PORTUGUESAS BRILHAM E JOGAM MEIA FINAL DO MUNDIAL

* Miguel Staniford

Nos dois primeiros dias do Mundial Universitário Feminino de Sevens, disputado em Swansea, País de Gales, Portugal realizou quatro belas exibições e com duas vitórias, um empate e uma derrota alcançou o segundo lugar no grupo B permitindo-lhe, amanhã, disputar um lugar entre as quatro primeiras.

Portugal iniciou a sua participação defrontando o Canadá, o país vencedor da edição anterior. 

As portuguesas lutaram de igual para igual com as canadianas e apenas foram derrotadas pela diferença de dois pontos, 12-14 no final. 

Pena foi que a bola, na transformação do segundo ensaio, tivesse batido na barra transversal.
No segundo jogo do primeiro dia coube a Portugal defrontara Austrália, uma das habituais potências do rugby. 

Uma primeira parte de muito bom nível permitiu a Portugal atingir o intervalo com 12-0 a seu favor. Na segunda parte as australianas reagiram e conseguiram igualar tendo obtido o segundo ensaio mesmo perto do apito final e após uma falha defensiva das portuguesas.

Um primeiro dia positivo e que deixava tudo em aberto para o segundo dia que haveria de se revelar ainda mais positivo.

A Espanha foi a terceira adversária. 

No primeira parte as equipas lutaram mais do que jogaram tendo as espanholas obtido um ensaio. 

No segundo tempo as portuguesas tomaram conta do jogo e com dois ensaios conseguiram uma vitória por 12-5. 

A equipa teve a infelicidade de perder a sua capitã, Leonor Amaral, que com um dedo fracturado não pode mais dar o seu contributo à equipa.

No jogo seguinte com a China estava em disputa a classificação final do grupo B. 

Após uma situação de quase ensaio por parte da China, nos momentos iniciais, salva por um placagem de Christina Ramos, em cima da linha de meta, Portugal não mais deu um metro de terreno às chinesas. 

Com uma pressão continua e com excelentes movimentos de perfuração Portugal conseguiu dois ensaios, terminando o jogo com uma vitória por 12-0.

Nestes dois primeiros dias, a equipa teve um comportamento que se pode classificar de brilhante, acima do espectável, atacou muito bem através de movimentos de perfuração com apoio curto e pressionou muito na defesa as suas adversárias não lhes permitindo espaço para lançar ataques. Catarina Ribeiro, Christina Ramos e Leonor Amaral, seguidas de muito perto por Maria Heitor, desdobraram-se continuamente quer no ataque quer na defesa, muito bem secundadas pelas restantes. A preparação a que muitas delas estiveram submetidas, no programa de preparação para o torneio de qualificação olímpica, disputado recentemente em Dublin, mostrou que se encontram numa fase elevada das suas capacidades.

As nossa jogadoras estão de parabéns já que o segundo lugar no grupo B lhe permitirá disputar amanhã um lugar entre as quatro primeiras. 

Defrontarão a França num dos jogos das meias-finais, às 9 horas de Lisboa. 

Tarefa muito difícil mas, a enfrentar dificuldades já estão elas habituadas. 

Confiemos pois na sua determinação.

Fiquem com o quadro dos resultados e os jogos das meias finais de amanhã, sabendo que para o apuramento da nona classificada a Nova Zelândia defronta a Austrália.