25 de outubro de 2014

DEPOIS DA GREVE, ACUSAÇÃO DE DOPAGEM ABALA SEVENS DO QUÉNIA

Depois da greve que os jogadores quenianos levaram a cabo na primeira jornada do Circuito Mundial que teve lugar em Gold Coast, Austrália, no passado fim de semana de 11 de Outubro, e que obrigou à apresentação de uma equipa de segundo nível que teve um comportamento abaixo do normal, outro escândalo abala o rugby queniano e - porque não dizê-lo? - Mundial

De acordo com notícias diversas dos últimos dias, Paul Treu e a sua equipa técnica, são acusados de fornecer substâncias dopantes aos jogadores quenianos, que podem mesmo levar ao seu afastamento do apuramento Olímpico.

Segundo o L'Equipe.com a dopagem invade o desporto queniano e a comissão de inquérito criada pelas autoridades esportivas do Quênia teve, "conhecimento de várias lojas onde os atletas se abastecem de agentes dopantes. Também temos conhecimento de treinadores que fornecem drogas. Há agentes que que drogam os atletas para ganhar dinheiro. Temos numerosas pistas que estamos a seguir. "

A principal visada na investigação é a selecção nacional de rugby sevens - Paul Treu e a sua comissão técnica estão na mira da Agência Mundial Anti-Doping, a quem o relatório da investigação inicial foi entregue
De facto, foram encontrados esteróides em suplementos alimentares fornecidos à equipe nacional de sevens do Quénia pelo treinador sul-africano da equipa e cinco membros do seu staff.

Segundo o Rugbynistere.fr  o treinador da selecção francesa de sevens, Frédéric Pomarel, declarou a propósito «Quando eu vejo os imensos progressos feitos por certas equipas desde há dois anos, tenho que me interrogar. Não acuso ninguém porque não tenho qualquer prova. Mas também não ficarei surpreendido que haja outros batoteiros e violadores da lei e dos regulamentos.»

Bernard Lapasset, presidente da IRB foi evasivo quando posto diante das acusações, escusando-se a comentar invocando o segredo de justiça que se aplica quando um inquérito está em curso.

Paul Treu declarou ao Rugby365 que as acusações são infundadas e que pelo contrário foi ele e a sua equipa que puseram fim à prática da ingestão de suplementos, anterior à sua chegada.

Este é o primeiro caso de doping nos 7s. Com os Jogos Olímpicos a menos de dois anos - Rio de Janeiro 2016 - e em função destes acontecimentos, devem ser efectuados em breve controles anti-doping nas equipas nacionais que disputam o Circuito Mundial (Sevens World Series), que apura, recorde-se, os quatro primeiros da edição 2014-2015, para as Olimpíadas.

A pergunta que baila nos lábios de quem lê esta notícia é simples: Quem mais, para lá dos quenianos?

1 comentário:

Great_duke disse...

Gravíssimo! É necessário mandar uma mensagem clara por parte do IRB no que respeita a estas matérias. Se se provar, o castigo terá de ser exemplar.