29 de novembro de 2021

TAÇA APURA EQUIPAS QUE SE VÃO JUNTAR ÀS DA DH NOS OITAVOS DE FINAL

Encerrou no passado final de semana a segunda fase da Taça de Portugal, com a participação de equipas da 1ª e 2ª divisões, apurando 4 equipas para os oitavos de final, então já com as equipas da Divisão de Honra.

Aliás nem todos se realizaram, já que o Santarém-Bairrada foi adiado para o próximo final de semana, e o Lousã-Elvas não teve lugar por desistência do Elvas, ficando os lousanenses automaticamente apurados para os oitavos de final.

Realizaram-se então dois jogos, um deles opondo o RC Loulé à ER Porto, que os algarvios venceram por 17-10, e outro em que se defrontaram o Sport CP e o Caldas RC, com os caldenses a vencerem por 27-0. 

RC LOULÉ 17-10 ER PORTO, Campo João Adelino Gonçalves, Loulé
O Porto entrou mais determinado e conseguiu marcar bem cedo o primeiro ensaio. Na reposição, uma falha de Loulé, aproveitou o Porto para pontapear a bola, pressionar e marcar o segundo ensaio. 
Aos 20 minutos de jogo o resultado já estava em 0-10 favorável aos visitantes.
O Loulé reagiu, pôs a cabeça no lugar e conseguiu reduzir, chegando ao intervalo com o marcador indicando 6-10 com vantagem para a ER Porto. 
Na segunda parte o jogo endureceu, a ER Porto acusou a pressão com algumas faltas de disciplina, o Loulé defendeu bem, atacou conquistando terreno, com vento a favor e reforço vindo do banco, encostou e venceu o Porto por 17-10. 
Jogo duro, difícil, emocionante até ao final, com mais um bom triunfo para os algarvios.

SPORT CLUBE DO PORTO 0-27 CALDAS RC, Parque Desportivo de Ramalde
Respeitando os regulamentos e, acima de tudo, o Rugby e o seu adversário, o Caldas RC deslocou-se ao Porto para defrontar o Sport CP, a disputar a Zona Norte do Campeonato Nacional da 2ª divisão.
A partida teve lugar no sintético do Parque Desportivo de Ramalde, do INATEL, numa tarde fria, mas agradável, e com muito público afeto à equipa da casa, sinal que este jovem Clube tem bases para um futuro risonho.
Logo desde o apito inicial de Miguel Sousa se percebeu que o SC Porto vinha para discutir o resultado. Agressividade na defesa, não dando espaço aos Pelicanos, concentração e princípios de Rugby bem implementados. 
O Caldas sempre a procurar montar o seu jogo, fases de avançados a procurar ultrapassar a linha de vantagem, mas sem êxito.
Apenas aos 16 minutos surgiu uma quebra da linha defensiva dos visitados, após mais uma sucessão de fases da linha avançada Pelicana, a bola foi bem circulada até à ponta e André Filipe chegou ao toque de meta. A conversão de Carlos Prieto foi infeliz, a oval bateu no poste. Marcador em 0-5.
Respondeu o Sport CP, os seus avançados muito unidos, a testar a defesa Caldense.
Aos 27 minutos uma primeira oportunidade para pontuarem, uma penalidade tentada aos postes pelo arrière Bernardo Aranha não teve resultado.
Os últimos dez minutos da primeira parte foram de domínio Portuense. Defendeu-se com tudo o Caldas, procurando sempre que possível contra-atacar, mas jogadores pouco juntos e iniciativas sem apoio.
1ª Parte: SC Porto – 0 Caldas RC – 5 (1E)
Resultado equilibrado que de certo modo premiava a defensiva efetiva dos Portuenses.
O Caldas com os setores com algumas faltas de ligação procurou impor o seu jogo, mas foi bem contrariado.
Ascendente da equipa da casa nos últimos dez minutos da etapa inicial prognosticavam uma segunda parte bem disputada.

No segundo tempo entrou muito forte o SC Porto e estiveram logo nos primeiros minutos muito perto ensaio.
Aos 43 minutos, oval interceptada nos últimos 5 metros Caldenses pelo médio de abertura Manu Carriço que correu todo o campo sem ser travado e chegou ao segundo ensaio Pelicano. Na ânsia de pressionar a extrema defesa adversária os Portuenses não se posicionaram defensivamente. Carlos Prieto tinha um pontapé difícil e não concretizou.
Placard 0-10.
Foi um golpe no animo da equipa da casa e o Caldas passou a jogar com outra tranquilidade.
Aos 49 minutos, e na sequência de um bem montado maul dinâmico os Pelicanos chegaram ao toque de meta pelo Capitão Ricardo Marques, a jogar como flanqueador. Transformação por Carlos Prieto e 0-17 no marcador.
Continuaram na mesma toada os Caldenses e aos 51 minutos novo ensaio por Manu Carriço a concluir uma jogada à mão após conquista em fase estática. Carlos Prieto voltou a acertar no poste. 
0-22 no placard.
Algumas substituições na equipa Caldense e alguma maior passividade deixaram o último quarto da partida nas mãos dos Portuenses.
Foi a vez do Caldas defender, sempre nos seus últimos 5 metros, mas cometendo muitas faltas, o que lhe valeu dois amarelos, aos 68 e 70 minutos, para os seus dois flanqueadores.
Não conseguiu aproveitar o Sport CP, a ânsia de pontuar a retirar o discernimento para ser mais eficaz na circulação da oval. O Caldas também foi brioso e defendeu com coragem a sua linha de meta.
Após 80 minutos, em tempo de compensação e já com os XV, o Caldas acabou por chegar ao seu quinto ensaio. Conquista na formação ordenada de introdução adversária e Agustin Capoccetti a finalizar após uma bem conseguida fase de avançados. Carlos Prieto falhou a conversão num pontapé difícil.
Resultado Final: SC Porto – 0 Caldas RC – 27 (5E, 1T)
O Caldas, equipa mais experiente e com outro andamento, acabou por justificar a vitória, mas teve que lutar para sair com o apuramento. Ter encarado a partida com seriedade foi, talvez, a chave para o triunfo.
O Sport CP mostrou ser uma equipa de futuro. Bem estruturada, muito jovem, colocou no terreno uma forte determinação, sempre a jogar de igual para igual. Alguns bons apontamentos, a mostrar jogadas estudadas, e acima de tudo uma pressão defensiva de notar. Merecia ter chegado ao ensaio, por mais de uma vez, apenas alguma precipitação e falta de alguma paciência na circulação da oval, no final das jogadas, bem como a entrega defensiva dos Pelicanos, o não permitiu.
Arbitragem de Miguel Sousa, num jogo muito disputado, mas sempre com desportivismo. Decisões sempre aceites pelos jogadores, exemplo do que deve ser o Rugby.

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