Uma jornada que prometia decorrer sem qualquer surpresa, tornou-se numa prenda amarga de Ano Novo para o CDUL, que perdeu duas posições na tabela e ocupa o quinto lugar, apenas em vantagem sobre o Belenenses, no grupo dos seis que se qualificam para a fase eliminatória da competição, ultrapassado pelo Cascais, que é agora terceiro, e pelo Técnico, que subiu ao quarto lugar.
A Académica, apesar de não ter melhorado a sua situação na tabela afastou-se claramente do fundo da tabela, e está apenas a dois pontos do CDUP, que é o líder dos últimos.
Com três vitórias apenas - derrotaram o Cascais e o CDUL em casa, e foram vencer a Montemor - os pretos têm pela frente uma segunda parte da prova com mais possibilidades de pontuar, pois não apenas jogam duas vezes com a Lousã - com quem não jogaram na primeira metade do campeonato, como resultado dum calendário sem pés nem cabeça - como jogam em casa com Montemor, CDUP, Técnico e Belenenses.
Para completar a prova a equipa de Coimbra deverá ainda visitar a Guia e a Tapada, e receber o Direito.
Nas restantes partidas resultados sem qualquer surpresa, com ponto de bónus para os visitantes, selando as vitórias de Agronomia na Lousã (10-75), do Cascais no Porto (7-31), do Técnico em Montemor (14-52) e do Direito no Estádio Nacional, frente ao Belenenses (20-48)
DIREITO VENCE BELENENSES E SEGUE NA FRENTE SÓ COM VITÓRIAS
Magnifica tarde de sol no Estádio Nacional (campo de relva natural).
Uma primeira parte um pouco insipida com algum superioridade de Direito. Mas foi o Belenenses que inaugurou o marcador com um ensaio transformado, quando Direito estava com 14 jogadores após a exibição de um cartão amarelo.
Mas rapidamente Direito igualou e pouco tempo depois, após uma incrível falha defensiva do Belenenses, passou para a frente do marcador.
A segunda parte foi de total domínio de Direito consequência da sua maior velocidade de execução e da quebra acentuada do Belenenses que apenas já perto do final, conseguiu de novo um ensaio.
Na segunda parte o árbitro exibiu dois cartões amarelos, um para cada lado, após uma pequena escaramuça.
Direito, com domínio quer nas formações ordenadas, quer nos alinhamentos, explorou bem o quase sempre mau jogo ao pé do Belenenses, que entregou imensas bolas ao adversário.
Foi um direito em serviços mínimos e poupança de esforços que se apresentou no relvado do Jamor frente a um Belenenses que também pouca mais que isso deu.
Se por um lado a poupança do Direito se compreende, pois estava já de olhos postos na disputa da Taça Ibérica no próximo fim de semana, do lado do Belenenses a falta de ritmo e criatividade emprestaram a está tarde de rugby uma desilusão para quem se deslocou ao Estádio Nacional.
É portanto nesta toada lenta que se compreende o equilíbrio que se verificou na primeira parte do jogo embora o Direito tenha estado sempre por cima do jogo, em todas as suas fases.
Na segunda parte os advogados decidiram que já estava a ser demais e, embora tenha visto a exclusão temporária de Vasco Uva e Luís Salema, imprimiram mais velocidade no jogo e consequentemente os seus elementos mais criativos encontraram os espaços que estavam a faltar começando assim a construir o dilatado resultado que se verificou no final, Belenenses 20-48 Direito.
Mais uma vez Sousa Guedes, hoje a defesa, voltou a ser destacadamente o MVP tendo marcado quase todos os pontos do GDD, dando razão àqueles que lhe chamam já o Messi do rugby português (ou será o Ronaldo??).
Alicerçados numa sólida avançada, parece que o conjunto de Monsanto finalmente tem uma primeira linha de categoria, um Gonçalo Uva que dominou como quis e bem lhe apeteceu os alinhamentos - o Belenenses só ganhou um lançamento da linha lateral - Salema, Vareta e Sousa Guedes destruíram o que restava da defesa da equipa do Restelo e fizeram todos os pontos do Direito com alguns ensaios de antologia.
Há que destacar também o bom jogo de Luís Salema, criativo a atacar e sólido a defender, que
ofereceu dois ensaios de short kick para a rapidez e oportunismo de Vareta quebrando assim a defesa do Belenenses.
Do lado dos azuis apenas Duarte Moreira e os irmãos Freudenthal pareciam lutar contra a maré, o que se revelou parco para tanto jogo do adversário.
As duas contratações neozelandesas para a primeira linha do Belém não fizeram qualquer diferença pois o GDD empurrou todas as formações ordenadas.
Vitória mais que merecida de um Direiro claramente desconcentrado e de olhos postos no próximo fim de semana, sobre um Belenenses que, quanto a nós, está a começar a crescer, talvez não já para esta época mas decerto para a época que vem pois conta com elementos muito competentes que só pecam pela juventude como é o caso de Sequeira e os já referidos irmãos Freudenthal.
Resultados completos e classificação da Divisão de Honra, na página que lhe dedicamos.
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