19 de outubro de 2014

NA DH CAMPEÃO CONTINUA NA LIDERANÇA COM MÁXIMO DE PONTOS *

*António Henriques
Quatro vitórias e 21 ensaios marcados contra quatro consentidos foi o registo alcançado pelos favoritos numa 3.ª jornada da DH sem surpresas, já que as equipas mais apetrechadas não facilitaram e, com exceção do Técnico, acabariam todas por somar ponto de bónus. 

CDUL e Cascais, como se esperaria, mantêm-se invictos, estando os universitários na liderança com o máximo de pontos possíveis (15).

BELENENSES 12-31* CDUL (2-5) no EUL por troca de campo
Sem sair do remanso do lar desde o início da prova (sem culpa própria, bem entendido...), o CDUL venceu o Belenenses num jogo em que merece ser enaltecida a excelente atitude competitiva dos homens do Restelo, que mesmo com as conhecidas insuficiências no seu plantel, não só se bateram
Foto: Luis Seara Cardoso
de olhos-nos-olhos com o seu credenciado adversário, como até em largos momentos, o superaram.
Quanto aos campeões nacionais, e apesar de mais um triunfo bonificado (o terceiro em três partidas), ficaram a dever a si próprios uma melhor exibição, pois mesmo sem os importantes Gonçalo Foro, Carl Murray, Frederico Oliveira e Francisco Appleton, exigir-se-ia mais ao seu vasto leque de jogadores. 
Mas crítico é crítico, está ali para dizer mal e a época vai ser longa, não é Damien? 
E, por acaso, viram a exibição produzida pelo bicampeão europeu Toulon, recheado de estrelas, na ronda inaugural da European Champions Cup? Pois...
Em modo ‘rolo compressor’ em alguns momentos, o CDUL marcaria o primeiro dos seus quatro ensaios na 1.ª parte logo aos 5’ através de Geordie McSullea (que bisaria em cima do intervalo). 
Os azuis claros igualariam por intermédio do (no sábado) ponta Hugo Valente, mas Tomás Appleton, no mais belo lance do jogo e após combinação com o defesa Nathan Munro, e também Bernardo Canas, dariam uma vantagem no descanso de 26-7.
Logo no arranque do 2.º tempo – minuto inicial e aos 46’ – o CDUL teria dois jogadores com cartão amarelo (Canas e Nathan Munro) e iria sofrer forte ataque do quinze do Restelo, que caiu literalmente em cima do adversário. 
Mas mostrando alguma inexperiência e clara incapacidade para marcar, só aos 63’ chegaria ao ensaio pelo ponta Vasco Poppe (26-12). 
Com a entrada de Francisco Pinto de Magalhães (seja bem-vindo!) o CDUL melhorou e finalmente alcançaria o ponto de bónus a 8' do final após um passe de 15 metros de Nuno Penha e Costa libertar o defesa australiano Munro que aproveitou para selar o resultado final.

CRAV 11-33* CASCAIS (1-5)
O Cascais foi até a Arcos de Valdevez – onde na época passada sucumbira por 20-11 – manter imaculada a sua folha de resultados nesta temporada e somar terceiro triunfo de afilada ao bater o CRAV numa partida dificultada pelas condições climatéricas que dificultavam a circulação da oval e transformaram a relva sintética da Coutada numa espécie de cimento...verde.
Ao intervalo a equipa da Linha, a favor do forte vento que fazia sentir, já vencia por 19-3, fruto de três ensaios, com bis do capitão Francisco Sousa e outro de (desculpem lá malta do Restelo) Rafael Simões, a marcar pelo segundo fim-de-semana consecutivo. 
No 2.º tempo os minhotos reagiram com grande atitude, chegaram mesmo a encostar o adversário à sua área de ensaio e até se aproximariam no resultado (19-11). 
Mas o ‘forcing‘ final do quinze de João Bettencourt levou aos ensaios finais de João Pedro Cabaço e Rodrigo Ribeiro (autor de 13 pontos, já leva 37 marcados, sendo o 2.º melhor marcador da DH) permitiram ao Cascais manter a invencibilidade e até alcançar um valioso ponto de bónus.

TÉCNICO 29-11 ACADÉMICA (2-1)
Nas Olaias assistiu-se a um mau jogo, e com desfecho enganador, entre um Técnico que, da equipa-surpresa e animadora de grande parte da época passada, só teve em campo as camisolas, e uma frágil Académica, sem condições para fazer muito melhor e cujo plantel faz corar de vergonha os grandes quinzes pretos de há 15, 20, 25, 30, 40 anos.
Entre os engenheiros há contudo uma menção a fazer, pois o seu triunfo surgiu em grande parte devido à atuação do médio de abertura Duarte Marques, autor de uma exibição consistente e com uns pés afinadíssimos, pois à lá Jonny Wilkinson, fez 24 pontos – tantos como os conseguidos na semana passada em Montemor, içando-o à liderança dos marcadores do campeonato (54 pontos) – fruto de um ensaio, duas conversões e cinco penalidades (uma de 50 metros!), tendo acertado na trave noutra...
Os engenheiros começaram por sofrer o primeiro ensaio logo aos 3' num pontapé para as costas da sua defesa, bem aproveitado pelo n.º 8 António Salgueiro (só não foi ‘man of the match’ pelo que ficou escrito no parágrafo acima...) que sprintou e deu ao ponta Harrison Stock (5-0).
Os pés de ouro de Duarte Marques viraram para 9-5, mas aos 19’ e 23’ ainda a esta hora devem os homens de Coimbra estar a tentar perceber como foi possível Sérgio Franco e Pedro Macedo falharem aquelas duas penalidades frontais e dentro dos 22 contrários! 
A Académica estava mais tempo no meio-campo adversário e aos 34’ uma fantástica arrancada de Serginho Franco prolongada por João Diogo Silva, seria desperdiçada de forma ignominiosa por Stock que, sozinho e com o ensaio escancarado à sua frente, encontrou forma de procurar dois adversários onde ir bater!
O terceiro chutador encarregado dos pontapés nos pretos, Manuel Pinto dos Santos, lá converteu por fim uma penalidade aos 37’, mas em cima do intervalo o Técnico conseguia o seu primeiro ensaio num lance iniciado por Gonçalo Faustino e concluído, em ‘pick and go’, por António Paramés (16-8).
A Académica voltou a reentrar melhor, reduziu para 16-11, mas mesmo a jogar contra 13 (amarelos, em dois minutos!, aos pilares Bruno Rocha e Carlos Lopes), nunca mais conseguiu perfurar a defesa da casa. 
Quer dizer, lá conseguir conseguiu, mas uma arrancada de Sérgio Franco aos 71’ seria travada a cinco metros do ensaio e de forma exemplar pelo entrado e ultrarrápido ponta Bernardo Baptista, que vindo não-sei-de- onde e uns bons 25 metros atrás, foi buscar o 3/4 centro de Coimbra numa placagem... à Ben Smith e que talvez tenha garantido a vitória.
Até porque seria o Técnico a terminar, finalmente, em alta, perante o estoiro físico dos pretos e com um ensaio de – quem haveria de ser? – Duarte Marques, numa bela simulação a rasgar a defesa coimbrã de alto a baixo, e duas penalidades, a fechar para exagerados 29-11.

AGRONOMIA *49-6 RC MONTEMOR (9-0)
Como se aguardava, aconteceu na Tapada nova vitória folgada de Agronomia sobre o RC Montemor, que apesar do espírito combativo que demonstra, continua a penar no confronto com os principais emblemas. 
Mesmo fazendo uma exibição que continua a não satisfazer os seus responsáveis e alguns exigentes adeptos – habituados que estiveram a ‘filet mignon’ durante largos anos, custa contentarem-se com boa alcatra... – os agrónomos até começaram bem e conseguiram quatro ensaios até meio da 1.ª parte (20-0, resultado que se registava ao intervalo).
Mas depressa baixariam os braços e só no 2.º tempo voltariam a materializar o seu domínio, terminando a função com um total de nove ensaios sem resposta, dois deles de autoria do ponta Flávio Martins, líder do marcadores da DH, com cinco na sua conta pessoal. 
E, já agora por que não é de todo habitual, com um ensaio para cada qual dos elementos da 1.ª linha: Gustavo Duarte, Marthinus Hoffman e José Leal da Costa. Chapeau!

5 comentários:

Anónimo disse...

Bom após mais esta jornada não restam muitas duvidas que Direito irá vencer tranquilamente o campeonato, Cdul ainda que com ausencias importantes fez um jogo muito fraco sem qualquer fio jogo apenas venceu fruto de perfomances individuais um Belenenses que para alem de não ter jogadores naõ apresenta qualquer modelo de jogo, limitando-se a jogar com alguma raça, mas cometendo erros coletivos e individuais de defesa a roçar o infantil uma equipa á imagem do seu treinador muita raça, pouca disciplina tática e pouca qualidade tanto na defesa como no ataque, esperemos para bem do Rugby que o Cascais se mantenha na corrida pois tem jogadores para o fazer, por fim que futuro tem o nosso Rugby quando treinadores (jogam pelas equipas e são decisivos), e manager 8jogam pela seleção nacional de Sevens) algo vai muito mal.

Anónimo disse...

Boa sorte para o Direito, no final vamos ver quem vai ganhar...

Anónimo disse...

Há pessoas que falam sem saber ...

O CDUL, aliás como o GDD, andam a jogar sem os jogadores que serão os que na Fase Final decidiram tudo. E se podem fazer isto é muito bom! É sinal que têm plantéis que os permite rodar a equipe e ir construindo e desenvolvendo outros jogadores. E conseguem rodar muitos jogadores mantendo excelentes equipas de sub-23.

Por exemplo no CDUL neste Campeonato ainda não jogaram:

- Gonçalo Foro (cap e Int. A)
- Carl Murray (Int. A)
- Francisco Appleton (Int. A)
- Frederico Oliveira (Int. A)
- Tomás Noronha (Int. A)
- Francisco Pinto Magalhães (Int. A), jogou 10 mins este fim de semana pela primeira vez
- Eduardo Acosta (Int. A)
- Bernardo Silveira (Int. A)
- João Lino (Int. Sevens)
- Filipe Olegário (jogador do CAR)
- Lourenço Machado

E etc ... etc ... só para falar nos mais conhecidos, que neste caso são 11 jogadores, 11! Com pelo menos 8 internacionais A!

E o GDD tem outros tantos, senão tiver mais.

Portanto façam um favor, poupem-nos a estas previsões tipo Professor Karamba, não façam figuras de parvos e façam qualquer coisa pelo rugby português que não sejam mandar postas de pescada.

Anónimo disse...

O 4o ensaio do cascais foi marcado pelo francisco sousa e não pelo joao pedro cabaço

Anónimo disse...

Alem de que so jogam 15 contra 15... ao mesmo tempo!!