22 de novembro de 2021

LOUSÃ E CALDAS VENCEM E CONFIRMAM LIDERANÇAS

Lousã e Caldas vencem de novo, assegurando a liderança dos grupo Norte/Centro e Lisboa/Sul, do Campeonato Nacional da 1ª divisão.

Com o adiamento do jogo Braga-Guimarães para o dia 8 de janeiro, a jornada no Norte/Centro completou-se com o jogo CDU Porto "B" 15-37 CR Arcos de Valdevez (2-4).

No grupo Lisboa/Sul, o Santarém recebeu e bateu o Galiza por 9-3, enquanto o Vila da Moita derrotou o RC Elvas por 16-15, com dois ensaios para cada lado.




MRC BAIRRADA 13-50 RC LOUSÃ (1-7) Campo de Rugby da Moita da Anadia                  Um derby sempre interessante de seguir com os dois conjuntos da zona centro que representam o rugby na 1ª divisão.

O jogo começou com domínio territorial dos lousanenses que se instalaram no meio campo adversário e aos 6 minutos, fruto duma penalidade, colocaram-se em vantagem (0-3). Sem nunca conseguir ultrapassar a linha de meio campo a equipa da casa apresentava uma defesa muito coesa e bem estruturada, não permitindo aos lousanenses concretizarem algumas oportunidades. 
Só aos 14 minutos os beirões conseguiram alcançar a linha de meta com o primeiro ensaio (0-10). 
A reposição de bola deu aos homens da casa alguns movimentos de qualidade e num “up-under” longo colocaram a bola na zona dos 22 lousanenses, que mostraram algumas dificuldades defensivas.
Uma penalidade aos 19 minutos permitiu aos bairradinos reduzirem (3-10), e a partir daí o jogo tornou-se equilibrado com alguma vantagem para os visitantes, mas com as linhas atrasadas da bairrada a continuar a dar boa conta de si no aspecto defensivo. 
Mas daí até aos 32 minutos a pressão lousanense fez-se sentir e o jogo valia pela luta ataque/defesa de ambos os conjuntos. 
Aos 32 minutos mais uma vez o ataque lousanense funcionou com novo ensaio transformado. (3-17) e a primeira parte terminou com novo ensaio dos visitantes fixando o resultado em 3-24.

A segunda parte começou com alguma pressão ofensiva do Bairrada, que através duma penalidade reduziram para 6-24 aos 6 minutos. 
Altura para os lousanenses criarem algumas dificuldades à  defesa da casa, sem contudo atingirem a linha de meta. E só aos 19 minutos conseguiram o 4º ensaio que dava direito ao ponto de bónus ofensivo (6-29).
Este ensaio como que desmoralizou a equipa da casa que teve o seu pior momento permitindo quase de imediato o 5º ensaio para a Lousã (6-36). 
A entrada dalguns atletas do banco e o muito frio que se fazia sentir, refletiu-se na prestação dos visitantes, momento em que os bairradinos fizeram algumas jogadas interessantes e merecedoras do ensaio que alcançaram aos 30 minutos, reduzindo para 13-36. 
Já com os atletas a pensarem no banho quente não houve surpresa dos 2 ensaios finais para a Lousã aos 37 minutos (13-43) e o último já na bola de jogo depois de muita pressão junto da área de validação local (13-50).

CR SETÚBAL 26-40 CALDAS RC (4-6) Complexo Municipal de Vale da Rosa, Setúbal
Numa tarde, que se iniciou temperada e que se alterou para muito chuvosa, assistiu-se no relvado do Complexo Municipal de Atletismo de Vale da Rosa uma partida muito bem disputada entre duas equipas bem estruturadas e que procuraram a vitória.

Entraram muito fortes os Pelicanos. Um primeiro alinhamento nos 5 metros, bem conquistado, apenas foi travado com falta. Confiantes nos seus avançados os Caldenses escolheram jogar formação ordenada e na sequência conquistaram nova penalidade, aos 5 minutos. Tentada aos postes, Pancho Loza, hoje a “arrière" não falhou e abriu o marcador.

Aos 9 minutos, e após mais uma conquista soberana no alinhamento, já nos 22 metros, o asa Gonçalo Sampaio ganhou a linha de vantagem e a oval, jogada a toda a largura das linhas atrasadas do Caldas, chegou ao ponta André Filipe que concretizou o ensaio. Pancho Loza não conseguiu transformar, e o resultado ficou em 0-8.

Logo na sequência, aos 17 minutos o Setúbal chegou ao ensaio, novamente perfuração a partir dos seus centros que iludiram a placagem dos centros Caldenses e a oval a chegar ao pilar Edir que fez o toque de meta. Juan Triviño transformou com êxito e marcador em 7-8.

Voltou o Caldas a impor o seu jogo, a linha avançada muito forte a conquistar várias penalidades, escolhidas serem jogadas por sucessivas formações ordenadas e na última sequência a oval disponibilizada rapidamente à ponta e novo toque de meta por André Filipe, estavam decorridos 23 minutos. Pancho Loza, num pontapé difícil, não teve êxito. Resultado em 7-13.

No final da primeira parte o Setúbal colocou-se nos últimos 5 metros do Caldas que defendia com competência. Na bola de jogo, e após várias fases de avançados, a jogarem a vantagem, o Setúbal conseguiu abrir a última linha defensiva e chegar ao ensaio pelo centro Pablo Gonzalez, transformado por Juan Triviño.

1ª Parte: RC Setúbal – 14 (2E, 2T) Caldas RC – 13 (2E, 1P)

Equilíbrio foi a nota dominante desta primeira metade, o Caldas a sofrer forte pressão nos últimos minutos, após um início de domínio.

O Setúbal, muito motivado e pressionante a defender, mostrava que estava determinado a vencer.

Aguardava-se uma segunda parte de Rugby intenso.

A primeira nota foi a alteração das condições climatéricas. Logo nos primeiros minutos a chuva intensa fez a sua aparição, mas não influenciou a entrega das duas equipas.

E logo aos 42 minutos o Caldas chegou ao ensaio, alinhamento bem conquistado, fase do jogo em que o Caldas se impôs, e numa jogada em que a oval foi rapidamente transmitida, a oportunidade surgiu para o 2ª linha e Capitão Caldense Ricardo Marques que concretizou entre vos postes. Pancho Loza não teve dificuldades em transformar e o placard em 14-20.

Aproveitou o Caldas a vantagem numérica e após várias penalidades jogadas nos 5 metros com “mêlée”, sucessivamente travadas em falta, o ensaio de penalidade foi atribuído, aos 50 minutos. Resultado em 14-27.

Aos 58 minutos, e após conquista na “mêlée” introdução do Setúbal, o Caldas voltou a colocar o jogo nos 22 metros do Setúbal, jogando rapidamente à mão, o ponta André Filipe muito rápido a ganhar vantagem, uma penalidade tentada aos postes foi bem transformada por Pancho Loza. Resultado em 14-30.

Mostrando que um jogo de Rugby só acaba com o apito final do árbitro, o Setúbal reagiu e, aos 62 minutos, na sequência de um pontapé tático sobre os 5 metros Caldenses, a oval foi largada pelo ponta Caldense, bem pressionado na placagem, e aproveitada pelo centro Juan Triviño para chegar ao toque de meta. O mesmo Juan Triviño falhou a transformação e marcador em 19-30.

Aos 69 minutos, numa jogada, já nos 5 metros Setubalenses, a conquista na “touche” permitiu uma entrada do talonador Caldense, David “Foto” Esteves que chegou ao ensaio, à ponta. Pancho Loza não conseguiu converter o pontapé, difícil, e o placard em 19-35.

Num final eletrizante, o Setúbal não desistiu de procurar reduzir, e, aos 72 minutos um pontapé defensivo ainda no seu meio-campo, longo para trás da linha Pelicana, bem perseguido pelo pilar suplente Thiago Santos que, com alguma felicidade, deslizou no terreno para o toque de meta, bem convertido por Juan Triviño. Marcador em 26-35.

Respondeu o Caldas, refrescando a primeira linha e substituindo o já tocado “arrière”, e numa iniciativa de classe do médio-formação Jonathan Nolan a lançar o Capitão Caldense Ricardo Marques que rompeu linhas e correu rumo ao ensaio, placado em falta grosseira, pelo defesa Bruno Pacheco que viu o cartão vermelho, aos 75 minutos.

Logo de seguida, aos 77 minutos, mais uma conquista em alinhamento, maul dinâmico e oval libertada para o talonador David “Foto” Esteves que marcou, à ponta, o seu 2º ensaio do dia. Carlos Prieto não conseguiu transformar um pontapé difícil.

Resultado Final: RC Setúbal – 26 (4E, 3T) Caldas RC – 40 (5E, 1T, 2P, 1EP)

Vitória indiscutível do Caldas RC, dominador nas fases estáticas do jogo, alinhamentos e sobretudo formações ordenadas, colocando grandes problemas à muito pressionante e aguerrida defesa Setubalense. O ponto bónus ofensivo, merecido pelo jogo demonstrado, não foi conseguido ao sofrer toques de meta em momentos de alguma desconcentração.

Respondeu sempre com personalidade e intensidade o Setúbal, tendo conseguido, ainda que com alguma felicidade, vários ensaios em momentos críticos da partida, mantendo o resultado em aberto.

Num jogo muito intenso e disputado, o Rugby saiu dignificado, mostrando que o CN1 tem um nível que mereceria outra atenção, quer do público – nas bancadas algum público afeto à equipa da casa que nunca regateou o seu apoio e alguns indefectíveis Pelicanos que nunca deixam de seguir a sua equipa - quer da Rugby TV.

Arbitragem de Ricardo Hawkes num jogo de muito competitivo, e sem auxilio de bandeirinhas, mas com ambas as equipas a aceitar todas as decisões. O Rugby saiu dignificado com esta atitude de todos “dentro das quatro linhas”.





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