos misturados e cada um a puxar pela sua equipe isto é o Rugby, e que esta primeira divisão que esta um tanto confusa como desputada continue a dar que falar!!

Anónimo disse...

Salvador Batata de Sousa

Anónimo disse...

Se duvidas existissem sobre qual é neste momento a melhor equipa nacional, elas deixaram de existir no Sábado com a expressiva vitória do CDUL sobre o Técnico.

Parece-me que nesta fase regular existirá um vencedor incontestado, o CDUL e três equipas muito próximas em valor (mas muito diferentes no tipo de rugby jogado) a jogar para o segundo lugar (Direito; Cascais e Técnico). Vamos ver qual delas jogará a meia-final em casa.
Se é veredade que o Direito é em teoria a mais forte, na verdade esta equipa não tem crescido ao longo do campeonato, ao contrário do Cascais que cresce de jogo para jogo. O Direito tornou-se uma equipa previsível e o Cascais uma equipe com um rugby entusiástico (fruto da juventude da equipa). O titulo de equipa imprevisível vai para o Técnico de quem estamos sempre á espera que surpreenda o Direito ou o CDUL (Tenho a sensação que ainda não será no próximo jogo), mostrando o potencial que se lhe advinha.

Sem duvida uma Segunda Volta e uns Play-Off cheios de interesse. Se a isto juntarmos uma Selecção Nacional que nos abriu a todos o apetite com a agradável surpresa frente á Namíbia, pode ser que venhamos a ter muitos e bons jogos de Rugby.

Uma palavra sobre ao CDUP, que bom e que agradável é o seu Rugby e sobre a Agronomia, mais tarde ou mais cedo esta equipa vai por em campo todo o seu potencial.


Gaspacho Y Migas