Como dissemos na altura, faltava saber se as mudanças significariam uma melhoria acentuada na equipa... O resultado fala por si...
Mas o fator dominante do jogo foi com certeza a determinação e concentração dos sul-americanos que não deixaram o fijianos voadores voar, e aproveitaram aquilo que puderam para aumentar a vantagem no marcador, o que lhes permitiu aguentar o segundo tempo de Fiji com os seus três ensaios (a juntar aos dois obtidos na primeira parte) e todas as tentativas feitas para dar a volta ao resultado (incluindo os 75% de domínio territorial nos últimos 10 minutos da partida...).
O Uruguai apenas marcou três ensaios, e dizem as estatísticas, foi superado no domínio territorial geral (51-49%), nos metros percorridos com a bola (746-288), número de passes realizados (253-98), placagens falhadas (17-48), entre outros.
Mas as estatísticas são omissas no número de erros de handling, e especialmente no tamanho do coração!
E neste particular a vantagem do Uruguai foi enorme!
Outra conclusão que podemos tirar destes números, é que não são as estatísticas que vencem os jogos, mas muito especialmente o proveito que uma equipa tira das oportunidades que tem ao seu dispôr durante todo o jogo.
A Fiji marcou cinco ensaios e por isso teve direito a um ponto de bónus, enquanto o Uruguai apenas marcou três e por isso não teve o bónus de ataque, e os fijianos ainda beneficiaram de outro ponto de bónus por terem perdido por menos de oito pontos de diferença.
Mais uma vez não conseguimos encontrar nenhuma análise estatística para este facto, e temos que recorrer às nossas conclusões - podes não ter sido o melhor neste ou naquele quesito, mas se fores o melhor no quesito pontos marcados, vences o jogo (La Palice dixit!).
Dois detalhes da história do Uruguai nos Mundiais - esta foi a sua terceira vitória depois de bater a Espanha em 1999 (27-15) e a Geórgia em 2003 (24-12)
Agora o Uruguai tem o caminho aberto para o terceiro lugar, e se no domingo tiver a atitude (e a eficácia!) que teve hoje, frente à Geórgia, pode muito bem vencer os Lelos e conseguir o inédito terceiro lugar.
Claro que para nós, portugueses isso não é nada bom, pois retira um lugar à Europa para 2023, mas é bom para o Brasil, que pode beneficiar desse lugar a mais para a América do Sul... Do mal, o menos...
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