30 de janeiro de 2015

AGRONOMIA VISITA MONSANTO E DUELO DE AFLITOS NO RESTELO *

* António Henriques
A uma semana do arranque da Taça Europeia das Nações com a receção em Lisboa à poderosa Roménia, e antecedendo dois fins-de-semana sem jogos para a DH, realiza-se amanhã por inteiro a 15.ª jornada da DH com duelos cruzados entre equipas dos dois grupos, pelo que não haverá lugar a ripanços para qualquer formação. Joga tudo minha gente.

Quer-se dizer, toda a minha gente não será bem o termo correto, pois teremos uns quantos jogadores envolvidos nas seleções de XV e sevens que estão impedidos de o fazer, pelo que mais uma vez há condições para poderem ocorrer surpresas. 
Que eventualmente tenderão a desvirtuar a classificação, mas lá que apimentam o campeonato, disso não tenham dúvidas.
Eis o programa completo desta 15.ª jornada, onde ressaltam os duelos de Monsanto e do Restelo, o primeiro com eventual influência nas posições de topo e o segundo vital para o ordenamento no fundo da tabela:

DIREITO-AGRONOMIA (Monsanto, 14.00)
Este clássico de Monsanto – não será bem um “Rio Bravo” ou um “Casablanca”, mas para o nosso râguebizinho indígena mexe sempre com algumas emoções – será marcado pelas ausências nas duas equipas, não só derivadas de lesões mais ou menos prolongadas em peças importantes, mas também pelo seu envolvimento nas equipas de Portugal. 
Direito estará sem 9 elementos (mais por causa dos sevens que do XV, o que não deixa de ser significativo e curioso…), enquanto Agronomia terá Bernardo Campelo, Manuel Murteira e José Leal da Costa de fora.
Por tudo o que se viu esta temporada e pese embora surgirem fragilizados, os advogados partem na frente. Mas atenção que os agrónomos vêm de três êxitos seguidos e mesmo cheios de problemas para formarem uma 1.ª linha consistente, podem atrapalhar…

BELENENSES-CRAV (Restelo, 15.00)
Quem diria, no início da temporada, que em vez dos renhidos e tradicionais duelos com Direito, CDUL ou Agronomia, seria numa partida com o CRAV que os azuis iam definir muito do seu futuro na época? Caspité!
Pois é verdade, com o triunfo minhoto no sábado diante da Académica, a equipa de Arcos de Valdevez ultrapassou a formação do Restelo no 8.º lugar, somando agora 3 vitórias contra apenas 2 do Belém!
Claro que não há memória de derrota azul nestes confrontos diretos – na 1.ª volta registou-se vitória visitante por 14-3 e na época passada, por exemplo, o Belenenses ganhou em casa por concludentes 54-3 – mas a equipa de João Uva (alinhará em que posição amanhã? Será que é desta que joga a talonador? Aceitam-se apostas) continua sem conseguir desenvolver um jogo sólido, consistente… e eficaz. Também não terá Diogo Miranda nem Bernardo Seara Cardoso (nos sevens), mas ainda assim é ligeiramente mais favorita, até porque o CRAV viaja mal e continua sem conseguir vencer fora de casa. 
Mas também já não ficaríamos de boca aberta se se estreasse nesta vinda ao Restelo…

ACADÉMICA-CASCAIS (Sérgio Conceição, 15.00)
Surpreendentemente (ou talvez não…) batida na última jornada em Arcos de Valdevez, a Académica regressa ao conforto do lar tentando afogar mágoas perante um quinze que, com exceção dos dois primeiros e do Técnico na semana passada, tem vindo a superiorizar-se à demais concorrência sem grandes embaraços, como aconteceu no jogo da 1.ª volta no qual os homens da Linha venceram por claros 37-8 (5-1 em ensaios).
Na época passada as coisas foram bem mais complicadas, com os visitantes a saírem por cima por curtos 20-17 e 2 ensaios para cada lado. Mas apesar dos 5 cascalenses ausentes pelas equipas das quinas – já os pretos têm só o centro João Diogo Silva em viagem para Wellington e Las Vegas – não vemos como a equipa da casa, cheia de lesionados e impedimentos, possa interromper a sua atual série de três derrotas consecutivas.

TÉCNICO-RC MONTEMOR (Olaias, 15.30)Uma das equipas que mais ensaios marca (59 até aqui) recebe aquela que mais concede (86), o que só pode augurar um triunfo robusto para os engenheiros que só têm 2 atletas envolvidos nos trabalhos da seleção de XV. Permitindo, por exemplo, que o 3.ª linha kiwi Sam Henwood – um dos segundos melhores marcadores, com 8 ensaios, só atrás de Gonçalo Foro (9), que continua afastado dos relvados – se possa isolar no topo dos marcadores.

CDUL-CDUP (Leça da Palmeira, 18.00)*Descontando os 15 (!) jogadores que os campeões nacionais terão de fora por mor das duas seleções, Damien Steele ainda terá à sua disposição muito boa gente no rico plantel capaz de ir ao Porto e regressar mantendo a invencibilidade na prova.
Tal como há uma semana, a jovem formação do CDUP poderá tentar adiar o inevitável desaire e, quem sabe, arriscar a obtenção de um ponto de bónus que, na dura batalha pela presença no play-off do título, saberia a mel.
* Inversão de jornada





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