24 de setembro de 2019

SAMOA VENCE RÚSSIA MAS NÃO CONVENCE

A vitória de 9-34 de Samoa sobre a Rússia com a marcação de seis ensaios até pode parecer que Samoa foi um grande vencedor da partida, mas na verdade, e apesar da superioridade sobre a Rússia, a equipa do Pacífico não mostrou ter aquilo que é preciso para feitos de grande relevo.

Começamos por referir a questão disciplinar, e o benefício de uma interpretação questionável que ofereceu dois cartões amarelos a Samoa, por troca com dois mais-que-merecidos vermelhos.

A interpretação da equipa de arbitragem - incluindo TMO - que foram os jogadores russos que se baixaram, e não atribuindo toda a gravidade a duas perigosas placagens acima dos ombros ainda no primeiro tempo, cerca dos 30 minutos de jogo, permitiram que os samoanos regressassem ao campo, quando - na nossa interpretação - deveriam ter ido para os balneários.

Não temos por hábito fazer comentários à arbitragem, mas também não podemos esconder que tem havido forte contestação às arbitragens até agora, e depois de quase 50 anos a assistirmos a jogos internacionais de rugby podemos afirmar com grande certeza que se as placagens em questão tivessem sido feitas pelos russos, teriam sido premiadas com cartões vermelhos!
Recordo que este tipo de placagem brutal não é novidade, e no passado - executadas especialmente por jogadores fijianos - levaram a um endurecimento nas Leis do Jogo e sua interpretação, com tolerância quase zero...

Enfim, a verdade é que os russos não souberam aproveitar os oito minutos em que estiveram em vantagem de 15 para 13, e mostraram que apesar da consistência nas formações ordenadas, o seu jogo defensivo é mau - nunca souberam impedir que os ataques de Samoa criassem um homem a mais na ponta - e o seu jogo ofensivo ainda pior, dando a clara sensação que estavam em desvantagem numérica...
Foi realmente uma pena que a Roménia ou mesmo a Espanha não tivessem conseguido/sabido ter um comportamento irrepreensível, que lhes tivesse dado (a qualquer delas) o lugar neste Mundial que acabou por ficar nas mãos dos russos.



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