Para que isso possa acontecer agora, o Évora terá que perder pelo menos três vezes, o que não parece que vá acontecer nos oito jogos que faltam para completar a fase de apuramento da prova.
Quem continua numa caminhada que se pode considerar excelente a todos os níveis, é o Bairrada que foi vencer o São Miguel em Lisboa, e que já não perde desde a quarta jornada, disputada no primeiro final de semana de Novembro, e teve a honra de quebrar a invencibilidade do líder, quando este visitou a Aldeia do Rugby.
Também o Santarém vai confirmando a sua posição no meio da tabela, e a vitória em Arcos de Valdevez assume particular destaque e importância.
O Vitória de Setúbal falhou mais uma vez a vitória, desta vez perante o Técnico, mas parece ter todas as condições para dar muito trabalho aos seus adversários mais diretos, e quem sabe, reunir os pontos de que necessita para fugir da lanterna vermelha, enquanto o Caldas entrou no grupo dos seis ao bater o Vila da Moita, e iguala em número de vitórias o Técnico e o Santarém.
Vamos aos jogos.
A vitória apenas espanta pelo seu volume e deixa o Évora a oito pontos do segundo classificado, que é agora o Bairrada.
O jogo teve duas partes distintas, na primeira o CRÉ entrou muito bem e logo a abrir marcou um ensaio transformado.
O Benfica equilibrou o jogo e este tornou-se bastante dividido, tendo então o Évora - graças a uma defesa bastante agressiva, em que não deu qualquer hipótese ao adversário de marcar ensaio - sofrido os únicos pontos através de uma penalidade.
A primeira parte terminou com 10-3 favoráveis ao visitante, mas a segunda foi diferente com domínio absoluto dos chaparros, que dominaram completamente o Benfica, marcando mais seis ensaios.
Talvez o melhor jogo do Évora na presente época.
Importante vitória do Bairrada em Lisboa, que leva a equipa ao segundo lugar da tabela, ultrapassando o Benfica, e estando em excelente posição para ter acesso direto a uma das meias finais, jogada em casa.
O São Miguel com a derrota manteve a sua posição e a desvantagem para o Vila da Moita, que também perdeu.
Derrotado em casa mais uma vez, o CRAV desceu ao sétimo lugar, fora do grupo que disputa o play off, o que se pode considerar decepcionante, se tivermos em conta que a equipa disputou a Divisão de Honra nos últimos quatro anos.
O Santarém que está na Primeirona desde 2011/12, vem aos poucos confirmando as suas classificações dos últimos dois anos, e ocupa agora a quarta posição da tabela, com três pontos de vantagem sobre o quinto classificado e a quatro de distância do terceiro.
A vitória do final de semana confirma aquela que conseguiu no jogo da primeira jornada, e parece consolidar definitivamente a presença, mais uma, vez dos cavaleiros no play off final.
A vitória do Técnico valeu aos engenheiros a permanência no grupo dos seis primeiros, e a subida de um degrau da classificação, mas a sua posição está claramente ameaçada pelo Caldas e ainda pelo CRAV, e embora se saiba que a equipa não pode participar do play off final, esperava-se mais e melhor da segunda equipa das Olaias.
O Vitória de Setúbal parece ter recuperado um pouco do seu equilíbrio, e embora não tenha ainda conseguido a vitória, mostrou mais uma vez que podia estar numa posição bem melhor, já que este é o seu quinto resultado que poderia ter sido diferente, depois de perder por 17-14 frente ao Caldas na 2ª jornada, por 22-27 frente ao Benfica na 3ª, por 7-10 na 7ª frente ao Vila da Moita, e empatando a 17 pontos com o São Miguel na 8ª jornada.
Embora não seja fácil os sadinos podem criar uma grande confusão na classificação se conseguirem aproveitar as ocasiões que, tudo indica, se apresentarão.
Magnífica tarde de Inverno, fria mas com sol e algum vento, que não prejudicou o desempenho das duas equipas.
Muito público Pelicano nas bancadas do muito bem tratado complexo desportivo das Caldas da Rainha.
As boas prestações da equipa Caldense trazem os adeptos em cada vez maior número.
Logo no aquecimento, um contratempo para os visitados que viram o seu médio de abertura lesionar-se.
Não se perturbou o Caldas e logo na primeira jornada do encontro chegou ao ensaio.
Recepção do pontapé de saída pelo Moita que tentou sair a jogar mas viu a sua iniciativa colocada fora.
Alinhamento bem conquistado, maul e sequência final de “pick and go” dos Caldenses com penetração pelo centro do, hoje, médio de abertura Pelicano, que também concretizou a transformação.
Reagiu bem o Moita, com o seu jogo típico de nº 8 e abertura, e aos 3 minutos teve uma primeira oportunidade para reduzir, mas a tentativa de transformação de penalidade não teve êxito.
Contudo, aos 8 minutos, numa jogada de penetração pelo centro através da sua 3ª linha, mal defendida pelo adversário, chegou ao ensaio, pelo nº 8, bem transformado.
O Caldas respondeu e, superiormente comandado pelo seu nº 10 chegou de novo ao ensaio aos15 minutos.
Excelente pontapé tático do médio de abertura, após novo alinhamento bem conquistado, a solicitar o ¾ ponta, apenas travado in extremis pelo Moita com toque de meta.
Na formação ordenada consequente os Pelicanos conquistaram uma penalidade que, transformada novamente em formação ordenada, conduziu à pontuação pelo pilar direito.
Nova transformação pelo médio de abertura Caldense.
Aos 20 minutos o Moita voltou a empatar, em jogada muito idêntica ao 1ºensaio e com os mesmos protagonistas.
A meio da primeira parte o marcador registava um empate a 14 pontos.
O jogo prosseguiu na mesma toada de equilíbrio, o Caldas a jogar ao largo, o Moita a defender bem e a procurar contra-atacar.
Aos 32 minutos o Caldas marcou de novo, através do seu nº 8, de novo bem transformado pelo chutador de serviço.
Respondeu o Moita e, numa intercepção e contra-ataque obteve o seu 3º toque de meta pelo seu ¾ ponta.
Ao intervalo: Caldas RC 21-19 Rugby Vila da Moita.
Jogo disputado, com boas jogadas de Rugby, resultado em aberto.
Entrou muito forte a equipada casa para o segundo tempo.
Sob o comando do médio de abertura, dominador nos alinhamentos e formações ordenadas, jogando à mão em velocidade a partir de jogadas de fixação dos seus avançados, os Pelicanos foram construindo diversas ocasiões.
O Moita respondeu sempre com defesa coriácea e procurando responder, sempre através de jogadas de saída do seu nº 8.
Aos 53 minutos, talvez na melhor jogada coletiva de todo o encontro, o Caldas obteve, pelo experiente defesa, o 4º ensaio, transformado.
Procurou reagir o Moita e, logo na resposta, beneficiou de uma penalidade, magnificamente transformada. Resultado de novo nivelado e jogo de parada e resposta.
A meio do segundo tempo, Caldas RC 28-22 Rugby Vila da Moita.
O Caldas começou então a refrescar a equipa, e com novos pilares, acentuou a sua pressão.
Como resultado obteve aos 61 minutos e aos 66 minutos 2 ensaios, na sequência de jogadas de conquista nos alinhamentos, o primeiro pelo 2ª linha do lado fechado e o segundo pelo ¾ ponta após magnífico pontapé tático. Ambos os ensaios foram convertidos.
Empolgados os Pelicanos e na sequência de jogadas de várias jogadas de penetração obtiveram aos 68 minutos o 7º ensaio, de novo pelo 2ª linha do lado fechado.Não pararam os Caldenses e por diversas vezes o toque de meta esteve eminente.
O Moita com o espírito de Rugby que se saúda defendeu com brio e, com orgulho foi sempre à procura de contrariar o seu adversário.
Na bola de jogo, justo prémio para a atitude dos Moitenses. Apesar da defesa com tudo da equipa da casa, o ensaio foi finalmente conseguido, bem transformado.
Resultado final: Caldas RC 47-29 Rugby Vila da Moita (7 E, 6 T - 4 E, 3 T, 1 P).
Vitória da melhor equipa, equilibrada nos vários setores, forte nas fases estáticas do jogo, que praticou um Rugby técnico, com fases de ataque de muito bom nível.
Quadro completo dos resultados e classificação atualizada aqui.
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