12 de outubro de 2014

FIJI VENCE EM GOLD COAST SEM MARGEM PARA DÚVIDAS

Vitória de Fiji num fim de semana quase perfeito, em que a sua superioridade apenas foi ameaçada na final, com a reação de Samoa na segunda parte, como falaremos mais à frente, mas que não impediu a vitória dos fijianos por 31-24.

A derrota da Nova Zelândia nos quartos de final frente à Inglaterra por expressivos 7-31 foi a notícia do dia, e com este resultado o caminho ficou aberto para as Fiji chegarem facilmente ao jogo do título, depois de atropelarem os ingleses por 48-7 na meia final.


Recorde-se que os fijianos voadores terminaram o Circuito da época passada na terceira posição, depois de vencerem no Dubai e em Tóquio.

Quanto a Samoa, depois de uma derrota ontem frente aos neo-zelandeses, teve hoje um dia melhor e bateu sucessivamente a Argentina (24-21) e a África do Sul (28-12) para chegar à sua primeira final desde que venceu o Dubai 7's em 2012, praticamente há dois anos.

Os samoanos terminaram a época na oitava posição, e não conseguiram chegar à disputa da Cup em
quatro dos nove torneios que compõem a competição.

A Inglaterra reagiu bem à derrota nas meias finais e bateu a África do Sul por 19-0 para o terceiro lugar, enquanto Portugal não passou das meias finais da Bowl, batido pelos Estados Unidos sem apelo nem agravo, mas mesmo assim amealhando cinco pontos para o ranking geral, resultado melhor que as seis presenças na Shield, marca dos portugueses nos últimos seis torneios do ano passado...

Nos quartos de final da Bowl foi apenas depois do intervalo, e da entrada em campo de Pedro Leal, que Portugal conseguiu virar um resultado que o Quénia levou até aos 17-5, com a marcação de dois ensaios, um do próprio Pedro Leal e outro de Nuno Sousa Guedes, transformados por Leal, para dar aos Linces a sua primeira e única vitória do final de semana, já que no derradeiro jogo frente aos Estados Unidos, Portugal voltou a perder, agora por 33-0.

Mas apesar disso, o momento dos portugueses em Gold Coast ainda foi o empate conseguido frente à Escócia, no sábado.

Quanto à final, a vitória das Fiji começou a desenhar-se logo na primeira bola do jogo, e chegou mesmo a pensar-se que seria um jogo de um só sentido, com o resultado a subir aos 26-0, antes do apito para o intervalo.
Mas a Samoa não se atrapalhou com a vantagem do adversário e reduziu ainda no primeiro tempo para os 26-7.

E se a primeira parte fora quase toda das Fiji, a Samoa tomou conta dos acontecimentos no segundo tempo e quando faltavam menos de dois minutos para o final, o resultado estava em 26-24!
Na última jogada da partida as Fiji conseguiram mais um ensaio, para os 31-24 finais.

Um excelente jogo, com as duas melhores equipas do fim de semana a lutar centímetro a centímetro pela vitória.

Para completar a vitória no torneio, a escolha do melhor jogador do fim de semana recaiu sobre o número oito fijiano, Fautua Otto, mas se não fosse para ele teria que ser para um dos seus companheiros de equipa, tal a superioridade que evidenciaram durante todo o torneio.

O circuito prossegue no fim de semana de 5 e 6 de Dezembro, no Dubai.

Fique com o quadro completo dos resultados em Gold Coast, e ainda com os grupos do torneio do Dubai, onde Portugal vai disputar o acesso à Cup com a África do Sul, País de Gales e Canadá.



Fotos: IRB/Martin Seras Lima

6 comentários:

Anónimo disse...

Valeu a pena a madrugada, em que se assistiu a grandes jogos de sevens, desde logo o Inglaterra x Nova Zelândia e a final entre as Fiji e Samoa.

E foi bom ver a reação e vitória de Portugal sobre o Quénia, mas para esquecer o jogo contra os Estados Unidos. A equipa voltou a estar perdida em campo, literalmente 7 jogadores a correr atrás da bola e sem placar, com grandes rombos na defesa. E com um manager/jogador sem pernas para jogar.

Apesar de tudo, os pontos é que contam... Já agora, que faz aquele nº 4 na equipa? Mau demais

Espera-se que a dupla de treinadores reveja muitas vezes o jogo Inglaterra x NZ e aprenda alguma coisa, mostre ais jogadores como se deve jogar.

É pedir muito?

Anónimo disse...

Mas como é possivel haver alguma satisfação quando apenas se vence um jogo perde-se 3 e empata-se 1 é esta seleção que quer ir aos JO.
0 pontos contra fiji, Austrália e USA

Great_duke disse...

Neste momento, o importante é garantir pontos para nos mantermos no circuito, nomeadamente, deixando sempre os Japoneses atrás.

A qualificação olímpica directa é impossível: só os 4 primeiros é que lá chegam.
Por isso é importante que a Inglaterra se mantenha nesses 4 lugares...

Se assim for, Portugal disputará no circuito Europeu a segunda vaga europeia contra (sobretudo) a França, Rússia e Espanha (digo eu).

No peu ponto de vista, a época tem de ser planeada cuidadosamente para que a equipa consiga ir amealhando pontos no circuito (uma qualificação para os 1/4 da Cup no Dubai, com o grupo que temos, ajudaria muito) e para estar no pico da forma na altura do Circuito Europeu pois é aí que o apuramento olímpico se vai verdadeiramente jogar.

Anónimo disse...

Agora temos que melhorar, tanto no jogo como na comunicação entre a equipa técnica e os jogadores.
Penso que foi inteligente pouparem o P Leal , mas cuidado não usem muito isso, pois ele é um jogador de mão cheia e por vezes já não tem tempo para resolver tudo.
Esperamos também que tenham entendido que o D Mateus já não da para este nível , falta lhe preparação e tempo de reação, mas quando consegue ainda tem jogo, neste caso o ditado é diferente "quando a cabeça pensa o corpo não reage "

Anónimo disse...

Uma equipa profissional algo de inédito em Portugal produzir esta qualidade de jogo é muito pouco , sofrer como se sofre pontos , ganhamos a um Kenia B dá que pensar , quando se afirma que o objectivo é ficar nos 10 primeiros pelo que se tem mostrado desde o início do ano estamos muito longe , o nível de jogo em geral tem sido muito baixo e não se vê grandes melhorias . Nesta segunda passagem pela seleção do professor Pedro Neto temos assistido ao longo destes dois anos um grande abaixamento na produção da equipa , esperemos que melhore com o andar do ano .

Anónimo disse...

Após esta primeira etapa das World Series, queria apenas tecer duas pequenas considerações:

Positivo - sendo a Gold Coast uma etapa que normalmente nos traz algumas dificuldades, mesmo assim conseguimos melhor classificação relativamente aos últimos dois anos;
A reacção da equipa no jogo com a Escócia foi muito positiva.

Negativo - três jogos sem marcar um único ponto é muito mau; equipa por vezes parece que se esquece de defender, havendo ainda muito a trabalhar neste aspecto.

Uma última nota: tendo em conta as condições e potencial que temos, podíamos e devíamos ter feito melhor.
Um ou outro jogador não me parece ter pernas para este nível (Diogo Mateus tem bons momentos aqui e ali, mas tirando isso está demasiado preso; João Belo é jovem e com um futuro promissor, mas neste momento ainda me parece estar um bocado "tenrinho" para estas andanças).