3 de dezembro de 2017

DIVISÃO DE HONRA, COMEÇAM FASES FINAIS

Começaram as fases finais da Divisão de Honra, tanto na luta pelo título, como na guerra da sobrevivência que condena antecipadamente quatro equipas à descida de divisão, como resultado de um processo de redução do número de equipas integrantes do primeiro nível do rugby nacional, que teve esta época um infeliz sistema de disputa sem qualquer sentido.

Nunca é de mais referir que havendo a intenção de reduzir o numero de equipas na Divisão de Honra de 10 para oito, com a justificação que havia grandes desníveis competitivos, não tem qualquer cabimento a decisão de aumentar para 12 os participantes, numa época de transição.
Um tique que alguns responsáveis têm de mudar apenas por mudar... e que acaba por ter consequências desastrosas para o rugby nacional.


Porque não é apenas o nível de topo que sofre, já que ao manter o mesmo número de equipas no segundo nível, vamos reduzir o número de equipas em competição séria de 20 para 18, o que tem uma difícil explicação.
Já que se queria tanto reduzir a Divisão de Honra para oito equipas, então o mínimo que se podia exigir seria o alargamento da Primeirona para 12 equipas, mantendo em competição séria, as mesmas 20 anteriores...

NA LUTA PELO TÍTULO...
Vamos então ao que se passou nesta primeira jornada, começando pela fase de disputa do título, recordando que as seis equipas deste grupo têm a permanência na Divisão de Honra (CN 1) assegurada para a próxima época, e que as quatro primeiras classificadas disputarão o título de campeã nacional em meias finais e final.

O CDUL recebeu e derrotou o Cascais por 20-15, mas as dificuldades levantadas pelos cascalenses deixam uma porta aberta para a manutenção da equipa da Linha na corrida pelo título, e o ponto de bónus que amealhou pode vir a ser determinante na classificação final da prova.

Em Monsanto o Direito não teve competência para segurar uma Agronomia vigorosa que marcou seis ensaios e apenas sofreu um, vencendo de forma clara por 36-7, e deixando à vista as carências dos advogados que terão que se esforçar muito para conseguirem um lugar nas meias finais.

O Belenenses deslocou-se ao Taveiro e venceu a Académica de Coimbra por (inesperados mas justos) 41-12, marcando seis ensaios e encaixando apenas dois, mostrando que está com força e determinação para as lutas finais.
A Académica com um conjunto em formação, terá, como Direito, muita dificuldade em chegar às meias finais da prova.

NO GRUPO DA SOBREVIVÊNCIA...
A história do grupo B da competição é bem diferente, e o seu vencedor - não há fase final neste grupo - é o único conjunto a garantir desde logo a participação na próxima época na Divisão de Honra, enquanto o segundo classificado terá que disputar com o vencedor da Segundona (CN 3) a última vaga do primeiro nível competitivo nacional em 2018-19.
Quanto às quatro restantes equipas, o destino fica logo traçado, para uma descida à Primeirona (CN 2) sem mais qualquer disputa.

No Porto o CDUP recebeu e venceu o Técnico por 34-25, num jogo de certo equilíbrio que deixa em aberto para a equipa dos engenheiros a continuação da luta por um dos lugares cimeiros, e coloca os portuenses numa boa posição de arranque pela luta da manutenção.

O Benfica recebeu e bateu o Évora por 34-19 no Estádio Nacional, embora também não tenha conseguido - como o CDUP - o tão importante ponto de bónus, deixando antever que os encarnados serão uma das equipas a lutar por um dos lugares cimeiros, enquanto o Évora terá que melhorar significativamente para conseguir ficar num dos lugares do topo.

O Montemor foi à Lousã vencer por 15-13, e fica vivo para disputar os primeiros lugares, enquanto a derrota em casa dos Beirões os deixa numa delicada posição que não pode permitir outro desaire se pretenderem lutar pela permanência na Divisão de Honra.

Vejam os detalhes da classificação e dos resultados na nossa página dedicada à competição.

Foto: Filipe Monte

2 comentários:

jag disse...

Ponto bónus ofensivo é só com 6 ensaios? Não basta 5?
Obrigado.

Manuel Cabral disse...

Tem que marcar um mínimo de quatro ensaios mas tem que ter marcado mais três do que o adversário.