16 de novembro de 2021

LOUSÃ E CALDAS COMANDAM TABELAS DA 1ª DIVISÃO

As equipas do RC Lousã e do Caldas RC continuam invictas à quarta jornada do campeonato, liderando os grupos Norte e Sul, respectivamente.

Este final de semana o encontro mais importante disputou-se nas Caldas da Rainha, opondo a equipa da casa ao RC Santarém, que acabou com a vitória do Caldas por 18-8, depois de chegar ao intervalo a perder por 3-8.

Na Lousã os beirões venceram a equipa B do CDUP por 39-5, mas embora superiores durante toda a partida o resultado só se alargou definitivamente nos últimos 10 minutos do encontro, muito se ficando a dever à forte defesa da equipa do Porto.

Nos restantes jogos do Grupo Norte o CR Arcos de Valdevez derrotou o Braga Rugby por 73-3, enquanto na cidade-berço o Guimarães conseguiu uma importante vitória sobre o MRC Bairrada por 23-17.

No Grupo Sul o CR Setúbal foi a Elvas vencer a equipa local por 5-19, e em Queluz, no campo do Belas, o RV Moita derrotou a ER Galiza por 27-34.

CALDAS RC 18-8 RC SANTARÉM (2-1) Estádio Municipal de Caldas da Rainha
O Verão de S. Martinho abrilhantou o confronto da jornada, o já emblemático “Derby doOeste”. Aguardavam-se duas formações muito competitivas, não estivessem em presença equipas invictas e que tinham amealhado o máximo de pontos até à data.

Entrou melhor na partida o Santarém e até aos 15 minutos dominou o jogo. Duas penalidades tentadas aos postes, e não convertidas, foram penalizadoras para esta melhor fase dos Pelicanos. A formação ordenada pelicana começava a impor-se e aos 16 minutos uma série de faltas nesta fase estática foram jogadas rapidamente pelas linhas atrasadas, o “arriére” Manu Carriço muito ativo e uma penalidade foi convertida por Pancho Loza, abrindo o marcador, 3-0.
Jogo numa fase de equilíbrio, mais esclarecido nas suas iniciativas o Santarém e, aos 29 minutos uma penalidade bem convertida por Rafael Morales, a empatar o placard, 3-3.
Empertigou-se o Santarém, e aos 34 minutos uma excelente entrada do asa João Câmara a ultrapassar a linha defensiva Caldense e o toque de meta - o primeiro sofrido pelo Caldas esta época - a ser bem concretizado à ponta.
Ao intervalo o marcador anunciava Caldas RC 3 (1PP) - RC Santarém 8 (1E, 1PP) vantagem que se ajustava com o Santarém mais esclarecido e a jogar com maior intensidade, ficando a dever a si próprio uma vantagem talvez mais confortável.
Duas penalidades não convertidas pelo chutador Rafael Morales, que normalmente não falha estas oportunidades justificavam esse déficit, enquanto o Caldas não conseguiu colocar o seu jogo de 3/4 em campo, fruto da pressão defensiva dos cavaleiros, mas também de alguma falta de decisão em algumas, ainda que poucas oportunidades, de ultrapassar a linha de vantagem.

No segundo tempo a capacidade de resposta pelicana ditaria o desfecho da partida.
Uma penalidade conquistada aos 48 minutos em mais uma formação ordenada e Pancho Loza esteve exímio, não desperdiçando a tentativa aos postes, colocando o marcador em 6-8.
Foi o recém entrado Jonathan “Nilas” Nolan que iniciou e concluiu uma soberba jogada à mão, desde os seus 22 metros, só parada “in-extremis” em cima da linha de ensaio do Santarém. Várias formações ordenadas nos 5 metros dos visitantes só defendidas com recurso à falta e o amarelo mostrado ao talonador e Capitão do Santarém, João Almeida.
Acentuou-se a pressão do Caldas e Jonathan Nolan rompeu a ultima defesa adversária e chegou ao toque de meta aos 65 minutos. Pancho Loza não foi feliz na tentativa de transformação e o marcador ficou em 11-8.
Aos 77 minutos, nova jogada caldense de compêndio, à mão, e mais uma vez Jonathan Nolan a colocar a oval no ensaio. Pancho Loza não enjeitou e colocou o marcador em 18-8.

Resultado Final: Caldas RC – 18 (2E, 1T, 2P) - RC Santarém – 8 (1E, 1P)

Justa vitória do Caldas, a premiar a grande atitude na segunda parte, quando a vontade de vencer veio ao de cima. Jogo muito equilibrado, mas a supremacia da linha avançada pelicana nos momentos estáticos do jogo e o brilhantismo do regressado Jonathan Nolan, a “perfumar” algumas iniciativas do típico Rugby Caldense acabaram por ditar a diferença no marcador.
Os Escalabitanos também jogaram para ganhar, mas alguns erros em momentos chaves impediram que fossem criadas condições para um resultado diferente, em particular na primeira parte onde foram superiores.

Arbitragem competente de Diogo Miranda, duas equipas que apenas se concentraram em jogar Rugby, colocando tudo apenas dentro das “quatro linhas”.


RC LOUSÃ 39-5 C.D.U. PORTO "B" (5-1) Estádio de Rugby José Redondo, Lousã
Depois dum sábado com muito rugby em Coimbra (Torneio Europeu de Sub-20 e o Portugal-Japão) onde todos os atletas da Lousã, desde as Escolinhas aos Veteranos estiveram a apoiar as seleções, o jogo da Lousã disputado ao Domingo não se pode dizer que foi o culminar dum bom fim de semana rugbístico. Jogo com muitas faltas e com paragens sucessivas fizeram que o mesmo decorresse com pouco interesse. 
Sem entrarem no jogo com a habitual raça serrana, mas pressionando no meio campo adversário, só aos 10 minutos e através duma penalidade (3-0) os locais abriram o marcador. Logo de seguida aos 12 minutos nova penalidade fez aumentar o resultado (6-0). Com o jogo a ser muito disputado na zona de meio campo e com ligeiro domínio dos lousanenses nas melées, só aos 25 minutos os locais alcançaram o 1º ensaio (11-0). Sem baixar os braços os portistas criaram algumas situações de perigo com boas jogadas pelo pack avançado que terminou aos 33 minutos com a obtenção dum justo ensaio (11-5). Responderam os lousanenses passados 3 minutos com um bom ensaio pelas linhas atrasadas (18-5) resultado com que chegou ao intervalo.

O recomeço do jogo apresentou uma equipa do Porto com muita vontade de disputar o resultado, a que os locais responderam com uma boa determinação defensiva evitando assim duas possibilidades dos visitantes pontuarem. Mais uma vez a equipa da Lousã voltou a impor o seu jogo e obteve novo ensaio transformado aos 13 minutos (25-5). Daí até aos 31 minutos o jogo tornou-se lento e pouco interessante devido a inúmeras paragens, agravadas pelo frio que se fazia sentir e que certamente também influenciou os atletas em campo. E só aos 31 minutos um novo ensaio para os lousanenses alterou e aqueceu um pouco o publico da bancada (32-5). E foi já sobre a hora que mais um ensaio lousanense fixou o resultado em 39-5.

Após esta jornada o RC Lousã mantém-se isolado no 1º lugar com quatro vitórias em outros tantos jogos..

CR ARCOS DE VALDEVEZ 73-3 BRAGA RUGBY (11-0) Estádio Municipal de Arcos de Valdevez
Na radiosa tarde de 14 de Novembro, os adeptos que assistiram ao CRAV – Braga estiveram longe de presenciar um jogo emocionante. Com efeito, a supremacia arcuense foi incontestável desde o início, refletindo a diferença de patamares e objetivos entre as duas equipas: enquanto que o CRAV assumidamente anseia pela conquista do campeonato, os da cidade dos arcebispos procuram a consolidação que lhes permita a manutenção no escalão.

A diferença também se mostrou a nível dos modelos de jogo. Enquanto os visitantes procuravam contrariar o adversário impondo situações de contato no bloco avançado, com destaque para a capacidade e disponibilidade da terceira linha, os arcuenses apostaram nas circulações rápidas de bola, com fixações rápidas de modo a colocar o jogo junto às linhas laterais. Com efeito, aproveitando as dificuldades do adversário ao nível da defesa, os arcuenses cedo conseguiram bater a último reduto bracarense, marcando o primeiro ensaio logo aos três minutos de jogo (7-0). O Braga Rugby ainda reagiu, obtendo pouco depois uma penalidade no meio campo adversário, que lhe permitiu reduzir a diferença no marcador (7-3).

No entanto, a resistência visitante foi sol de pouca dura. Com efeito, mau grado a opção tática do Braga Rugby em procurar impor os seus avançados, foi o CRAV que afirmou a sua supremacia nas formações ordenadas e foi dominando o jogo em termos de posse de bola, mostrando-se também eficaz nos alinhamentos. Passado um momento de uma certa atrapalhação, com vários “avants” que interrompiam a continuidade das jogadas, o CRAV foi acertando agulhas, à medida que os ensaios se somavam. Foram seis ensaios sem resposta na primeira parte, que fixaram o resultado em 38-3.

Na segunda parte, o jogo entrou numa fase incaracterística. Nos 15 minutos iniciais foi o Braga a dispor da posse de bola, aproveitando bem o facto de se terem feito várias substituições em simultâneo na equipa do CRAV, que precisou de algum tempo para se reorganizar. Daqui resultou um domínio bracarense, não conseguindo todavia traduzir esta maior posse de bola nem em domínio territorial nem em pontos. Depois disso, o CRAV voltou à catadupa de ensaios, logrando marcar ainda mais quatro. Nos últimos cinco minutos, em defesa da sua honra, o Braga procurou um ensaio para encerrar o jogo, estando muito perto da linha de ensaio adversária. No entanto, uma intercepção de Henrique Calheiros viria a matar o sonho bracarense com o décimo primeiro ensaio do CRAV e o quarto da conta pessoal do atleta no jogo.


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