22 de setembro de 2010

MONSANTO, SEXTA FEIRA, 21,00H - O TIRO DE PARTIDA!


QUANDO NA SEXTA FEIRA ÀS 21,00 HORAS O ÁRBITRO APITAR PARA O INÍCIO DO JOGO DIREITO-AGRONOMIA a época vai começar, e o vencedor da Divisão de Honra deverá sair do grupo dos habituais candidatos.



Um facto pouco habitual terá influência decisiva na competência de cada candidato, com a saída para o estrangeiro de alguns dos mais importantes jogadores desses conjuntos.

Até que ponto as alterações no plantel das principais equipas vai influenciar o decurso da Divisão de Honra, é a dúvida que se põe neste início de prova.

Principais afetados, Direito e CDUL terão de se adaptar à nova realidade, com os campeões nacionais a registarem a saída de Jorge Segurado, Adérito Esteves e Gonçalo Uva – mesmo que neste momento seja desconhecida a situação de Adérito, que parece não ter confirmado o seu compromisso com o Saint Etienne - e a perca do seu treinador principal, apesar da recente contratação de um técnico inglês, Aaron Jones, e o conseqüente período de inevitável adaptação.

Também o CDUL viu partirem duas importantes peças do seu grupo de avançados – João Junior e Veltioven Tavares – mas colmatou a saída do jovem pilar internacional com a chegada de Louie Ackerman, o sul africano que atuou no Cascais, e nomeou uma nova equipa técnica constituída por homens da casa, liderada por Pedro Melo e Castro, o que não deve trazer problemas de adaptação.

Agronomia assistiu à saída do recém português Joe Gardener, agora a tentar a sorte em terras de França, e vai com toda a certeza sentir a falta do seu pontapé e capacidade ofensiva, mas a continuidade está assegurada com a manutenção de Ricardo Sequeira à frente das tropas.

Enquanto isso o Belenenses não deve ter problemas de maior em colmatar a saída para Inglaterra de Salvador Cunha, e a entrada de um novo treinador principal – o neo zelandês Kevin Horan - assistido por Francisco Borges também não deve complicar muito a vida dos azuis.

Estas quatro equipas devem continuar a dominar o panorama do rugby em Portugal, ficando apenas a dúvida de como elas reagirão à previsível cedência de alguns dos seus jogadores para a seleção nacional, no mês de Novembro, e do aproveitamento que Benfica, Acadêmica, Técnico e CRAV farão da situação.

Quanto à 1ª Divisão, a história é outra, e a recente saída voluntária da Agrária, veio provocar um enfraquecimento global na categoria, que não anuncia nada de bom.

Na verdade este foi o segundo abandono no segundo escalão do rugby português, depois do desaparecimento do Rugby da Linha, e se juntarmos a isso a situação complicada da UTAD, é imperioso que se olhe bem para o que se passa antes de promover qualquer alteração na composição das divisões para a próxima época.

Quanto a candidatos à vitória, se não contarmos com a UTAD, todos os outro prometem uma luta equilibrada pelos quatro lugares do Play-off.

O Montemor que depois de alguma incerteza conseguiu assegurar a continuação de José Mendes à frente da equipa, vai ter que se esforçar duplamente, para conseguir acertar o passo com as restantes equipas, mais habituadas às exigências da Divisão.

Fica por saber se, em Setúbal, o afastamento de alguns dos mais influentes jogadores do Vitória se confirma, para sabermos qual o real valor da equipa. No entanto se for confirmada uma opção clara do clube nos escalões de formação, a equipa sadina não deve ter dificuldade em assegurar o futuro.

As restantes equipas são clientes habituais da fase final, com o CDUP recém despromovido a querer lamber as feridas da descida, a Lousã centrada na prata da casa e na contratação de um novo treinador, o Cascais que perdeu algumas peças importantes e parece ainda não ter encontrado o seu rumo, e o Évora que vai querer repetir a presença na final.

Uma prova que será com certeza muito emocionante, e na qual os pequenos detalhes podem fazer a diferença.

Veja o quadro dos jogos deste fim de semana.

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